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Senado aprova segundo projeto da Reforma Tributária e define gestão do novo IBS

Política

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (9) o segundo projeto de lei de regulamentação da Reforma Tributária por 51 votos a favor e 10 contrários. O texto volta agora à Câmara dos Deputados para análise final.

Gestão do Imposto sobre Bens e Serviços

O principal ponto do projeto é a criação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), responsável por arrecadar, compensar e distribuir a receita do novo tributo. A estrutura garante independência técnica e orçamentária, com presidência alternada entre representantes estaduais e municipais e exigência de participação mínima de 30% de mulheres na diretoria executiva.

O órgão terá um Conselho Superior, uma Secretaria-Geral, corregedoria, auditoria interna e uma diretoria executiva formada por nove áreas, incluindo Fiscalização, Tributação e Tesouraria. Serão 54 membros no total, divididos igualmente entre estados e municípios, com mandatos de quatro anos.

Durante a transição, os municípios ocuparão 27 cadeiras, distribuídas entre a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (13) e a Confederação Nacional de Municípios (14). A partir de 2026, os representantes municipais serão escolhidos por eleição.

Transição de alíquotas e ajustes setoriais

O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), acatou emenda que estabelece a média de arrecadação de ICMS e ISS entre 2024 e 2026 como referência para calcular a alíquota de transição do IBS. O critério era defendido pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), que argumenta trabalhar com dados atuais e auditados.

Outra emenda determina a cobrança imediata de ICMS na importação de nafta — matéria-prima derivada do petróleo utilizada na produção de combustíveis —, fechando brechas de sonegação no setor.

O texto aprovado prevê calibragem gradual da alíquota do IBS para permitir adaptação de estados e municípios. Para Pessoas com Deficiência, fica mantida a isenção na compra de veículos de até R$ 100 mil.

Tributação específica e regimes diferenciados

O Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas será introduzido de forma escalonada entre 2029 e 2033, ampliando tributo já aplicado a cigarros e bebidas alcoólicas. Para serviços financeiros — operações de crédito, câmbio e seguros —, o projeto define regime específico: alíquota inicial de 10,85% em 2027, chegando a 12,5% em 2033.

O parecer também amplia o regime para nanoempreendedores, estendendo isenção a taxistas, caminhoneiros e frentistas, além de motoristas e entregadores de aplicativos.

Contencioso e créditos acumulados

Foi criada a Câmara Nacional de Integração para uniformizar interpretações do IBS e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O colegiado reunirá representantes do Carf, do Conselho Gestor do IBS e de contribuintes, com sessões virtuais e direito a sustentações orais.

O projeto permite o aproveitamento de créditos de ICMS acumulados até 31 de dezembro de 2032, que poderão compensar débitos futuros no IBS ou ser devolvidos parceladamente.

ITCMD, ITBI e contribuição de iluminação

O texto consolida imunidades do ITCMD para livros, fonogramas e previdência privada, fixando progressividade até o teto de 8%. Para o ITBI, os municípios devem divulgar critérios de cálculo do valor venal, com possibilidade de contestação pelo contribuinte. Já a Contribuição de Iluminação Pública (Cosimp) passa a abranger sistemas de monitoramento de segurança, mantendo cobrança opcional na conta de energia.

Custos e próximos passos

A União arcará com até R$ 3,8 bilhões para instalar o comitê entre 2025 e 2028. O governo classificou a aprovação como estratégica para manter o cronograma da reforma. Na Câmara, porém, devem ser retomadas discussões sobre a composição do órgão gestor e a divisão de receitas entre entes federativos.

Para parlamentares contrários, o aumento de burocracia e a criação de novas alíquotas representam risco de expansão da carga tributária nacional, tema que continuará em debate na etapa seguinte da tramitação.

Detalhes sobre outros desdobramentos políticos podem ser acompanhados na seção dedicada do portal Política.

Com a aprovação, o Congresso avança em mais uma etapa da complexa Reforma Tributária. Acompanhe as próximas votações e entenda como as mudanças podem impactar empresas, consumidores e entes federativos. Assine nossas notificações e mantenha-se informado.

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