O bispo de Angra, dom Armando Esteves Domingues, determinou que todas as paróquias sob sua jurisdição constituam Conselhos Pastorais até o fim do ano pastoral 2025/2026. A orientação aparece na primeira Carta Pastoral do prelado, intitulada Batizados na Esperança, divulgada nesta quinta-feira e válida para toda a diocese que abrange as ilhas dos Açores.
Obrigatoriedade definida para toda a diocese
Segundo o documento de 14 páginas, os Conselhos Pastorais Paroquiais devem tornar-se estruturas permanentes de escuta, partilha e discernimento comunitário. O bispo enfatiza que, embora o Código de Direito Canônico atribua caráter consultivo a essas instâncias, elas não podem ser encaradas como mera formalidade. O objetivo é garantir participação efetiva de todos os fiéis nos rumos pastorais, reafirmando a corresponsabilidade de leigos e clero.
O prazo final para implantação foi fixado no término do ano pastoral 2025/2026. As paróquias que já contam com Conselhos deverão ampliar a composição, incluindo representantes de diferentes grupos e movimentos, mesmo fora do âmbito estritamente eclesial, para assegurar representatividade ampla do povo de Deus.
A determinação é apresentada como prioridade estrutural no caminho sinodal traçado pela diocese. O prelado entende que a sinodalidade — conceito que destaca caminhar juntos na vida da Igreja — só ganha forma concreta com organismos que reflitam a pluralidade das comunidades.
Participação leiga reforçada e possíveis conselhos interparoquiais
Além da obrigatoriedade nas paróquias, a Carta Pastoral abre espaço para Conselhos Pastorais interparoquiais ou de ouvidoria, sempre que a realidade local assim exigir. Nesses casos, está prevista a possibilidade de leigos coordenarem e até presidirem os trabalhos, reforçando o reconhecimento dos carismas laicais.
Dom Armando propõe, ainda, que leigos assumam responsabilidades em conselhos de nível intermédio — como zonas pastorais ou ouvidorias —, desde que devidamente preparados e em sintonia com as diretrizes diocesanas. A medida ressalta a intenção de envolver todo o corpo eclesial na missão evangelizadora, sem diluir o papel de governo reservado ao bispo, conforme a tradição católica.
A publicação da Carta Pastoral coincide com a abertura do Ano Jubilar da Esperança, que será iniciada oficialmente neste domingo, na ilha de Santa Maria. A solenidade ocorre às 16 h, na Biblioteca Municipal de Vila do Porto, seguida de celebração eucarística às 18 h, na igreja matriz local. A escolha de Santa Maria para o ato inaugural sublinha o compromisso diocesano de percorrer todas as ilhas durante o percurso pastoral.
Plano em três triênios até 2034
O texto recém-lançado fornece as bases do Projeto Pastoral Diocesano 2025-2034, dividido em três etapas de três anos cada:


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Imagem: Internet
- Anúncio (2025-2028) — foco na evangelização e no testemunho público da fé.
- Caridade (2028-2031) — ênfase na ação social e na presença cristã junto aos mais vulneráveis.
- Celebração (2031-2034) — atenção à liturgia, sacramentos e vida comunitária.
Essas fases foram definidas após longo processo de consulta iniciado em 1992, no Congresso de Leigos, e aprofundado pela Caminhada Sinodal Diocesana entre 2018 e 2021. Nos últimos dois anos, o bispo coordenou “Laboratórios” pastorais para colher experiências e avaliar a realidade local, consolidando as linhas que agora entram em vigor.
Contexto e impacto esperado
A Diocese de Angra cobre todo o arquipélago açoriano, região onde a Igreja Católica possui influência histórica na identidade cultural e social. Ao estabelecer conselhos obrigatórios, a diocese pretende fortalecer a unidade interna, preservar a doutrina e, ao mesmo tempo, abrir espaço para participação responsável dos fiéis. A expectativa é que as decisões pastorais ganhem maior aderência popular, sem comprometer a clareza doutrinária que orienta a ação evangelizadora.
Na avaliação de colaboradores próximos ao bispo, a criação dos Conselhos permitirá respostas mais rápidas às necessidades locais, incrementando iniciativas de catequese, ação social e liturgia. Cada núcleo deverá contar com representantes de movimentos juvenis, equipas de liturgia, grupos de caridade e expressões de piedade popular, garantindo que diferentes sensibilidades sejam escutadas.
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Em síntese, a Carta Pastoral fixa prazos, metas claras e um método participativo que busca harmonizar tradição e corresponsabilidade. Fique atento às próximas etapas do Projeto Pastoral Diocesano e compartilhe esta informação com quem acompanha de perto as mudanças na Igreja dos Açores.
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