O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua delegação precisaram abandonar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) minutos antes da decolagem para a Ilha de Marajó, no Pará, devido a um problema no motor que gerou risco de incêndio. O incidente ocorreu na manhã de quinta-feira, 2 de outubro, mas só foi admitido publicamente pelo chefe do Executivo na sexta-feira (3), durante compromissos em Belém relacionados à preparação da COP 30.
Problema no motor interrompe deslocamento oficial
Segundo relato do próprio presidente à TV Liberal, afiliada da TV Globo, o motor da aeronave apresentou falha pouco antes da partida. A tripulação acionou o procedimento de segurança, determinando a evacuação imediata para evitar qualquer possibilidade de fogo a bordo. “Tivemos que descer do avião com medo que ele pegasse fogo”, afirmou Lula.
Com o cancelamento do voo original, a comitiva embarcou em outro avião da FAB para manter a agenda no estado. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência não havia divulgado nota oficial sobre a ocorrência até o momento da declaração do presidente.
Após cumprir o roteiro em Marajó, Lula visitou a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, em ato de agradecimento. O cronograma incluiu ainda inspeções em obras de macrodrenagem, urbanização e no Museu das Amazônias, além do Parque da Cidade, todos ligados à realização da Conferência do Clima no mês seguinte.
Série de falhas e debate sobre novo avião presidencial
Não é a primeira vez que o presidente enfrenta contratempos aéreos. Em outubro de 2024, outra aeronave da FAB utilizada em missão oficial apresentou pane técnica durante viagem ao México. Naquele episódio, o avião precisou sobrevoar em círculos por mais de quatro horas para queimar combustível antes do pouso, conforme protocolo de segurança.
Após a falha de 2024, Lula solicitou ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, um estudo para aquisição de um novo jato presidencial. Embora alternativas tenham sido discutidas, o alto custo e o risco de impopularidade travaram a iniciativa, especialmente diante do cenário fiscal. Na semana anterior ao incidente no Pará, o governo confirmou contingenciamento adicional de R$ 1,4 bilhão, elevando o total bloqueado em despesas discricionárias a R$ 12,1 bilhões.
Enquanto o tema segue sem solução, os problemas mecânicos em aeronaves oficiais mantêm-se no centro das atenções. O mais recente caso, com risco de incêndio, reforça a discussão sobre a necessidade de modernização da frota, equilibrada com a pressão por responsabilidade orçamentária.


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Imagem: José Cruz
Agenda ambiental prossegue apesar do contratempo
Mesmo com o atraso provocado pela troca de aeronave, a comitiva presidencial garantiu a presença em todas as frentes de visitação previstas. Em Belém, Lula vistoriou ações de infraestrutura, consideradas vitais para o evento climático internacional que a capital paraense receberá. A COP 30, marcada para o próximo mês, deve concentrar delegações de diversos países na Amazônia.
A expectativa do governo é concluir projetos de mobilidade e saneamento antes da conferência. Na frente ambiental, o Museu das Amazônias e o Parque da Cidade compõem o pacote de obras que, segundo o Planalto, evidenciam compromisso com desenvolvimento sustentável.
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Em resumo, a evacuação emergencial do avião presidencial no Pará expôs novamente a fragilidade da frota oficial e recolocou em pauta a discussão sobre renovação de equipamentos em meio a restrições orçamentárias. Continue navegando para se manter informado e compartilhar esta matéria.
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