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Shutdown nos EUA agrava pressão sobre dívida de US$ 37 trilhões

Política

O governo dos Estados Unidos enfrenta mais um shutdown, situação em que parte da máquina pública paralisa por falta de aprovação do orçamento no Congresso. A medida entrou em vigor em 1º de outubro de 2025 e afeta serviços federais, empregos e, por extensão, a maior economia do mundo.

Serviços suspensos e impacto imediato

Durante o shutdown, parques nacionais, museus, serviços de imigração e emissão de vistos deixam de operar ou funcionam de forma reduzida. Milhares de servidores considerados “não essenciais” são dispensados temporariamente, sem garantia de pagamento retroativo. No episódio anterior, entre 2018 e 2019, a paralisação durou 35 dias e subtraiu 0,4 ponto percentual do Produto Interno Bruto norte-americano.

Especialistas calculam que, quanto mais se prolongar o impasse entre democratas e republicanos, maiores serão as perdas na atividade econômica. Além do prejuízo direto ao turismo e à administração pública, atrasos salariais reduzem o consumo das famílias e agravam a desaceleração do PIB.

Dívida recorde e déficit fiscal crescente

O cerne do problema está na trajetória fiscal dos EUA. A dívida federal atingiu o patamar inédito de US$ 37 trilhões, equivalente a 125% do PIB. Na década de 1980 esse índice era próximo de 35%, saltou para 60% nos anos 2000 e chegou a 95% logo após a crise financeira de 2008. As pressões aumentaram com socorros bancários, custos da pandemia, programas de seguridade social, saúde pública e gastos militares.

Para financiar essa conta, Washington emite títulos que são comprados por investidores ao redor do planeta. A confiança na economia norte-americana e o uso do dólar como moeda de reserva internacional sustentam esse fluxo de capital externo. Enquanto o Tesouro consegue rolar a dívida, o risco de calote permanece distante. Contudo, sem ajuste no déficit, a sustentação de juros e amortizações tende a ficar cada vez mais pesada.

Negociação política e corrida contra o relógio

No Capitólio, democratas e republicanos divergem sobre cortes de gastos e prioridades orçamentárias. Historicamente, o acordo chega antes que a paralisação cause danos irreversíveis, mas a polarização atual dificulta concessões. Parlamentares conservadores defendem reduzir despesas de programas assistenciais, enquanto oposicionistas pressionam por manutenção de benefícios e por novos investimentos federais.

A Casa Branca argumenta que a interrupção do governo ameaça a segurança nacional, afeta o funcionamento de aeroportos e prejudica agências responsáveis por fiscalizar fronteiras, alimentos e remédios. Já líderes republicanos atribuem o impasse ao avanço descontrolado do gasto público e condicionam a retomada das atividades a compromissos concretos de responsabilidade fiscal.

Efeito dominó sobre a economia global

Sinais de fragilidade fiscal norte-americana preocupam credores internacionais e bancos centrais que carregam títulos do Tesouro em suas reservas. Caso o Congresso demore a aprovar o orçamento, aumenta a incerteza nos mercados e pode ocorrer fuga para ativos considerados mais seguros, elevando a volatilidade cambial em vários países.

O déficit em transações correntes – foco de críticas no debate sobre protecionismo – é reflexo direto dos gastos federais. Quando o governo aumenta despesas sem contrapartida de receita, o setor externo precisa cobrir a diferença, gerando os chamados “déficits gêmeos”. Se a tendência persistir, analistas alertam para possível perda de credibilidade e elevação dos juros longos, encarecendo financiamentos globais.

Consequências políticas e militares

O custo de missões internacionais também entrou no centro do debate. Parte da base conservadora do movimento MAGA, associado ao ex-presidente Donald Trump, defende reduzir compromissos militares no exterior para aliviar o Tesouro. Pressões sobre aliados europeus para que aumentem seus próprios orçamentos de defesa reforçam essa linha.

Sem consenso, o shutdown permanece como lembrete das limitações fiscais da maior potência mundial. O desfecho passa pela capacidade do Congresso em equilibrar demandas internas, obrigações sociais e compromissos internacionais sem comprometer a estabilidade econômica.

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Em resumo, o impasse orçamentário nos EUA evidencia uma dívida crescente, déficits persistentes e a necessidade urgente de ajuste fiscal. Fique atento às nossas próximas reportagens e compartilhe este conteúdo para manter mais leitores informados.

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