Lisboa — O Governo português anunciou a criação da empresa AdP Áqua, responsável por gerir e executar os projetos da estratégia “Água que Une”, plano de 15 anos voltado à segurança hídrica nacional. A informação foi confirmada pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, durante cerimônia na sede do grupo Águas de Portugal (AdP).
Missão da nova empresa
Segundo a ministra, a AdP Áqua nasce da transformação de uma sociedade já existente dentro do grupo AdP, estrutura que controla a maior parte do setor de água no país. O objetivo é agilizar a implementação das ações previstas na estratégia, com ênfase em empreendimentos hidráulicos considerados prioritários. O enquadramento jurídico da companhia está em fase final de elaboração e deverá ser aprovado nas próximas semanas pelo Conselho de Ministros.
A iniciativa segue a linha de gestão mais enxuta e focada em resultados, princípio valorizado por setores conservadores que defendem maior eficiência na administração pública. Ao concentrar a execução dos projetos em uma única entidade, o Executivo pretende reduzir burocracias, encurtar prazos e evitar desperdício de recursos, garantindo que os investimentos alcancem a população e o setor produtivo sem atrasos.
Estratégia “Água que Une”
Lançada em março, a estratégia estabelece um conjunto de ações para assegurar o uso sustentável da água em todo o território português ao longo de 15 anos. Entre os programas destacados pela ministra estão o Programa de Ação para a Digitalização do Ciclo da Água, o Plano de Ação para a Redução das Perdas de Água e o Programa Água Mais Circular. Todos serão executados sob coordenação da nova empresa.
Maria da Graça Carvalho reforçou que o governo pretende cumprir rigorosamente prazos e metas. “Sabemos que este é o único caminho para garantir a sustentabilidade futura da água, sem deixar nenhum setor para trás”, declarou. A declaração ecoa a preocupação em assegurar que tanto consumidores quanto indústrias mantenham acesso confiável ao recurso, elemento crítico para competitividade econômica e estabilidade social.
Financiamento à inovação
O anúncio foi feito durante a entrega dos prêmios da terceira edição do concurso de inovação InovaPro, iniciativa interna do grupo AdP com orçamento anual de um milhão de euros. Desde 2022, treze projetos de pesquisa foram financiados integralmente. A ministra ressaltou que programas dessa natureza complementam a estratégia “Água que Une”, gerando soluções tecnológicas que poderão ser incorporadas pela AdP Áqua.
Ao apoiar projetos inovadores, o governo sinaliza interesse em tecnologias que diminuam perdas no sistema de distribuição e otimizem a operação de estações de tratamento. Essas medidas encontram respaldo em análises que indicam não apenas economia de água, mas também redução de gastos públicos — pauta cara a defensores de responsabilidade fiscal.
Próximos passos e expectativas
Com a formalização da AdP Áqua, o Executivo pretende iniciar ainda este ano licitações para obras de infraestrutura hídrica e contratos de serviços de digitalização. A estimativa é de que os primeiros projetos entrem em fase de execução em 2025. Entre as prioridades estão a modernização de redes de abastecimento em regiões suscetíveis a estiagens e a implantação de sistemas de monitoramento em tempo real, capazes de identificar vazamentos com precisão.
Autoridades do Ministério do Ambiente projetam que a centralização das operações em uma empresa dedicada permitirá maior transparência na aplicação dos recursos. A expectativa é de que relatórios periódicos de desempenho sejam divulgados ao público, reforçando a prestação de contas e alinhando-se a práticas de governança defendidas por especialistas em gestão pública.


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Imagem: Internet
Para o setor privado, a criação da AdP Áqua abre oportunidades de contratos em obras civis, tecnologia da informação e fornecimento de equipamentos. Empresários consultados veem espaço para parcerias que combinem capital público e know-how do mercado, fórmula que costuma entregar resultados mais rápidos e eficientes.
No contexto europeu, Portugal busca se posicionar como referência em gestão hídrica sustentável, tema que ganha relevância diante de cenários de escassez em diversos países do continente. Ao adotar metas claras e estrutura de gestão própria, o governo se antecipa a futuras exigências regulatórias da União Europeia e reforça sua imagem de responsabilidade ambiental.
Conforme o cronograma, o Conselho de Ministros deve publicar o decreto de criação da AdP Áqua em breve. A partir daí, a empresa iniciará o processo de contratação de pessoal técnico especializado e preparação das primeiras licitações.
Interessados em acompanhar o andamento dessa e de outras pautas poderão encontrar atualizações na seção de política do nosso portal Geral de Notícias, onde reunimos as principais decisões governamentais que impactam o país.
Em síntese, a criação da AdP Áqua sinaliza a intenção do governo português de acelerar investimentos em infraestrutura hídrica, adotando uma abordagem de gestão focada em resultados e alinhada a princípios de eficiência. Continue acompanhando nossos conteúdos e fique por dentro dos próximos desdobramentos dessa iniciativa essencial para a sustentabilidade dos recursos hídricos.
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