Lisboa, 3 de outubro de 2025. A sexta-feira foi marcada por uma sucessão de decisões e declarações que agitaram o cenário político português. Do encerramento da proposta do Orçamento do Estado ao impasse sobre a Base das Lajes, o dia concentrou anúncios oficiais, recuos estratégicos e exigências de demissão.
Orçamento do Estado avança no Conselho de Ministros
A agenda do Governo começou a ganhar forma às 16h00, quando o Conselho de Ministros aprovou a proposta final do Orçamento do Estado (OE) para 2026. Duas horas depois, às 18h00, a equipa económica deu os últimos retoques antes de enviar o documento à Assembleia da República. O Executivo sublinhou que o texto reúne medidas fiscais para travar o déficit e contempla cortes selecionados na despesa pública, alinhados com o compromisso de consolidação.
O Governo defendeu que o plano “equilibra responsabilidade orçamental e proteção social”. Entretanto, partidos à esquerda já antecipam contestação em plenário, apontando “austeridade disfarçada”. À direita, formações liberais veem espaço para mais reduções de impostos.
Demais acontecimentos determinaram o ritmo político
13h00 — AERONAVES EM ISRAEL: A bancada do Partido Socialista exigiu esclarecimentos sobre a presença de aviões militares portugueses em apoio logístico a Israel na Base das Lajes, Açores. O Ministério da Defesa justificou a operação como cooperação regular no âmbito da OTAN.
14h00 — ERRO PROCESSUAL NA BASE DAS LAJES: O primeiro-ministro Luís Montenegro reconheceu “falha procedimental” no despacho que autorizou a escala das aeronaves, declarando que o documento será revisto. O chefe do Governo lamentou a incorreção, mas descartou prejuízo operacional.
15h00 — DEMISSÕES RECUSADAS: Apesar da pressão de setores à esquerda, Montenegro rejeitou demissões de oficiais envolvidos no episódio das Lajes. Para o líder, a prioridade é “corrigir o processo, não punir sem fundamento”.
17h00 — PEDIDO DE DEMISSÃO A NUNO MELO: Livre e Bloco de Esquerda ampliaram o cerco e exigiram a saída do ministro da Defesa Nuno Melo, responsabilizando-o pelo “erro político” na base açoriana. Melo, contudo, manteve-se no cargo e reafirmou confiança do primeiro-ministro.
18h00 — PROPOSTA DO OE FECHADA: Após quatro horas de ajustes, o Governo confirmou o encerramento da proposta de Orçamento e enviou-a ao Parlamento.
Lisboa debate alianças e infraestruturas
19h00 — METROBUS SUSPENSO: A Câmara Municipal de Lisboa decidiu suspender temporariamente a segunda fase das obras do Metrobus. A autarquia alega necessidade de reavaliação técnica do traçado para reduzir impactos no trânsito e no comércio local. O adiamento não tem data para recomeço.


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Imagem: Internet
20h00 — MOEDAS REJEITA COLIGAÇÃO SEM MAIORIA: O presidente da Câmara, Carlos Moedas, declarou que não aceitará parceiros de governo municipal caso não alcance maioria absoluta. Moedas reafirma preferência por estabilidade e por “compromissos claros”, afastando arranjos que comprometam a linha programática do executivo.
21h00 — ALEXANDRA LEITÃO DIZ NÃO AO CHEGA: Na corrida à autarquia, a vereadora Alexandra Leitão (PS) afastou hipotética aliança com o partido Chega. A socialista assegurou que manterá “coerência ideológica” e que a convergência com a direita conservadora “não está em cima da mesa”.
Contexto e próximos passos
Com a proposta do OE agora no Legislativo, o debate promete intensificar-se nas próximas semanas. A oposição de esquerda pressiona por mais despesa social, enquanto formações de direita liberal defendem cortes mais profundos. No plano municipal, Lisboa enfrenta incertezas sobre mobilidade, e o xadrez pré-eleitoral aquece com posicionamentos que rejeitam acordos considerados ideologicamente incompatíveis.
A crise pontual na Base das Lajes continuará em foco. Embora o Governo descarte demissões, o episódio expôs fragilidades processuais e fornece munição para críticos que cobram maior rigor administrativo.
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Em resumo, o dia 3 de outubro concentrou decisões de alto impacto: o Governo fechou o Orçamento, enfrentou pedidos de demissão e recebeu críticas por erro processual. No âmbito local, Lisboa paralisou obra de transporte e esboçou linhas vermelhas para coligações. Continue acompanhando nossas atualizações e receba as informações indispensáveis para entender o cenário político.
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