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China instala fábricas para o MST e resgata modelo agrícola de Mao

Política

Quem: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), governo federal, universidades brasileiras e autoridades chinesas.

O quê: Expansão de acordos com a China para implantação de fábricas de máquinas agrícolas, fertilizantes orgânicos e painéis solares em assentamentos da reforma agrária.

Quando e onde: Parcerias iniciadas em 2022; primeiros equipamentos chegaram em fevereiro de 2024; novos polos industriais anunciados para Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e demais estados.

Como: Convênios entre China Agricultural University (CAU), Consórcio Nordeste, Universidade de Brasília (UnB) e empresas estatais chinesas, com respaldo financeiro de bancos públicos brasileiros.

Por quê: Segundo o MST, para “reparar” a agricultura familiar; para Pequim, ampliar influência tecnológica no campo brasileiro.

Acordos consolidam presença chinesa nos assentamentos

A aproximação entre MST e China ganhou impulso após um memorando assinado pelo Consórcio Nordeste e a CAU, em 2022. O documento abriu caminho para o envio de 31 máquinas agrícolas que hoje operam em assentamentos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão. Outras 70 unidades estão em teste na Fazenda Água Limpa, mantida pela UnB.

Com base nos resultados, a Sinomach Digital Technology Corporation firmou entendimento com a prefeitura de Maricá (RJ) e a start-up OZ.Earth. A planta prevista para o município fluminense deve produzir dois mil tratores anuais de 25 e 50 cavalos, criando até 250 empregos diretos. Uma fábrica similar foi confirmada para o Rio Grande do Norte e um centro de serviços será instalado em Londrina (PR). A meta, de acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, é atrair pelo menos seis indústrias chinesas para atender demandas dos assentados em todo o país.

O financiamento envolverá Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Fundação da Amazônia. Em maio de 2025, um memorando bilateral entre o MDA e o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China oficializou intercâmbio de maquinário, energia renovável e pesquisa voltada à pequena produção.

Modelo se inspira na reforma agrária de Mao Tsé-Tung

Em declarações públicas, o líder do MST, João Pedro Stédile, afirma que “aprendeu com Mao” e elogia a redistribuição de 47 milhões de hectares realizada na China entre 1949 e 1953. O processo custou a vida de estimados 2 a 5 milhões de proprietários, vítimas de execuções ou suicídios forçados, segundo historiadores como Lee Feigon e Philip Short. Apesar da violência, o MST considera a experiência um exemplo de “democratização” da terra.

A parceria sino-brasileira não se limita a tratores. Durante visita oficial de deputados vinculados ao movimento, Pequim apresentou projeto de compostagem urbana para transformar resíduos em adubo em sete dias. A primeira de cinco fábricas de fertilizantes orgânicos deve ser assinada em Nova Santa Rita (RS), com outras unidades previstas para Curitiba, Belo Horizonte, Feira de Santana (BA) e Ceará. O plano inclui ainda painéis solares para agroindústrias do MST.

Para operacionalizar as iniciativas, foi criado o Centro Brasil-China de Pesquisa, Desenvolvimento e Promoção de Tecnologia para Agricultura Familiar, sediado na UnB. O instituto fará intercâmbio de dados de big data, adaptação de máquinas e treinamento de técnicos enviados por Pequim.

Alinhamento recebe endosso do governo federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou ministérios e bancos públicos a apoiar os projetos. Na visão oficial, as fábricas atenderão pequenas propriedades e reduzirão custos de produção. Ao mesmo tempo, ampliam a influência tecnológica da China no agronegócio brasileiro, setor que responde por parcela decisiva do PIB nacional.

Críticos apontam que o ingresso de estatais de um regime comunista em assentamentos patrocinados pelo erário reforça dependência externa e reproduz modelo adotado após uma reforma agrária marcada por execuções em massa. Ainda assim, o MST prossegue nas negociações: até setembro de 2025, delegações do movimento visitaram empresas chinesas de colheitadeiras, triciclos e painéis fotovoltaicos, com expectativa de cobertura nacional.

Próximos passos

Nas reuniões mais recentes, o embaixador Zhu Qingqiao sinalizou “celeridade” para concluir instalações no Brasil. A perspectiva inclui novas plantas em São Paulo, Amazonas e Sul do país, além de um esquema de financiamento específico para assentados adquirirem as máquinas produzidas localmente.

O MST calcula que, com a rede de fábricas em funcionamento, poderá reduzir a importação de maquinário leve, estimular cooperativas de pequenos produtores e ampliar a área plantada nos lotes da reforma agrária. Em contrapartida, empresas chinesas ganharão mercado cativo com financiamento subsidiado.

Para acompanhar outros desdobramentos políticos sobre o campo brasileiro, acesse a seção dedicada em Política.

Em resumo, o alinhamento entre MST e China avança com apoio direto do Palácio do Planalto, instalação de indústrias estratégicas e adoção de métodos inspirados na reforma agrária de Mao. Fique atento às próximas etapas dessa cooperação e compartilhe esta reportagem para manter mais leitores informados.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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