Uma manifestação organizada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) percorreu as ruas de Lisboa neste sábado, cobrando do Governo português medidas urgentes para valorizar a carreira docente. O ato, que reuniu educadores de diferentes regiões, saiu do Jardim do Arco do Cego em direção à nova sede da Presidência do Conselho de Ministros.
Pressão sindical por mudanças imediatas
Minutos antes da partida, o secretário-geral da Fenprof, Francisco Gonçalves, listou as principais exigências do grupo. Ele pediu valorização salarial, encurtamento da carreira, revisão de horários de trabalho e atualização do estatuto profissional. Gonçalves criticou a proposta ministerial de estender qualquer reajuste até 2027, argumentando que a ausência de solução rápida só agrava a falta de professores.
Os manifestantes carregaram cartazes com exigências específicas, como “Carreira atrativa”, “Aposentação justa” e “Horários adequados”. Todas as faixas repetiam o mesmo refrão: “Isto não vai com aura. Vai com luta!”. O lema da mobilização, “Unidos pela profissão, unidos pelo futuro”, ecoou cânticos ao longo do trajeto.
Pacote laboral e risco ao direito de greve
Além da tabela salarial, a Fenprof contesta o chamado pacote laboral que o Executivo pretende aprovar ainda este ano. Na avaliação de Gonçalves, o texto coloca em risco o direito de greve na educação e contribui para o que classificou como “desmantelamento” do Ministério da Educação. Segundo o dirigente, a reorganização administrativa não garante reposição de quadros e pode ampliar o déficit de docentes.
O líder sindical citou números que preocupam a categoria: cerca de quatro mil professores devem se aposentar anualmente nas próximas duas décadas. Para ele, sem incentivos capazes de atrair novos profissionais, a rede pública continuará sobrecarregada.
Cenário de carência nas escolas
Dados divulgados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) em 22 de setembro reforçam o alerta. A estatística indica que 78% das escolas públicas portuguesas iniciaram o ano letivo 2025/2026 com ao menos um horário docente em aberto. Entre esses estabelecimentos, 38 possuem mais de dez vagas por preencher, especialmente nas regiões de Lisboa e Península de Setúbal.
Cartazes afixados em veículos de som expuseram caricaturas do primeiro-ministro Luís Montenegro e do ministro da Educação, Fernando Alexandre, ambos empunhando martelos. A ilustração buscou simbolizar, segundo os organizadores, uma “destruição” do sistema público de ensino. Outra faixa colada na lateral de uma carrinha afirmou que professores, educadores e investigadores rejeitam o pacote laboral proposto.
Referência internacional e Dia Mundial do Professor
A mobilização marcou também o Dia Mundial do Professor, celebrado em 5 de outubro. O slogan escolhido pela Fenprof remete ao tema adotado pela Internacional da Educação para 2025, definido na Cimeira da UNESCO sobre os Professores, em Santiago do Chile. Na ocasião, foi aprovado o Consenso de Santiago, documento que recomenda à Unesco reconhecer a relação professor-aluno como patrimônio comum da humanidade.


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Imagem: Internet
Com base nesse consenso, a federação pretende manter pressão constante por políticas voltadas à valorização do magistério. Entre as metas, está a criação de mecanismos que garantam remuneração competitiva e condições de trabalho capazes de estancar a evasão de profissionais.
Desfecho da marcha e próximos passos
Ao chegar à sede do Governo, os docentes entregaram um dossiê com reivindicações. A Fenprof espera abrir negociação imediata para discutir estatuto, carreira e reestruturação administrativa. Caso o Executivo mantenha o cronograma atual, a entidade avalia intensificar protestos no próximo período letivo.
Para mais informações sobre o cenário político que envolve a educação portuguesa, consulte a editoria de política em Geral de Notícias.
Em resumo, a marcha liderada pela Fenprof expôs a insatisfação de professores com os planos governamentais. A categoria exige respostas rápidas para evitar o agravamento da carência de profissionais. Acompanhe nossas atualizações e participe do debate sobre o futuro da educação.
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