WASHINGTON — O governo norte-americano avisou que iniciará demissões em massa de funcionários federais caso as negociações com a bancada democrata não avancem e a paralisação parcial do Executivo continue sem solução.
Impasse orçamentário completa cinco dias
A advertência partiu do diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, em entrevista ao programa “State of the Union”, da CNN. Segundo o assessor, o presidente Donald Trump “está pronto para agir” se constatar que as conversas não levam a resultado prático. O alerta coincide com o quinto dia de interrupção nas atividades governamentais, iniciada em 1.º de outubro, data que marca o começo do ano fiscal de 2026 nos Estados Unidos.
A situação começou quando os senadores democratas vetaram um projeto de lei de financiamento temporário que manteria as agências abertas até 21 de novembro. Sem acordo, vários órgãos paralisaram parte dos serviços, e milhares de servidores ficaram sem a certeza sobre salário e estabilidade.
Hassett explicou que o presidente e o diretor interino do Escritório de Orçamento da Casa Branca, Russell Vought, alinham medidas para reduzir gastos, inclusive com cortes de pessoal, caso a oposição persista. “Se o presidente julgar que as tratativas chegaram a um beco sem saída, as demissões serão inevitáveis”, afirmou. Ainda assim, ele acrescentou que a equipe republicana espera “bom senso” dos democratas para evitar prejuízos adicionais ao funcionalismo e ao contribuinte.
Exigências democratas emperram acordo
A liderança democrata condiciona a liberação de recursos federais a duas exigências: prorrogação permanente dos créditos tributários que subsidiam a compra de seguros de saúde privados pelo Affordable Care Act e garantia escrita de que a Casa Branca não tentará bloquear despesas já negociadas em eventual pacto orçamentário.
No domingo, o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, declarou ao programa “Meet the Press”, da NBC, que o comportamento republicano “não é responsável”. Ele criticou o fato de Trump ter passado o sábado no campo de golfe e acusou o Executivo de tratar as negociações por meio de “vídeos profundamente falsos” divulgados nas redes sociais.
Do lado republicano, a avaliação é oposta. Assessores da Casa Branca apontam que a bancada democrata prefere manter a paralisação para pressionar por benefícios fiscais permanentes, ampliando despesas sem apresentar contrapartidas orçamentárias. Integrantes próximos a Trump afirmam que o presidente não pretende ceder em temas fora do projeto de financiamento emergencial e consideram as demandas da oposição “desvios” do debate principal: reabrir o governo.
Possíveis impactos de demissões
Caso o corte de servidores se concretize, departamentos já sobrecarregados pela interrupção podem enfrentar atrasos adicionais em serviços essenciais, como emissão de documentos, fiscalização alimentar e concessão de benefícios. Analistas lembram que a última paralisação longa, em 2019, afetou principalmente funcionários considerados “não essenciais”, que ficaram sem remuneração por mais de um mês.
Hassett não detalhou números nem prazos para as demissões, mas a sinalização aumenta a pressão sobre o Congresso na volta aos trabalhos nesta semana. Enquanto isso, sindicatos de servidores federais cobram garantia de pagamento retroativo e acusam parlamentares de usar o funcionalismo como moeda de troca política.


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Imagem: Internet
Próximos passos no Capitólio
A agenda legislativa prevê novas sessões de negociação entre líderes partidários a partir de terça-feira. No Senado, republicanos necessitam de 60 votos para aprovar qualquer proposta de financiamento de curto prazo, o que exige ao menos parte do apoio democrata. Na Câmara, onde os democratas detêm maioria, o projeto também enfrenta resistência se não incluir as exigências da oposição.
Enquanto a disputa continua, a Casa Branca sustenta que manterá serviços críticos, como defesa nacional e segurança de fronteiras, funcionando com pessoal mínimo. Fontes próximas ao Gabinete de Gestão e Orçamento afirmam que cortes preliminares podem começar ainda nesta semana se não houver sinal de avanço.
Para os defensores de Trump, a postura firme do presidente atende ao compromisso de conter gastos e evitar a ampliação de subsídios que, na avaliação conservadora, desequilibrariam ainda mais as contas públicas. Já grupos progressistas insistem que estender créditos fiscais de saúde é fundamental para proteger famílias de baixa renda.
Nos próximos dias, o termômetro político estará na disposição de ambos os lados em sacrificar capital político para alcançar um entendimento mínimo. Até lá, servidores federais e cidadãos que dependem de serviços públicos continuam em compasso de espera.
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Em resumo, a Casa Branca subiu o tom e vinculou a estabilidade de milhares de servidores à postura democrata no Congresso. O resultado das conversas nos próximos dias indicará se o governo reabrirá suas portas ou partirá para cortes drásticos. Acompanhe e compartilhe estas informações para que mais pessoas entendam o impacto do impasse.
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