Brasília — O Palácio do Planalto divulgou isenção de Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. A medida, porém, chega acompanhada de novos aumentos tributários, reforçando a escalada arrecadatória que já soma 25 iniciativas de criação ou elevação de impostos desde 2023.
Nova rodada de aumentos recai sobre dividendos e aplicações isentas
Entre os alvos da equipe econômica estão a taxação de dividendos, hoje livres de Imposto de Renda, e o fim dos benefícios concedidos às Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Também entram na mira contribuintes com salários mais elevados, cuja faixa de tributação tende a ser reajustada para cima, anulando parcialmente o alívio prometido para quem recebe menos.
O movimento repete o padrão observado nos últimos dois anos, período em que o governo federal adotou, segundo dados oficiais, 25 medidas voltadas a ampliar a arrecadação. O resultado é uma carga tributária que alcança 33 % do Produto Interno Bruto, nível superior ao de muitos países de renda semelhante.
Para ilustrar o peso dos tributos, especialistas lembram que, em 2025, todo o rendimento obtido pelo trabalhador do dia 1.º de janeiro até meados de maio servirá apenas para pagar impostos. Na comparação histórica, a situação contrasta com a época colonial, em que Tiradentes se insurgiu contra um quinto (20 %) de tributação, e com a Idade Média, quando o campesinato era obrigado a doar um dia de trabalho por semana ao rei.
Reforma tributária aumenta carga e complexidade
Enquanto a opinião pública foca na mudança do Imposto de Renda, avança no Congresso a reforma que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Se aprovados como estão, esses novos tributos colocarão o Brasil com a maior alíquota sobre valor agregado do planeta, advertem analistas.
A proposta também amplia a complexidade do sistema. Centenas de exceções foram inseridas no texto por pressão de setores específicos, o que compromete a uniformidade e eleva a burocracia. O segmento de serviços, responsável por grande parcela dos empregos formais, será um dos mais afetados, com aumento direto da carga e custos adicionais de conformidade.
Empresas enquadradas no lucro presumido tendem a perder competitividade, pois o novo modelo retira boa parte das vantagens hoje existentes. A previsão é que os efeitos desse cenário se tornem perceptíveis em 2026, quando as alíquotas começam a valer integralmente para todos os contribuintes.
Despesas públicas disparam e dívida segue em alta
Mesmo com a série de aumentos, o déficit fiscal não dá sinais de recuo. O governo acumula sucessivos rombos, impulsionados por gastos crescentes e por uma das maiores taxas de juros do mundo. A dívida pública se expande em ritmo acelerado, pressionando ainda mais a necessidade de arrecadação.
Para 2026, ano eleitoral, já circulam projeções de um pacote de R$ 200 bilhões em novas despesas, voltado a custear programas sociais e obras de infraestrutura. Caso se confirme, a conta chegará ao contribuinte a partir de 2027, aprofundando o ciclo de alta de tributos.


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Imagem: criada utilizando Microsoft Copilot
Carga de país rico sem serviços equivalentes
O quadro atual coloca o Brasil entre as nações de carga tributária elevada, porém sem entregar serviços públicos à altura desse esforço financeiro. Estradas carentes de manutenção, saúde com filas e segurança pressionada contrastam com o volume de recursos encaminhados aos cofres estatais.
Economistas alertam que o aumento contínuo de impostos reduz competitividade, freia investimentos e limita o crescimento, fatores essenciais para elevar renda e empregos. A combinação de alta tributação e expansão de despesas tende a perpetuar baixo dinamismo econômico, agravando desigualdades.
Pressão sobre o contribuinte exige reação
Entidades empresariais e representantes da sociedade civil cobram revisão nas prioridades orçamentárias antes de qualquer novo tributo. Defendem corte de gastos, melhora na qualidade do serviço público e simplificação real do sistema, em vez da criação de impostos que apenas mudam de nome.
A discussão ganha urgência diante da sucessão de medidas que aumentam a carga sobre empresas, investidores e trabalhadores. Sem ajustes, o país corre o risco de estagnar, comprometendo geração de emprego e renda.
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Em resumo, enquanto o governo anuncia alívio no Imposto de Renda para faixas de menor renda, prepara simultaneamente novos tributos que podem elevar a carga total e ampliar a burocracia. Ficar atento e cobrar transparência é essencial para evitar que a conta recaia sempre sobre quem produz. Continue acompanhando nossas publicações e compartilhe este conteúdo com quem se preocupa com o futuro econômico do país.
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