Israel concluiu nesta terça-feira (7) a deportação de 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud, interceptada na semana passada quando navegava em direção à Faixa de Gaza. O grupo foi transferido para a Jordânia, onde recebeu apoio consular do Itamaraty e de autoridades locais.
Intervenção israelense e prisão dos ativistas
A Marinha de Israel abordou, em 1º de outubro, 42 embarcações que transportavam cerca de 470 ativistas, entre eles a sueca Greta Thunberg e representantes de mais de 30 nacionalidades. Os organizadores afirmavam levar “ajuda humanitária simbólica” à população de Gaza. Segundo Tel Aviv, o comboio violou o bloqueio marítimo imposto ao enclave controlado pelo Hamas.
Após a interceptação em águas internacionais, todos os ocupantes foram detidos e conduzidos ao porto de Ashdod para averiguação. Desde então, Israel vem deportando os estrangeiros em grupos, processo que agora incluiu os brasileiros.
Chegada à Jordânia e assistência diplomática
O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia confirmou a entrada de 131 ativistas pelo posto fronteiriço da Ponte Rei Hussein, que liga a Cisjordânia ao território jordaniano. A delegação inclui cidadãos de Brasil, Colômbia, Uruguai, Argentina, México e de diversos países do Oriente Médio, Europa, Oceania e África.
De acordo com comunicado do Itamaraty, diplomatas das embaixadas brasileiras em Omã e Tel Aviv acompanharam o translado dos 13 nacionais até Amã. A chancelaria disponibilizou veículo oficial para o trajeto e afirma manter contato permanente com o grupo.
Entre os deportados estão a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e a vereadora paulista Mariana Conti (PSOL). Ambas participavam da flotilha na condição de observadoras políticas e pretendiam, segundo suas assessorias, “denunciar o bloqueio” israelense.
Nota oficial do governo brasileiro
Em declaração pública, o governo Lula classificou a operação israelense como “grave violação do direito internacional humanitário”. O texto sustenta que a flotilha tinha “caráter pacífico” e conclama a comunidade internacional a exigir o fim do bloqueio naval a Gaza.
Israel, por sua vez, reitera que a medida de segurança permanece necessária para impedir o contrabando de armas ao Hamas, organização reconhecida como terrorista por Estados Unidos, União Europeia e vários países ocidentais.
Dados da operação de deportação
• Total de ativistas detidos: cerca de 470
• Embarcações interceptadas: 42
• Brasileiros deportados nesta terça: 13
• Nacionalidades já deportadas: Espanha, Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polônia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia, Estados Unidos, entre outras.


Camiseta Camisa Bolsonaro Presidente 2026 Pátria Brasil 6 X 10,00 S/JUROS


Imagem: MOHAMED MESSARA
Contexto do bloqueio a Gaza
O bloqueio marítimo e terrestre à Faixa de Gaza foi reforçado por Israel a partir de 2007, após o Hamas assumir o controle do território. A política de contenção conta com a cooperação do Egito e tem como objetivo restringir a entrada de armamentos e materiais de uso duplo — civil e militar.
Entidades ligadas às Nações Unidas e diversas ONGs criticam o bloqueio, alegando impacto humanitário severo. Tel Aviv, por outro lado, sustenta que a inspeção rigorosa é indispensável para a segurança de seus cidadãos, sobretudo após ataques periódicos lançados por milícias palestinas.
Próximos passos para os brasileiros
Uma equipe consular permanece destacada em Amã para auxiliar nos trâmites de retorno ao Brasil. Até o momento, não há indicação de que os ativistas enfrentem restrições de viagem após a deportação. A decisão de regressar imediatamente ou prolongar a permanência na Jordânia ficará a cargo de cada envolvido.
Para acompanhar outras atualizações sobre política externa e decisões governamentais, consulte a seção de Política em nosso portal.
Em resumo, Israel manteve sua postura firme de impedir a quebra do bloqueio a Gaza e concluiu a deportação dos brasileiros envolvidos, enquanto o governo Lula reiterou críticas à ação israelense. Continue navegando em nosso site e fique por dentro dos desdobramentos internacionais que impactam o Brasil.
Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada



