Lisboa, 22 mai. O Governo português decidiu suspender o processo de construção do novo Hospital do Oeste, estimado em 265,1 milhões de euros, para realizar uma avaliação técnica mais aprofundada. A medida, anunciada pelo primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, gerou forte contestação de autarcas socialistas da região, que exigem a imediata reversão da decisão.
Decisão do Governo coloca obra em revisão
O projeto do hospital vinha sendo preparado desde 2023, quando o então ministro da Saúde, Manuel Pizarro (PS), apontou a Quinta do Falcão, no Bombarral, distrito de Leiria, como local escolhido. Em outubro de 2024, a atual ministra da Saúde reafirmou o cronograma e previu lançar o concurso de construção no primeiro semestre de 2025, já com dotação inscrita no Orçamento do Estado para o mesmo ano.
Em jantar-comício nas Caldas da Rainha, na segunda-feira, Luís Montenegro comunicou que o Executivo suspendeu o processo “para aprofundar a avaliação” e assegurar que a solução final “contemple todas as consequências” para a região e para as contas públicas. O chefe de Governo não definiu novo prazo, mas sustentou que a decisão final seguirá critérios técnicos e orçamentários.
Segundo o plano original, a unidade substituiria os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche, atendendo cerca de 300 mil habitantes dos concelhos do Oeste, incluindo Bombarral, Cadaval e Lourinhã. O valor de 265,1 milhões de euros constava pela primeira vez do orçamento, mas ainda não havia concurso lançado nem contrato assinado.
Autarcas socialistas contestam suspensão
A suspensão provocou reação imediata na Assembleia Intermunicipal do Oeste. O presidente do órgão, Rui Prudêncio (PS), divulgou nota em que classifica a medida como “retrocesso inaceitável” e “afronta à coesão territorial”. Para ele, a paralisação não se baseia em motivos técnicos ou financeiros, mas resultaria de “escolha política em período pré-eleitoral”.
Prudêncio recordou que, após “mais de vinte anos de estudos e debates”, os doze municípios do Oeste chegaram a consenso sobre a localização no Bombarral, considerada ponto de equilíbrio geográfico. O dirigente exige que o Governo reverta a suspensão e respeite o entendimento regional, pois “o futuro da saúde pública na região não pode continuar a ser adiado”.
No mesmo tom, o presidente da Câmara do Bombarral, Ricardo Fernandes (PS), afirmou nas redes sociais que o adiamento é “incompreensível e profundamente injusto”. Ele mencionou estudo da Comunidade Intermunicipal do Oeste que apontava o Bombarral como melhor localização e acusou o Executivo de “desrespeitar 300 mil habitantes” ao colocar o projeto em dúvida.
Apesar das críticas, o Governo mantém a posição de revisar o dossiê antes de assumir compromisso de longa duração. A avaliação abrangerá custo-benefício, impacto na rede hospitalar e alternativas de financiamento, segundo fontes do Ministério da Saúde. Não foram divulgados detalhes sobre a metodologia nem prazo para conclusão do relatório.


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Imagem: Internet
Contexto e próximos passos
A região do Oeste reivindica nova infraestrutura hospitalar desde o início dos anos 2000, alegando sobrecarga dos hospitais atuais e distância de centros de referência em Lisboa e Coimbra. A definição do terreno no Bombarral, contudo, sempre enfrentou disputas entre municípios interessados em sediar o equipamento.
Com a suspensão, a verba autorizada no Orçamento de 2025 permanece sem execução. Caso o Governo decida manter a localização proposta ou adotar alternativa, será necessário republicar o procedimento de contratação e atualizar estudos ambientais e de mobilidade, o que pode alongar o calendário para além da legislatura.
Representantes regionais avaliam recorrer a audiências no Parlamento e solicitar encontro com a ministra da Saúde para defender a retomada imediata do projeto. Já o Executivo argumenta que a análise detalhada garante racionalidade no uso de recursos e evita eventuais custos adicionais aos contribuintes.
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Em resumo, o Governo prefere submeter o novo Hospital do Oeste a exame rigoroso antes de liberar os 265 milhões de euros, enquanto autarcas socialistas pressionam pela continuidade imediata da obra. Fique atento às próximas etapas e compartilhe este conteúdo para que mais pessoas acompanhem o debate.
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