A atriz Carolina Dieckmann descreveu, em entrevista concedida nesta segunda-feira (21) ao programa Estúdio i, da GloboNews, os derradeiros dias de vida de Preta Gil. A cantora morreu no domingo (20), aos 50 anos, por complicações decorrentes de um câncer no intestino. Segundo o relato, os quatro dias anteriores ao óbito foram passados nos Estados Unidos, onde a artista realizava um tratamento experimental.
Carolina viajou ao país norte-americano após ser informada de que a amiga estava debilitada, porém estável. A expectativa do grupo próximo era de que, em breve, Preta pudesse retornar ao Brasil para prosseguir o acompanhamento médico perto da família. No entanto, de acordo com a atriz, o quadro clínico se agravou rapidamente, modificando o planejamento inicial e exigindo cuidados constantes.
Durante a conversa na televisão, Dieckmann afirmou que Preta Gil não sentiu dores intensas nos momentos finais, graças ao controle farmacológico estabelecido pela equipe de saúde. A cantora, segundo ela, encontrava-se “muito fraquinha”, mas amparada a todo instante por amigos e parentes que permaneceram ao seu lado no quarto do hospital. A atriz ressaltou a atmosfera de afeto presente no local, enfatizando que a paciente esteve cercada de demonstrações de carinho até o último instante.
O falecimento ocorreu dentro de uma ambulância, durante o trajeto que levaria Preta ao aeroporto mais próximo. O traslado tinha como objetivo embarcá-la em um voo com destino ao Brasil, onde continuaria o tratamento junto à equipe médica que a acompanhava desde o diagnóstico. A parada cardiorrespiratória se deu antes da decolagem, interrompendo a tentativa de retorno.
No depoimento, Carolina Dieckmann relatou ter passado grande parte do tempo dedicada a confortar a amiga, fazendo carinhos e conversando baixinho. Segundo ela, as visitas foram conduzidas de forma tranquila, intercaladas por períodos de descanso exigidos pelo estado físico debilitado de Preta. Ainda conforme o relato, não houve manifestações de sofrimento agudo, apenas um processo gradual de enfraquecimento, considerado comum em pacientes submetidos a tratamentos agressivos contra o câncer.
A atriz relatou também que a decisão de buscar a terapia experimental nos Estados Unidos foi tomada em consenso entre Preta Gil, a família e os médicos, na tentativa de ampliar as possibilidades de controle da doença. O procedimento, contudo, demandava longas sessões e provocava efeitos colaterais significativos, como queda de energia e perda de massa corporal, fatores que contribuíram para a fragilidade observada nos dias finais.
Dieckmann reforçou que, até a véspera de sua chegada, não havia indicação de piora crítica do quadro. Ainda assim, ao desembarcar, deparou-se com uma condição clínica já alterada, exigindo monitoramento contínuo de sinais vitais. A progressão da enfermidade nos quatro dias seguintes foi descrita como rápida, levando a equipe de saúde a avaliar a viabilidade do deslocamento aéreo de volta ao Brasil.
O planejamento logístico incluía ambulância equipada, autorização para transporte de paciente em estado delicado e suporte de médicos durante o voo. Apesar das providências, o agravamento inesperado impediu a conclusão da viagem. Conforme o depoimento, a cantora faleceu antes de alcançar a pista, já sob cuidados emergenciais.
Carolina sublinhou que, mesmo diante da deterioração física, Preta Gil permaneceu consciente por parte dos dias em que estiveram juntas, respondendo a estímulos verbais e demonstrando reconhecimento das pessoas ao redor. O ambiente, na avaliação da atriz, manteve-se sereno, focado na assistência e na expressão de afeto, sem episódios de agitação ou angústia prolongada.
O câncer no intestino de Preta Gil havia sido revelado publicamente em janeiro do ano anterior. Desde então, a cantora enfrentou cirurgias, quimioterapia e radioterapia. O tratamento experimental nos Estados Unidos representava uma tentativa de frear a progressão da doença após os protocolos tradicionais não apresentarem resultado satisfatório.
A morte da artista repercutiu amplamente no meio musical e entre personalidades da televisão. Diversos colegas manifestaram pesar e lembraram a trajetória profissional da cantora, além de sua postura considerada aberta sobre os desafios impostos pela enfermidade. Familiares informaram que detalhes sobre velório e sepultamento serão divulgados após a repatriação do corpo.
Ao encerrar o relato na GloboNews, Carolina Dieckmann enfatizou que a principal lembrança que guardará da amiga é a “potência de amor” vivenciada nos últimos instantes. O testemunho acrescenta informações sobre a fase final de Preta Gil, confirmando que, apesar da fragilidade extrema, ela foi acompanhada de perto, sem episódio de dor intensa, até o momento em que não resistiu às complicações do câncer.
Com 50 anos de idade, Preta Gil deixa um legado que inclui álbuns, turnês e participações em projetos de televisão. Filha do cantor e compositor Gilberto Gil, tornou-se figura conhecida não só pela carreira artística, mas também pelo engajamento em temas de saúde e diversidade. A causa oficial da morte foi registrada como complicações decorrentes do câncer no intestino.


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