O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) informou nesta quarta-feira, 3 de setembro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta estado de saúde cada vez mais delicado enquanto cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. De acordo com o filho do ex-chefe do Executivo, o pai sofre crises recorrentes de soluços e refluxos, necessitando de acompanhamento médico permanente e uso de medicação controlada.
Crises constantes e monitoramento médico
Segundo Carlos, Bolsonaro “depende de medicações indispensáveis e extremamente controladas” em horários rigorosos. Os episódios de soluços e refluxo, descritos como frequentes, exigem a presença de profissionais de saúde em regime quase contínuo. Ainda de acordo com o vereador, a presença de familiares tem sido fundamental para amenizar o desconforto físico e emocional causado pelas “ilegalidades” que, em sua avaliação, resultaram na atual medida cautelar imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente permanece em sua residência em Brasília, monitorado por tornozeleira eletrônica, após decisão do ministro Alexandre de Moraes. A ordem judicial foi emitida no contexto do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe relacionada aos atos de 8 de janeiro de 2023. A defesa alega que as condições médicas impedem Bolsonaro de participar presencialmente de audiências e sustentações orais.
Fase final do julgamento no STF
Na mesma data em que Carlos divulgou o boletim extraoficial, o STF concluiu a etapa de sustentações orais no julgamento que envolve Bolsonaro e outros sete réus. A acusação aponta participação em “organização criminosa” voltada a questionar o resultado das eleições de 2022 e a incitar os protestos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes.
A defesa do ex-mandatário reiterou não haver provas que relacionem diretamente Bolsonaro aos atos de depredação. Os advogados reforçaram que, à época, o então presidente se recuperava de problemas de saúde e não esteve em Brasília no dia 8 de janeiro. Para respaldar o argumento, citaram relatórios médicos e registros de deslocamento.
O cronograma estabelecido pelo plenário prevê retomada do julgamento na terça-feira, 9 de setembro, quando Alexandre de Moraes apresentará o voto de relatoria. Na sequência, votarão os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux, Dias Toffoli e, por fim, o presidente da Corte, Luiz Fux. A defesa espera que a condição de saúde do ex-presidente seja levada em conta durante o julgamento, reforçando o pedido de revogação da prisão domiciliar.
Repercussão no Legislativo
No Congresso, o tema voltou a acirrar os ânimos. Senadores da oposição, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), classificam a ação penal como exemplo de “perseguição política”. Já aliados do governo federal consideram o processo necessário para “preservar o Estado Democrático de Direito”.
Paralelamente, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) sugeriu texto alternativo ao PL da Anistia, projeto que busca indultar manifestantes e policiais investigados pelos protestos de 8 de janeiro. A proposta provocou reação imediata de Flávio Bolsonaro, que defende anistia ampla e rápida.
Familiares acompanham de perto
Nos últimos dias, Carlos Bolsonaro intensificou as visitas ao pai para supervisionar o uso de medicamentos e manter a imprensa informada. Em nota, ele reconheceu o apoio recebido de simpatizantes, mas alertou que “o velho não está bem”. Ainda assim, acrescentou, Jair Bolsonaro “resiste, mesmo enfrentando soluços e refluxos constantes”.


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Imagem: Valter Campanato
O núcleo familiar argumenta que o quadro clínico se agrava devido ao estresse provocado pelo processo judicial. Médicos responsáveis, cujos nomes não foram divulgados, recomendam repouso, dieta controlada e acompanhamento psicológico. Não há previsão oficial para revisão da medida de prisão domiciliar.
Próximos passos
Com a fase de votos marcada para iniciar em 9 de setembro, o julgamento poderá se estender por mais de uma sessão, caso algum ministro peça vista. A defesa pretende apresentar novos laudos médicos, reforçando a tese de que o estado de saúde inviabiliza qualquer atuação política ou mobilização de apoiadores.
Enquanto isso, simpatizantes continuam a se manifestar nas redes sociais, pedindo a revogação imediata da prisão domiciliar. Do lado governista, parlamentares reiteram confiança no STF e afirmam que a decisão “mostrará a força das instituições”.
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Em resumo, Carlos Bolsonaro destaca o avanço dos problemas de saúde do ex-presidente, atribuindo o agravamento à pressão judicial imposta pelo Supremo. A próxima sessão de julgamento será decisiva tanto para o futuro jurídico quanto para o bem-estar físico de Jair Bolsonaro. Continue acompanhando nossas publicações e receba alertas em tempo real sobre desdobramentos no STF.
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