Quem comanda o Planalto reconheceu, em entrevista ao SBT nesta sexta-feira (5), que a comunicação entre Brasília e Washington permanece travada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reaproximação com os Estados Unidos depende, acima de tudo, da disposição do governo norte-americano, hoje liderado por Donald Trump. Segundo Lula, nem o vice-presidente Geraldo Alckmin, nem o ministro da Fazenda Fernando Haddad, tampouco o chanceler Mauro Vieira encontram portas abertas para negociar com o país.
Interlocução emperrada com Washington
Questionado sobre uma eventual conversa direta com Trump, Lula respondeu que “ele não quer conversar”. O chefe do Executivo disse ter escalado Alckmin, Haddad e Mauro Vieira para buscar pontes, mas alegou que nenhum deles recebeu sinal verde. “Pergunte se alguém tem interlocutor. Não tem interlocutor”, declarou.
Apesar das dificuldades, Lula expressou confiança de que a relação bilateral voltará “à normalidade”. Ele sustentou que “o povo americano e o povo brasileiro são mais inteligentes do que os presidentes” e, por isso, cuidariam de restabelecer relações harmônicas, caso a liderança política falhe.
Tarifas e impacto para consumidores dos EUA
Lula voltou a criticar a política comercial norte-americana. Segundo o presidente, a taxação imposta por Trump tende a elevar o preço de produtos consumidos pelos próprios americanos. “Se os Estados Unidos acham que o seu presidente virou imperador e que ele pode ficar ditando regra para o mundo, eles vão ver o que pode acontecer”, afirmou.
O mandatário defendeu que o Brasil direcione compras a “países que queiram negociar”. Na visão dele, os custos adicionais recairão sobre os consumidores nos Estados Unidos, enfraquecendo a competitividade local.
Para reforçar o caráter político das tarifas, Lula citou declaração do vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau. De acordo com o brasileiro, Landau teria admitido que a medida “não é comercial, é política”. Lula acrescentou que carta emitida por Trump sustentaria o mesmo argumento.
China como parceiro estratégico
A entrevista também abordou a parceria com a China. Lula descreveu Pequim como “muito importante” para o Brasil e destacou a liderança chinesa no setor de carros elétricos. “A China pode nos trazer conhecimento científico e tecnológico como ninguém”, afirmou, mencionando o avanço de veículos movidos a eletricidade.
Sobre a possibilidade de elevar impostos sobre automóveis importados da China, Lula declarou que o governo adotará “aumento de taxação em qualquer produto estrangeiro que esteja prejudicando o produto brasileiro”. A medida, segundo ele, não se restringiria a um único país, mas sim a todo item que represente risco à indústria nacional.


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Imagem: Internet
Pontos-chave da declaração
- Lula disse que Trump evita diálogo direto com o Brasil.
- Alckmin, Haddad e Mauro Vieira teriam tentado contato sem sucesso.
- Presidente brasileiro prevê que tarifas dos EUA prejudicarão consumidores americanos.
- Christopher Landau teria reconhecido teor político das taxações.
- China segue vista como parceira relevante, inclusive em tecnologia de carros elétricos.
- Governo brasileiro admite elevar impostos contra produtos que afetem a indústria nacional.
Perspectivas para a relação bilateral
Ao defender que “as coisas vão voltar à normalidade”, Lula confia em pressões internas tanto dos brasileiros quanto dos americanos. Até lá, a diplomacia brasileira aguarda sinal de abertura por parte da Casa Branca. Enquanto isso, o Planalto se mostra disposto a redirecionar compras e a rever alíquotas de importação para proteger setores locais.
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Em resumo, Lula atribuiu a Trump o impasse no diálogo, defendeu políticas comerciais voltadas ao interesse nacional e reforçou a busca por parceiros que ofereçam ganhos tecnológicos. Continue acompanhando nossas atualizações e receba em primeira mão as próximas movimentações diplomáticas do Brasil.
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