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Brasil encara tarifa de Trump e gasolina com 30% de etanol a partir de agosto

Política

Quem exporta para os Estados Unidos e quem abastece veículos no Brasil terá de lidar simultaneamente, a partir de 1º de agosto, com dois encargos adicionais: uma tarifa de 50% imposta por Washington e a obrigatoriedade de adicionar 30% de etanol à gasolina vendida no país.

Duas medidas, dois públicos afetados

A tarifa norte-americana, anunciada durante a gestão Donald Trump, recai sobre produtos brasileiros destinados ao mercado dos EUA. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, as exportações para o parceiro respondem hoje por cerca de 15% das vendas externas do Brasil, envolvendo itens do agronegócio, siderurgia e manufaturados. A sobretaxa de 50% passa a valer em 1º de agosto e atinge diretamente empresas exportadoras, que podem ver margens estreitadas ou precisar repassar parte do custo ao preço final.

No mesmo dia, entra em vigor a determinação do governo federal para elevar de 27% para 30% a proporção de etanol anidro na gasolina comum. A mudança foi publicada em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na esteira de metas ambientais e de estímulo ao setor sucroenergético. Com a nova mistura, apenas 70% do combustível nos postos será gasolina pura, o que, na prática, altera desempenho, consumo e eventualmente o custo do litro na bomba.

Enquanto o primeiro impacto atinge diretamente empresas que exportam, o segundo alcança motoristas de carros e motos em todo o território nacional. Consumidores não foram consultados formalmente sobre a ampliação da mistura, decisão tomada em colegiado composto por ministérios e agências estatais.

Burocracia interna mantém custo elevado

A sobrecarga tributária e regulatória segue como fator de competitividade negativa. Estudo apresentado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, indica que licenças múltiplas exigidas por órgãos como Anvisa, Ibama e Mapa somam cerca de R$ 40 bilhões por ano em despesas para exportadores e importadores. Para reduzir esse valor, o governo anunciou a simplificação de processos de comércio exterior, com previsão de extinção ou unificação de formulários e autorizações.

Apesar da iniciativa, empresários destacam que encargos trabalhistas e tributários continuam altos. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o contribuinte médio trabalha até o fim de maio apenas para quitar taxas, encargos e impostos embutidos em produtos e serviços. No mercado de trabalho, cada R$ 1.000 pagos em salário gera, em média, R$ 500 adicionais em contribuições previdenciárias e fundos obrigatórios.

Estrutura estatal em expansão

Enquanto o setor privado busca cortes de custo, a máquina pública mantém ritmo de crescimento. Dados do Tesouro Nacional mostram dívida bruta próxima de R$ 8 trilhões. Em Brasília, o Legislativo aprovou a criação de 18 novos gabinetes, elevando o total de deputados de 513 para 531 já na próxima legislatura. O Executivo, por sua vez, aluga prédios adicionais para acomodar órgãos que não cabem mais nos anexos ministeriais.

Salários e benefícios no serviço público seguem bem acima da média paga na iniciativa privada. De acordo com o Instituto Millenium, o vencimento inicial de um servidor federal pode ultrapassar em 60% a remuneração de cargo equivalente no setor privado, diferença que aumenta com progressões e gratificações.

Educação e percepção do papel do Estado

Especialistas em gestão pública alertam para a lacuna de conhecimento cívico nas escolas. Currículos básicos pouco abordam a origem dos recursos arrecadados pelo poder público, o que dificulta a compreensão de que impostos financiam serviços essenciais — e de que esses valores saem diretamente do trabalho da população. A ausência desse conteúdo contribui para a percepção de que programas sociais são iniciativa de governos, e não redistribuição de receita obtida dos próprios contribuintes.

Perspectiva para 2025

Com eleições municipais em 2024 e gerais em 2026, o próximo ano será marcado por debates sobre modelo econômico e tamanho do Estado. De um lado, grupos defendem manutenção de incentivos setoriais e expansão de programas assistenciais; de outro, associações empresariais pedem redução de carga tributária e revisão de privilégios do funcionalismo. A escolha dos eleitores definirá se o país avança em direção a um Estado mais enxuto ou mantém a atual estrutura de alto custo.

Para acompanhar análises sobre reformas administrativas e outras pautas do Congresso, o leitor encontra conteúdo atualizado na seção de política do portal Geral de Notícias.

Em resumo, agosto começa com dupla pressão: exportadores lidam com tarifa adicional nos EUA, enquanto motoristas encontram gasolina com nova composição. A combinação reforça o debate sobre competitividade interna, peso do Estado e caminhos para o crescimento. Continue informado, participe das discussões e acompanhe as próximas decisões que impactarão o seu bolso.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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