Manifestações organizadas por grupos de direita marcam o 7 de Setembro de 2025 em quase 100 cidades brasileiras e no exterior. Sob o lema “Reaja, Brasil”, os atos pedem a anistia dos condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Mobilizações simultâneas ocorrem em capitais, municípios de médio porte e em comunidades brasileiras fora do país desde as 9 h.
Brasília concentra lideranças políticas
Na capital federal, milhares de manifestantes ocupam o estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Entre os parlamentares presentes estão os senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Izalci Lucas (PL-DF) e Jaime Bagattoli (PL-RO), além dos deputados federais Alberto Fraga (PL-DF), Bia Kicis (PL-DF) e Zé Trovão (PL-SC). O ex-desembargador Sebastião Coelho (Novo-DF) também acompanha a mobilização.
Em discurso, Alberto Fraga informou que um projeto de anistia deve ser votado no Congresso “em até 20 dias”. Já o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) afirmou que o objetivo principal é “resgatar a nação de um regime autoritário”. Pelas ruas, bonecos infláveis de Alexandre de Moraes vestidos de presidiário simbolizam o descontentamento dos manifestantes com decisões da Corte.
No mesmo horário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa do desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios. A proximidade dos dois eventos aumenta a tensão política na capital, que registra forte esquema de segurança.
Rio, Goiânia e São Paulo reforçam pauta da liberdade
No Rio de Janeiro, a concentração ocorre na praia de Copacabana entre os postos 4 e 5. O governador Cláudio Castro (PL) discursou ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e defendeu “democracia, soberania e liberdade”. Segundo Castro, “o primeiro passo é a inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro; a anistia vem depois”.
Em Goiânia, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) destacou avanços na coleta de apoios à anistia: “Conseguimos mais de 300 votos. Só aceitaremos anistia total, ampla e irrestrita”. Ele citou ainda a saída de União Brasil e PP do governo federal como sinal de enfraquecimento da base governista.
Na capital paulista, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) participou pela manhã do desfile cívico-militar no Sambódromo do Anhembi, ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB). À tarde, Tarcísio segue para a Avenida Paulista, onde está programada nova manifestação com expectativa de presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Mensagem de Michelle Bolsonaro ecoa nos protestos
Áudios gravados por Michelle Bolsonaro são reproduzidos em carros de som e telões nas principais cidades. Na gravação, ela acusa “autoridades perversas” de manter “inocentes” presos após o 8 de janeiro, cita a morte do empresário Cleriston Pereira da Cunha na Papuda e compara o julgamento de Jair Bolsonaro a “processos de Moscou” da era soviética. Michelle conclama a população a orar pela família e a “não desistir do Brasil”.
A fala encontra eco entre manifestantes como Vanderlei Komatsu, que exibe boneco de Moraes atrás das grades, e Marcos Mendes, participante assíduo de atos políticos: “Acompanho a política de perto e venho sempre que posso”.
Cenário político impulsiona mobilização
Os protestos ocorrem enquanto o STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta conspiração contra a democracia. Paralelamente, denúncias de supostas irregularidades processuais apresentadas pelo ex-assessor Eduardo Tagliaferro adicionam combustível à insatisfação. No Congresso, líderes da oposição articulam a votação de projetos de anistia que variam de “light” a “ampla, geral e irrestrita”.


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Imagem: Aline Rechmann
Também pesa no ambiente político a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, além da análise de recursos apresentados por advogados de réus do 8 de janeiro. Governadores e parlamentares conservadores enxergam nas manifestações um termômetro da rejeição popular às decisões do STF e às políticas do atual governo federal.
Organização logística e adesão popular
Pelo país, igrejas, associações de produtores rurais e lideranças locais coordenam caravanas. Em São Paulo, o desfile no Anhembi mobilizou 5,8 mil participantes, dos quais 2,8 mil integravam tropas militares. No Rio, carros de som percorrem toda a orla de Copacabana com músicas patrióticas e mensagens de apoio aos presos.
Apesar da ausência de estimativas oficiais unificadas, organizadores projetam “dezenas de milhares” de participantes em Brasília e números expressivos nas capitais do Sudeste e Centro-Oeste. A Polícia Militar de cada estado acompanha os atos com efetivo reforçado, mas, até o início da tarde, não havia registro de confrontos significativos.
Para continuar acompanhando os desdobramentos da pauta de anistia no Congresso, o leitor pode acessar a seção de política em nosso portal.
Em síntese, o 7 de Setembro de 2025 consolida-se como data estratégica para a direita brasileira renovar a pressão por anistia, liberdade de expressão e revisão de decisões do STF. A participação de governadores, senadores e deputados reforça a intenção de transformar as ruas em força política institucional. Acompanhe as próximas votações e faça sua voz ser ouvida.
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