Brasília, 9 set 2025 — O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que a bancada liberal está pronta para paralisar as votações no Congresso Nacional caso o projeto de anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro não seja levado ao plenário. Segundo ele, a legenda possui maioria suficiente para impor a manobra e não pretende negociar mudanças no texto.
Ameaça de obstrução total
Em entrevista concedida à Rádio Eldorado nesta terça-feira, Valdemar afirmou que a proposta precisa ser “ampla, geral e irrestrita”. Questionado sobre a possibilidade de ceder em algum ponto para atender às reservas do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o dirigente descartou qualquer flexibilização. “Se não votarem a anistia, vamos parar o Congresso. Hoje temos maioria para isso. Não queremos causar prejuízo ao País, mas não temos outra arma”, afirmou.
O plano de obstrução inclui a suspensão de quórum em comissões temáticas, retirada de pauta em plenário e outras ferramentas regimentais que atrapalham a votação de projetos do governo. A intenção é pressionar os líderes das demais bancadas a pautar o tema ainda neste semestre.
Relação com o Supremo e postura de Tarcísio
Valdemar evitou críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos que atingem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas classificou como “natural” a reação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chamou Moraes de “tirano” durante manifestação no último domingo. O chefe do PL disse seguir orientação jurídica para não atacar membros do Supremo, ao mesmo tempo em que considerou “uma loucura” o cenário atual de acusações e condenações.
Indagado sobre a presença de uma bandeira dos Estados Unidos na manifestação do 7 de Setembro, criticada pelo pastor Silas Malafaia, o dirigente elogiou o gesto. Para Valdemar, o ato demonstra simpatia por uma possível ajuda do ex-presidente Donald Trump. “Adorei quando vi a bandeira americana. Isso vai chegar ao Trump e mostrar que o povo brasileiro quer os americanos do nosso lado”, declarou.
Plano eleitoral e aposta na anistia
A direção do PL considera a anistia a peça central para reabilitar Jair Bolsonaro politicamente. Valdemar admitiu que, sem ela, a sigla terá de buscar outro nome para 2026, decisão que caberá ao próprio ex-presidente. A repetição da estratégia usada pelo PT em 2018, quando registrou a candidatura de Lula mesmo preso, foi descartada neste momento.
Entre os possíveis substitutos, o presidente do PL lembrou que caberá a Bolsonaro indicar um sucessor e escolher o vice. Nos bastidores, nomes como Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro seguem cotados, mas não há definição.
Romário permanece na bancada
Alvo de vaias na Avenida Paulista por se recusar a assinar o pedido de impeachment contra Moraes, o senador Romário (PL-RJ) não corre risco de expulsão. Valdemar destacou que, com 15 senadores, a sigla precisa manter força numérica para negociar em votações decisivas. “Romário explicou que tem boa relação com Moraes e, por isso, não poderia assinar. Temos de respeitar a posição pessoal de cada um”, afirmou.
O partido ainda conversará com o senador a respeito de seu futuro na legenda, mas a direção avalia que a permanência dele é fundamental para manter a maior bancada do Senado.


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Imagem: Internet
Xadrez paulista para 2026
Com a possibilidade de o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) permanecer fora do País por tempo indeterminado, surgiu a necessidade de definir um nome para disputar o Senado em São Paulo. Valdemar mencionou o vice-prefeito da capital, Ricardo Mello Araújo, como “boa ideia” e disse que ele conta com apoio interno. Também são cogitados o pastor Marco Feliciano (PL-SP) e o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP).
O dirigente reforçou que a escolha será pautada por cálculos eleitorais e pela capacidade de sustentar as pautas conservadoras defendidas pelo partido no Congresso.
Opinião pública
Enquanto o PL pressiona pela anistia, pesquisa CNT divulgada nesta segunda-feira indicou que a maioria dos entrevistados considera justa uma eventual condenação de Bolsonaro pelos fatos investigados no Supremo. O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre 3 e 6 de setembro, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Apesar do cenário desfavorável na opinião pública, o comando liberal acredita que o ambiente no Parlamento é diferente, dada a robustez da bancada e as alianças articuladas com outras siglas de oposição.
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Em resumo, Valdemar Costa Neto transformou a anistia aos réus de 8 de janeiro em prioridade máxima. O plano de obstrução indicará até onde o PL está disposto a ir para defender seus aliados. Continue ligado e receba nossos alertas para não perder os próximos capítulos desse embate no Congresso.
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