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Fux mantém delação de Mauro Cid e limita alcance do STF no processo contra Bolsonaro

Política

Brasília, 10 de setembro – O ministro Luiz Fux votou nesta quarta-feira (10) para manter o acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), reafirmando os benefícios pactuados com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ao considerar “desproporcional” anular a delação, Fux formou o terceiro voto em um julgamento que pode levar o ex-presidente e sete aliados à condenação por crimes ligados à suposta tentativa de golpe de Estado.

Manutenção da delação e benefícios concedidos

Na primeira questão preliminar analisada, Fux acompanhou o relator Alexandre de Moraes ao defender a validade da colaboração de Mauro Cid. Para o ministro, rescindir o acordo romperia princípio de proporcionalidade e comprometeria a utilidade das informações já fornecidas pelo militar, apontado pela acusação como peça central no planejamento de medidas para impedir a transmissão de poder em 2023.

Com a delação preservada, Cid permanece elegível aos benefícios negociados: possível redução de pena, cumprimento em regime diferenciado e preservação de itens patrimoniais conforme previsto no termo firmado com a PGR. A decisão reforça o entendimento de que o conteúdo do acordo continuará servindo de prova no processo que examina a suposta organização criminosa.

Três preliminares acolhidas em favor das defesas

Além de defender a colaboração, Fux votou pelo acolhimento de outras três teses preliminares apresentadas pelos advogados dos réus:

  • Incompetência do Supremo – O ministro reconheceu o argumento de que a matéria poderia ser analisada por instâncias inferiores, questionando a extensão da competência penal do STF em caso que envolve pessoas sem prerrogativa de foro.
  • Necessidade de julgamento no Plenário – Fux entendeu que a gravidade das imputações requer análise pelo conjunto dos 11 ministros, e não apenas pela Primeira Turma.
  • Cerceamento de defesa – O voto apontou falhas na concessão de prazos e acesso a provas, indicando que garantias fundamentais devem ser reforçadas para assegurar contraditório e ampla defesa.

Com esse posicionamento, Fux sinalizou preocupação em coibir excessos processuais, embora tenha mantido a delação que embasa parte da acusação.

Placar parcial e acusação da PGR

Até o momento, o julgamento registra dois votos pela condenação – Alexandre de Moraes e Flávio Dino – e aguarda a manifestação completa de Luiz Fux, seguida de Cármen Lúcia e do presidente da Turma, Cristiano Zanin. A maioria forma-se com três votos.

A PGR atribui a Bolsonaro e outros sete investigados cinco delitos principais:

  1. Organização criminosa armada
  2. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  3. Golpe de Estado
  4. Dano qualificado por violência e grave ameaça (exceto para Alexandre Ramagem)
  5. Deterioração de patrimônio tombado (também excluído para Ramagem)

A Câmara dos Deputados suspendeu, por decisão majoritária, a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) em relação aos dois últimos crimes. Ele segue acusado apenas pelos três primeiros.

Réus envolvidos e cronologia do julgamento

Além do ex-presidente, constam na denúncia:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno, ex-chefe do GSI
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022

O calendário definido para as próximas sessões prevê retomada nesta quinta-feira (11) das 9h às 12h e das 14h às 19h, com possibilidade de conclusão na sexta-feira (12) nos mesmos horários. Caso a maioria se consolide, o Supremo passará à fixação das penas.

Impactos e próximos passos

Ao validar a delação de Mauro Cid e, simultaneamente, acatar teses que restringem o alcance do Supremo, o voto de Fux pode redesenhar o julgamento. Se a defesa obtiver êxito nas preliminares acolhidas, parte do processo poderá migrar para a primeira instância – abrindo espaço para revisão de provas e reinquirição de testemunhas. Por outro lado, a delação mantida confere robustez às acusações contra Bolsonaro e demais réus, caso prevaleça a competência do STF.

O desfecho dependerá dos votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Se confirmarem a linha de Moraes, a condenação se tornará provável. Caso sigam Fux nas preliminares, o processo poderá ser deslocado, retardando a decisão final.

Para acompanhar outros julgamentos com repercussão direta no cenário político, acesse nossa editoria de Política.

Em resumo, o voto de Luiz Fux preserva a colaboração premiada de Mauro Cid, mas impõe limites institucionais ao STF, colocando em evidência o equilíbrio entre combate ao crime e respeito às garantias constitucionais. Continue acompanhando nossos canais para atualizações em tempo real sobre o caso.

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