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Polzonoff recria Quincas Borba e acusa STF de forjar “Estado totalitário” contra Bolsonaro

Política

Paulo Polzonoff Jr. publicou em 12 de setembro de 2025 a coluna “Ao vencedor, as batatas”, na qual adapta o capítulo VI de Quincas Borba, de Machado de Assis, para retratar a cena política brasileira pós-2022. O texto mescla ficção literária e fatos recentes: a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, a contestação popular ao resultado das urnas e o julgamento do ex-presidente na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Julgamento e condenação de Bolsonaro segundo a narrativa

Na versão apresentada pelo autor, Jair Bolsonaro foi levado a julgamento no STF após deixar o Planalto em janeiro de 2023. A sessão ocorreu na Primeira Turma, descrita como “pocilga” pelo narrador, e resultou na condenação do ex-presidente.

De acordo com o enredo, Bolsonaro recebeu pena de prisão domiciliar, passou a usar tornozeleira eletrônica e permaneceu em silêncio obrigatório. O texto acrescenta que manifestações em defesa do ex-chefe do Executivo ocorreram, mas perderam força à medida que o processo avançou. Mesmo uma defesa formal não teria revertido o veredicto.

O episódio é narrado pelo personagem Quincas Borba, que encaminha o interlocutor Rubião para compreender o mecanismo de poder. O autor recorre à frase machadiana “Ao vencedor, as batatas” para ilustrar a suposta lógica de vencidos e vencedores na arena política atual.

Suprema Corte vista como pilar de um “Estado totalitário”

A coluna sustenta que o Supremo tornou-se instrumento de um projeto autoritário. Um dos ministros, nomeado pelo ex-presidente Michel Temer, é apresentado como figura central, “faminto de poder” e “disposto a ser temido”. Sob tal liderança, o tribunal teria buscado consolidar um Estado totalitário, eliminando obstáculos que pudessem ameaçar seu domínio — entre eles, Jair Bolsonaro.

O argumento parte de premissa segundo a qual o “poder absoluto” precisa de um adversário a ser derrotado para garantir sua própria sobrevivência. Assim, o confronto entre Corte e ex-presidente seria descrito como ato de conservação: a estrutura estatal supostamente sufoca quem questiona a narrativa oficial.

Polzonoff recorre à metáfora de duas tribos famintas dividindo um único recurso. Segundo ele, se ambas partilharem pacificamente a riqueza, nenhuma sobreviverá; caso uma subjugue a outra, preserva-se. No paralelismo político, a “tribo” que controla as instituições vence e desfruta das “batatas” — metáfora para privilégios de poder e acesso ao erário. Aos vencidos restariam silêncio, marginalização ou eventual “compaixão” retórica.

Referências literárias e críticas à democracia “relativa”

O autor faz associação direta entre o aforismo “O poder revela o homem”, atribuído a Sófocles, e a conduta dos ministros. Ele trata a democracia brasileira como “relativa”, sustentando que decisões judiciais afastadas da letra constitucional corroem o regime, transformando direitos em concessões revogáveis.

Rubião, personagem que serve de contraponto ao narrador, questiona a existência de possível injustiça no processo. A resposta, marcada por ceticismo, descarta a ideia de injustiçados: “Bolha não pode ter opinião”, afirma Quincas Borba, ironizando a participação popular no debate público.

Contexto factual abordado na adaptação

Embora redigida em forma de fábula, a coluna faz menção a eventos concretos:

  • Os quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro, de 2019 a 2022.
  • A derrota eleitoral para Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2022.
  • As manifestações de apoiadores que questionaram o resultado das urnas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023.
  • Investigações e ações no STF que miraram o ex-presidente em 2023 e 2024.

Ao combinar esses dados com elementos ficcionais, Polzonoff propõe uma leitura crítica da atuação da Corte, responsabilizando­-a pela formação de um “Estado totalitário”. O texto não apresenta detalhes técnicos do processo nem especifica quais crimes teriam embasado a condenação.

Repercussão e posicionamento do autor

Paulo Polzonoff Jr. é jornalista, tradutor e escritor. Em notas de rodapé, a publicação reforça que opiniões contidas na coluna não refletem necessariamente a linha editorial do veículo. Ainda assim, o conteúdo reafirma a visão de que instituições brasileiras operam sob viés autoritário e que a perseguição a adversários políticos é ferramenta de conservação de poder.

Para leitores que acompanham o embate entre Judiciário e ex-presidente, o artigo fornece releitura cultural que questiona limites da democracia e aponta desequilíbrio entre pesos e contrapesos republicanos.

Se quiser aprofundar o histórico de conflitos entre poderes no país, consulte a seção dedicada aos temas mais recentes em Política.

Em síntese, a adaptação de Quincas Borba apresentada por Polzonoff retrata o julgamento de Jair Bolsonaro como peça central de um suposto avanço autoritário no Brasil, contrapondo vencedores e vencidos sob o lema “Ao vencedor, as batatas”. A discussão sobre alcance do STF, legitimidade das decisões e espaço para oposição permanece aberta. Continue acompanhando nossa cobertura e compartilhe esta análise para ampliar o debate.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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