O texto “O melhor que podemos” apresenta a tese de que o Brasil só atingirá pleno potencial ao abandonar referências externas e reduzir drasticamente o peso do Estado. O autor, que se define como um “contrarian”, sustenta que copiar o Estado de bem-estar social europeu ou o capitalismo liberal norte-americano é meta inalcançável para a realidade nacional. Em vez disso, propõe reconhecer limitações culturais, diminuir o tamanho da máquina pública e fortalecer a responsabilidade individual.
Crítica aos modelos europeu e norte-americano
Segundo o ensaio, o sistema social-democrata da Europa está esgotado por três razões principais: endividamento crescente, queda de natalidade que compromete a sustentabilidade das aposentadorias e pressões migratórias que desafiam a integração cultural. Esses fatores, afirma o autor, inviabilizam a reprodução do modelo no Brasil.
No caso dos Estados Unidos, o artigo recorda que a formação histórica daquele país foi marcada por federalismo rígido, constituição minimalista e defesa de liberdades individuais desde a origem. Para o autor, esse processo fundacional é tão distinto da experiência brasileira que não pode ser simplesmente replicado. Ele ressalta que o “navio já partiu” e que buscar uma “América do Sul” em solo nacional seria desperdício de recursos.
Cultura patrimonialista como obstáculo
O autor recorre ao conceito de patrimonialismo para explicar a dificuldade de reformas profundas. Enquanto nos Estados Unidos um servidor público “presta juramento” (to be sworn in), no Brasil ele “toma posse”, expressão que, segundo o texto, revela mentalidade de apropriação do cargo. Esse traço cultural, alega o ensaísta, impede mudanças rápidas na classe política e alimenta ciclos de corrupção.
O ensaio recorda que o país já promulgou sete constituições e enfrentou diversos movimentos armados na tentativa de “refundar” a nação. Para o autor, tais iniciativas demonstram que alterações jurídicas isoladas nunca bastaram. A mudança duradoura exige ação dentro da própria cultura, com reconhecimento das “capacidades e limitações” nacionais.
Redução do Estado e endurecimento da lei
Como saída, o artigo defende a redução do aparelho estatal. Menos poder concentrado em Brasília significaria marginar a influência de maus políticos e ampliar a liberdade econômica dos cidadãos. O autor argumenta que, quanto menor a fatia de riqueza controlada pelo governo, menor o impacto de decisões equivocadas.
A insegurança pública aparece como exemplo de problema “fabricado internamente”. O ensaio sustenta que tipos penais mais severos e fim do ativismo judicial seriam suficientes para diminuir a criminalidade “em seis meses”. A falta de vontade política, e não de instrumentos legais, seria o verdadeiro entrave.


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O “melhor Brasil possível”
Em síntese, o texto afirma ser ilusório esperar que eleições, sem mudança estrutural, produzam representantes substantivamente diferentes. Em vez de adotar modelos externos, o país deveria buscar um projeto compatível com suas características: Estado enxuto, mercado mais livre e responsabilidade individual fortalecida.
Embora não apresente um roteiro detalhado, o ensaio conclui que abandonar expectativas irrealistas e encarar a realidade com objetividade é passo inicial para construir “o melhor Brasil que podemos ser”.
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Nosso conteúdo destacou os principais argumentos de que reduzir o Estado, endurecer a lei e respeitar a cultura local são pontos fundamentais para destravar o potencial brasileiro. Acompanhe a cobertura e compartilhe sua opinião nos comentários.
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