Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) testaram uma substância chamada polilaminina em vítimas de lesão medular completa e registraram um índice de recuperação motora considerado inédito. Dos oito voluntários que receberam a injeção logo após o trauma, seis concluíram o acompanhamento e, entre eles, todos voltaram a executar movimentos voluntários. Um dos pacientes já caminha sem auxílio, com controle de bexiga e intestino restabelecidos.
Como o estudo foi conduzido
A equipe do Departamento de Ciências Biomédicas da UFRJ aplicou a polilaminina em até 24 horas após o acidente. O procedimento ocorreu em ambiente hospitalar, seguindo protocolo clínico aprovado por comitê de ética. A substância, derivada da proteína laminina, foi projetada para recriar condições favoráveis ao crescimento de fibras nervosas na região lesionada.
Antes dos testes em humanos, os cientistas avaliaram a molécula em modelos animais. Ratos submetidos a quatro tipos distintos de lesão medular apresentaram ganhos expressivos: a taxa de recuperação completa saltou de 27,3 % no grupo sem tratamento para 61,8 % entre os que receberam o composto.
Resultados observados em pacientes
Entre os voluntários, dois faleceram por causas alheias ao experimento – pneumonia no quinto dia e complicações cardíacas no vigésimo. O terceiro óbito, resultado de infecção generalizada semanas após a alta, também foi descartado como efeito adverso da terapia. A análise final concentrou-se nos seis sobreviventes.
Todos eles readquiriram controle motor voluntário em diferentes graus. O caso mais expressivo envolve um jovem com lesão total na última vértebra cervical, quadro que costuma levar à tetraplegia. Ele recebeu a polilaminina em menos de 24 horas, apresentou sinais de melhora no primeiro mês e, após um ano, voltou a caminhar de forma independente.
Imagens de ressonância indicam que não houve regeneração plena do tecido medular. No entanto, a reconexão de um número limitado de fibras se mostrou suficiente para restabelecer a comunicação entre cérebro e membros. Para comparar, terapias anteriores registraram no máximo 38 % de sucesso, enquanto a abordagem atual atingiu 75 % (6 de 8) considerando todo o grupo inicial.
Mecanismo da polilaminina
A laminina, proteína natural que auxilia a sobrevivência e o crescimento de neurônios, costuma desaparecer do local da lesão. A versão modificada aplicada pela UFRJ imita essa função, permitindo que axônios remanescentes se estendam e atravessem o ponto danificado. A injeção cria, portanto, um microambiente propício para que os nervos voltem a conduzir impulsos elétricos.
Os autores destacam que a intervenção precoce é decisiva. A administração em até 24 horas reduz a formação de cicatriz glial – barreira que dificulta a regeneração – e potencializa a ação da polilaminina.
Próximos passos e revisão por pares
O artigo se encontra em fase de preprint, etapa que antecede a revisão científica. Essa publicação preliminar acelera a troca de informações e a obtenção de colaborações, mas ainda depende da análise de especialistas independentes antes da difusão em periódico indexado.


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Imagem: CGCOM
Os pesquisadores planejam ampliar o número de voluntários e realizar estudos multicêntricos, inclusive no exterior, para validar a eficácia em cenário mais amplo. Também está em desenvolvimento uma formulação ajustada para produção em escala industrial, condição essencial para eventual registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Impacto potencial na reabilitação
Lesões medulares completas costumam deixar o paciente sem qualquer sensibilidade ou movimento abaixo do ponto afetado, e apenas 15 % apresentam recuperação espontânea parcial. Com os resultados divulgados, a polilaminina desponta como alternativa promissora para reduzir a dependência de cadeiras de rodas e melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiros.
A iniciativa liderada por cientistas nacionais reforça a capacidade de inovação do país no campo biomédico e indica caminho para reduzir custos de importação de tecnologias reabilitadoras, tema relevante para o equilíbrio das contas públicas na saúde.
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Em síntese, a polilaminina abre perspectiva concreta de independência motora para vítimas de lesão medular. Continue acompanhando nossas atualizações e compartilhe este conteúdo para que mais pessoas conheçam a nova possibilidade terapêutica.
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