Um novo capítulo na tensão entre Poder Judiciário e Congresso ganhou força após a divulgação de um trailer do documentário The Fake Judge: The Story of a Nation in the Hands of a Psychopath. A produção, ainda sem data de estreia, apresenta acusações pesadas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo dia em que o vídeo passou a circular, o Senado ouviu um depoimento que reforçou as suspeitas de abuso de autoridade e fraude processual atribuídas ao magistrado.
Tagliaferro detalha alteração de documentos oficiais
Na tarde de 2 de setembro de 2025, Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prestou depoimento por videoconferência à Comissão de Fiscalização do Senado. O ex-assessor afirmou que relatórios utilizados para justificar uma operação da Polícia Federal contra empresários acusados de financiar conteúdos pró-Bolsonaro, em agosto de 2022, foram produzidos somente após a deflagração da medida.
Segundo Tagliaferro, a chancela de 22 de agosto estampada nos documentos é “inteiramente fictícia”. Ele relatou que, entre 26 e 29 daquele mês, o juiz instrutor Airton Vieira teria ordenado a elaboração de textos que oferecessem “cobertura formal” a um ato já consumado por determinação de Alexandre de Moraes. O depoente apresentou conversas de WhatsApp, arquivos técnicos e mapas mentais como elementos comprobatórios. Para ele, o episódio demonstra “fraude documental deliberada” com objetivo de legitimar uma ação policial que, de outro modo, poderia ser considerada abusiva.
O impacto da denúncia cresceu quando, durante a própria sessão, o canal pessoal de Tagliaferro no YouTube foi derrubado. A remoção, associada a ordens judiciais anteriores do mesmo ministro, foi interpretada pelos senadores como evidência de censura em tempo real.
Reação imediata no Congresso
A oposição no Senado reagiu com firmeza. O senador Flávio Bolsonaro classificou Moraes como “marginal” e acusou-o de manipular provas para sustentar investigações contra críticos do Supremo. O catarinense Jorge Seif defendeu a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a apurar a existência de um suposto “gabinete paralelo” dedicado à produção de relatórios falsificados.
Já a senadora Damares Alves afirmou que o ministro deveria ser “preso de imediato”, reforçando a tese de que a conduta relatada constitui crime de responsabilidade. Ao final da audiência, os parlamentares decidiram encaminhar a íntegra do material apresentado por Tagliaferro ao STF, ao TSE, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao Ministério Público e a entidades internacionais de defesa de direitos civis.
Julgamento simultâneo de Bolsonaro agrava clima político
No exato momento do depoimento no Senado, o STF conduzia sessão que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro em outro processo. A coincidência de agendas reforçou a percepção, entre parlamentares de direita, de que o tribunal age politicamente contra adversários e, ao mesmo tempo, bloqueia tentativas de escrutínio sobre seus próprios membros.
Para críticos do atual modelo de atuação do STF, o relato de Tagliaferro expõe um padrão: primeiro, decreta-se a medida coercitiva; depois, busca-se construir justificativa que lhe empreste aparência de legalidade. O episódio também reaquece o debate sobre a separação de Poderes e os limites da jurisdição constitucional no Brasil.
Documentário intensifica pressão sobre o STF
Enquanto o Senado avaliava o depoimento, o trailer de The Fake Judge circulava nas redes sociais. A produção reúne depoimentos de juristas, políticos e jornalistas que questionam decisões de Alexandre de Moraes à frente de inquéritos sobre suposta disseminação de fake news. O filme promete revelar bastidores de processos conduzidos pelo ministro e sustenta que o Brasil vive sob “juristocracia” — termo empregado por críticos para definir o que chamam de intervenção judicial excessiva em assuntos políticos.


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Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom
A divulgação do documentário amplia a pressão sobre o STF, pois coloca o ministro no centro de um debate global sobre liberdades civis, abuso de poder e segurança jurídica. Até o momento, a Corte não se manifestou oficialmente sobre as acusações contidas no trailer nem sobre o depoimento levado ao Senado.
Próximos passos e cenário aberto
A oposição trabalha para reunir as 27 assinaturas necessárias para instaurar a CPI sugerida por Seif. Caso a comissão seja criada, Moraes poderá ser convocado a prestar esclarecimentos. Paralelamente, organizações civis planejam acionar tribunais internacionais para questionar eventuais violações de direitos fundamentais ocorridas no Brasil.
No âmbito político, aliados de Bolsonaro veem na denúncia uma oportunidade de demonstrar que, além de parcialmente, o Judiciário teria atuado fora dos limites constitucionais. Já governistas minimizam o episódio e afirmam confiar na integridade do ministro. A disputa deve se intensificar nas próximas semanas, à medida que novos trechos do documentário sejam divulgados e o Senado delibere sobre a instalação da CPI.
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Em resumo, o depoimento de Eduardo Tagliaferro e o trailer de The Fake Judge somam-se para colocar Alexandre de Moraes sob o holofote mais uma vez. A movimentação no Senado indica que os próximos dias podem trazer novos desdobramentos. Acompanhe, compartilhe e fique atento às atualizações.
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