Juiz de Fora (MG) voltou a ser cenário de tensão política quando, em 18 de setembro, uma médica residente publicou nas redes sociais um incentivo explícito para que alguém repetisse o atentado a faca de 2018, desta vez contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar visitava o Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus para anunciar a destinação de R$ 500 mil em emenda parlamentar. A postagem, considerada apologia ao homicídio, levou à suspensão imediata da profissional e motivou uma representação formal ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina.
Suspensão imediata e abertura de processos
Conforme relatou a vereadora Roberta Lopes (PL), colegas de plantão alertaram a direção do hospital ainda no mesmo dia em que a publicação foi feita. O conselho de ética interno reuniu-se em 22 de setembro e decidiu manter o afastamento da médica, além de encaminhar o caso ao CRM-MG para avaliação de infração ética. A profissional também possui registro no estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a vereadora protocolou denúncia em ambos os conselhos regionais.
Em paralelo, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade uma moção de repúdio e, a pedido da parlamentar, foi encaminhado expediente ao Ministério Público por incitação ao homicídio. Caberá ao órgão apurar se a conduta configura crime previsto no artigo 286 do Código Penal, passível de reclusão e multa.
Repercussão local remete ao atentado contra Bolsonaro
A lembrança do ataque contra o então candidato Jair Bolsonaro ainda é recente na cidade. Segundo Roberta Lopes, a população recebeu a notícia com preocupação e indignação, mesmo entre pessoas que não apoiam Nikolas Ferreira. “A sensação de ameaça é inevitável”, afirmou a vereadora, destacando que o deputado já vinha recebendo ameaças de morte naquela semana e teve o esquema de segurança reforçado durante a agenda.
O episódio ocorre em um momento de acirramento no debate público, marcado pela escalada de agressões verbais e físicas contra parlamentares conservadores no Brasil e no exterior. Para a vereadora, a manifestação da médica evidencia “a politização da saúde e a banalização da vida”, uma vez que profissionais da área têm o dever legal e moral de proteger a integridade de todos, independentemente de divergências ideológicas.
Medidas disciplinares e impacto na carreira
Os conselhos regionais de Medicina podem aplicar sanções que variam de advertência à cassação do registro profissional, caso confirmem violação do Código de Ética Médica. O hospital, por sua vez, já comunicou que a residente permanecerá afastada até a conclusão das investigações internas e externas.
Roberta Lopes acredita que a repercussão negativa trará consequências duradouras para a carreira da médica. “Quando uma obstetra, responsável por trazer vidas ao mundo, incentiva a morte de quem pensa diferente, fere a essência da profissão”, afirmou. Colegas de especialidade teriam manifestado repúdio público, reforçando a possibilidade de isolamento profissional.
Contexto da visita de Nikolas Ferreira
O deputado esteve em Juiz de Fora para oficializar recursos destinados à modernização do setor de obstetrícia e neonatologia do Hospital Terezinha de Jesus. Durante a cerimônia, recebeu o título de Cidadão Honorário de Juiz de Fora e participou de palestra para estudantes de medicina. Apesar do clima festivo, a equipe de segurança monitorou as ameaças virtuais que circulavam ao longo da semana.


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Imagem: Reprodução
Conforme a assessoria do parlamentar, outras representações criminais já foram protocoladas contra perfis que fazem apologia à violência. A intenção é coibir novas investidas e criar jurisprudência mais rigorosa contra esse tipo de manifestação.
Próximos passos e alerta sobre violência política
O Ministério Público de Minas Gerais analisará a documentação encaminhada pela vereadora e decidirá se oferece denúncia à Justiça. Se houver recebimento, o processo seguirá para o juízo criminal competente. Paralelamente, a Comissão de Ética do hospital deve publicar parecer preliminar nas próximas semanas, enquanto o CRM-MG não estipulou prazo para conclusão.
A liderança local espera que o caso sirva de exemplo e reduza a temperatura do debate público. “O contraditório faz parte da democracia, mas jamais pela via da violência”, concluiu Roberta Lopes.
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Em síntese, a rápida reação institucional — suspensão da médica, moção de repúdio e abertura de investigações — demonstra que manifestações que incentivam crimes contra a vida tendem a receber resposta firme das autoridades. Fique atento às atualizações e, se desejar mais informações, compartilhe este conteúdo nas suas redes e acompanhe nossos próximos artigos.
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