Brasília, 29 de setembro de 2025 – Indicadores de corrupção, déficits sucessivos e expansão de gastos públicos colocam o Brasil de 2025 em situação semelhante à vivida entre 2013 e 2014, período que antecedeu a crise fiscal de 2015-2016. Levantamento de dados oficiais e relatórios do governo apontam que práticas consideradas superadas voltaram a ganhar força, reacendendo o alerta sobre capacidade de pagamento e estabilidade econômica.
Corrupção e prejuízos nas estatais reaparecem
O escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) expôs novos esquemas de corrupção na autarquia. Embora as apurações ainda estejam em curso, o caso já demonstrou a existência de fraudes bilionárias, segundo auditorias internas.
Nas estatais, o cenário também retrocedeu. Os Correios acumulam prejuízos recordes, repetindo a trajetória de déficit operacional que marcou a empresa na década passada. Fundos de pensão de servidores federais, como a PREVI, também divulgaram perdas significativas, confirmando deterioração nos investimentos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retomou a prática de financiar grandes projetos por meio da compra de debêntures de infraestrutura. Os valores empenhados voltaram à casa dos bilhões de reais, sinalizando prioridade a subsídios que pressionam o Tesouro Nacional.
Contas públicas sofrem com déficit e ‘contabilidade criativa’
Entre 2023 e 2025, o Executivo editou 25 medidas para criar ou elevar tributos, segundo consolidado do Ministério da Fazenda. Apesar do aumento de receita, o setor público registrou sucessivos déficits, impulsionados por despesas fora do teto e manobras de classificação que afastam determinados gastos das regras fiscais.
A prática conhecida como “contabilidade criativa” voltou a ser utilizada para cumprir metas formais de resultado primário. Especialistas apontam que diversos programas sociais, subsídios e linhas de crédito foram enquadrados em rubricas que não entram no cálculo oficial.
Somente em 2025, a ampliação de gastos não contabilizados ultrapassa R$ 400 bilhões, de acordo com estimativa de consultorias independentes baseada em dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento. O uso desse expediente agrava a percepção de risco e encarece o custo da dívida pública.
Pacote eleitoral pressiona o Orçamento de 2026
Para 2026, o governo já prepara um pacote de medidas socioeconômicas voltadas a ampliação de benefícios e investimentos em infraestrutura. Projeções internas indicam que o impacto fiscal pode superar R$ 100 bilhões em desembolsos extras, repetindo a lógica de expansão orçamentária registrada em 2013, véspera da reeleição presidencial de 2014.
Economistas do mercado alertam que a combinação de gastos elevados e receitas insuficientes aumenta a probabilidade de uma crise semelhante à de 2015-2016. À época, a recessão resultou em queda de PIB, desemprego recorde e forte desvalorização cambial.


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Imagem: Ricardo Stuckert
Publicidade estatal volta à TV em horário nobre
Campanhas de empresas públicas, além de peças institucionais do próprio Executivo, reapareceram em grade de televisão aberta no horário nobre. O custo dessas inserções não é divulgado de forma detalhada, mas especialistas em mídia estimam valores na casa das centenas de milhões de reais por ano.
Risco de repetição do ciclo 2013-2016
Analistas ponderam que, mantida a trajetória de crescimento de despesas, elevação de impostos e déficits contínuos, o Brasil pode entrar em 2027 com desequilíbrio fiscal agudo. Esse cenário foi responsável, na década passada, por elevar a dívida bruta para mais de 70% do PIB e provocar queda de confiança nos investimentos.
Para conter a deterioração, seriam necessárias ações simultâneas de ajuste fiscal, revisão de subsídios e controle das estatais. Sem mudanças, o país corre o risco de repetir os mesmos erros que culminaram na crise anterior.
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Em resumo, os sintomas que antecederam a última grande crise fiscal retornaram: corrupção em órgãos federais, estatal operando no vermelho, aumento de impostos e crescimento acelerado da dívida. O próximo biênio será decisivo para saber se o país corrigirá o rumo ou repetirá o ciclo de instabilidade. Acompanhe nossas reportagens e compartilhe este conteúdo para manter mais pessoas informadas.
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