Brasília, 3 set. 2025 – O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira, o julgamento que reúne o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete investigados por suposta tentativa de golpe de Estado. No segundo dia de sessão, a defesa centrou os argumentos na influência exercida por comentaristas das redes sociais, classificados como “juristas da internet”.
Defesa aponta pressão externa sobre a Corte
Responsável pela sustentação oral de Bolsonaro, o advogado Celso Vilardi afirmou que a proliferação de opiniões sem embasamento jurídico vem criando um ambiente de pressão sobre os ministros. Segundo ele, parte do público e esses comentaristas discutem a possibilidade de condenação “sem qualquer acesso aos autos”.
Vilardi destacou que a repercussão nacional e internacional do processo “não pode se sobrepor ao devido processo legal”. Ao dirigir-se à Primeira Turma, o defensor lembrou que a Corte “julga fatos, não comentários de rede social”, e acrescentou que eventuais juízos prévios externos comprometem a serenidade necessária para o veredicto.
O advogado também sublinhou a preocupação com o impacto da cobertura midiática. Para a defesa, análises superficiais ou baseadas em trechos isolados do processo criam percepções distorcidas na opinião pública, o que, por consequência, amplia a pressão sobre o tribunal. Contudo, Vilardi assegurou confiar na independência dos ministros.
Referência a Flávio Dino reforça crítica aos “especialistas digitais”
Durante a exposição, Vilardi citou uma publicação recente do ministro da Justiça, Flávio Dino. Na mensagem, o magistrado observou o “crescimento explosivo” de perfis que se autoatribuem autoridade em direito penal e emitem pareceres apressados sobre eventuais condenações. O defensor utilizou a observação para ilustrar o que considera ser “um fenômeno contemporâneo que tenta influenciar resultados judiciais”.
O representante de Bolsonaro reiterou que a manifestação do ministro escancara a urgência de separar análise técnica de juízos populares nas plataformas digitais. De acordo com Vilardi, a simples repercussão de narrativas em redes não pode servir de base a processos criminais, especialmente em matéria de tamanha relevância institucional.
Contexto do processo e próximos passos
O julgamento examina se Bolsonaro e aliados planejaram subverter a ordem democrática após as eleições de 2022. Até o momento, o debate na Primeira Turma concentra-se na admissibilidade de provas e na legalidade de acordos de colaboração. A defesa do ex-presidente sustenta que não houve ato concreto de ruptura institucional e pleiteia o reconhecimento de nulidades procedimentais.
Ministros ainda discutirão a validade de interceptações telefônicas e depoimentos colhidos durante a investigação, temas que podem redefinir o curso do processo. Caso a maioria acolha questões preliminares levantadas pelos defensores, parte dos elementos pode ser desconsiderada, reduzindo o alcance da acusação.


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Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom
Impacto político e repercussão internacional
O desfecho do caso afeta diretamente a elegibilidade de Bolsonaro e o futuro de figuras centrais da oposição. Governos estrangeiros acompanham a causa, atentos aos reflexos sobre estabilidade institucional e ambiente econômico. Investidores avaliam o julgamento como termômetro do grau de segurança jurídica no país.
Parlamentares alinhados ao ex-presidente afirmam que a Corte precisa assegurar máximo respeito ao contraditório, “independentemente de pressões externas”. Já partidos de esquerda sustentam que o processo simboliza a defesa das instituições, hipótese que reforça o peso político da decisão final.
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No resumo, a defesa de Jair Bolsonaro transformou o segundo dia de julgamento em alerta sobre o papel dos chamados “juristas da internet” e a necessidade de blindar o STF contra influências externas. Fique atento às próximas sessões e participe: compartilhe este conteúdo e acompanhe nossos canais para novos desdobramentos.
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