Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) programaram manifestações simultâneas em 62 cidades brasileiras neste domingo (3/8). Os organizadores defendem anistia para o ex-chefe do Executivo e para demais réus ligados aos acontecimentos de 2022 e de 8 de Janeiro, além de cobrarem o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Mobilização nacional pela anistia
A agenda foi divulgada ao longo da semana nas redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar fala em “anistia ampla, geral e irrestrita” para Bolsonaro e para todos os investigados nos processos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As convocações destacam a “defesa da liberdade” e contestam medidas recentes consideradas restritivas, como o bloqueio de perfis e a remoção de conteúdos em plataformas digitais.
Bolsonaro tornou-se réu no STF por decisão de Moraes, que também impôs ao ex-presidente o uso de tornozeleira eletrônica e restrição de circulação aos fins de semana. Por esse motivo, o ex-mandatário não comparecerá fisicamente a nenhuma das concentrações marcadas para o domingo. Mesmo ausente, ele segue como principal referência do movimento, que vê na anistia o caminho para barrar eventual condenação e eventual prisão do ex-chefe do Executivo.
Pressão sobre Alexandre de Moraes
Além da anistia, os organizadores pedem a abertura de processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. O magistrado é acusado por parlamentares e lideranças conservadoras de extrapolar competências constitucionais. As críticas ganharam novo fôlego depois de o governo dos Estados Unidos incluir Moraes em sanções amparadas na Lei Magnitsky, mecanismo que pune violações de direitos humanos e limita o acesso do alvo ao sistema financeiro norte-americano.
Pastor Silas Malafaia, um dos principais articuladores das mobilizações, lidera o ato previsto para as 11h em Copacabana, no Rio de Janeiro. Em vídeos publicados na internet, Malafaia chama Moraes de “covarde” e afirma que a pressão popular continuará caso o ministro mantenha o que classifica como perseguição.
Capilaridade das manifestações
Diferentemente de atos anteriores, concentrados em uma única capital, desta vez o movimento se espalha por todas as regiões do país. O Sul lidera com 29 pontos de encontro, dos quais 26 somente em Santa Catarina. O Nordeste aparece em seguida, com 12 locais; o Sudeste terá oito; o Centro-Oeste, sete; e o Norte, seis.
Entre as grandes capitais, São Paulo receberá o ato mais anunciado, na Avenida Paulista, às 14h. No mesmo horário, manifestantes se reúnem em Curitiba. Belo Horizonte terá encontro às 10h, na Praça da Liberdade, horário que coincide com a concentração em Brasília, em frente ao Banco Central. No litoral carioca, a faixa de areia de Copacabana deve receber apoiadores a partir das 11h.

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Confira alguns horários e locais:
- São Paulo (SP) – Avenida Paulista, 14h
- Rio de Janeiro (RJ) – Copacabana, 11h
- Belo Horizonte (MG) – Praça da Liberdade, 10h
- Brasília (DF) – Banco Central, 10h
- Curitiba (PR) – Boca Maldita, 14h
O formato descentralizado busca facilitar a participação de apoiadores sem a necessidade de longos deslocamentos. Deputados, vereadores e lideranças religiosas locais assumem a linha de frente em cada cidade. Nikolas Ferreira afirmou em vídeo que deve comparecer a três pontos, incluindo a capital mineira.
Contexto político e jurídico
O processo contra Bolsonaro se baseia na acusação de que o então presidente teria articulado, em 2022, um plano para continuar no poder mesmo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. A investigação foi incorporada ao inquérito das “milícias digitais” e corre no STF sob relatoria de Moraes. Além de Bolsonaro, militares, ex-ministros e parlamentares integram a lista de investigados.
A anistia defendida pelos manifestantes incluiria ainda os condenados pelos atos de 8 de Janeiro de 2023, quando participantes invadiram e depredaram sedes dos Três Poderes em Brasília. Até o momento, o Congresso Nacional não analisou proposta de perdão coletivo. Líderes governistas sinalizam resistência, enquanto a oposição aposta na pressão das ruas para alterar o cenário.
Sem participação presencial do ex-presidente, as manifestações deste domingo servirão para medir a capacidade de mobilização da direita após as restrições impostas pelo STF e em meio ao debate sobre limitações à liberdade de expressão no ambiente digital.

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