Brasília, 22 set. 2025 — A discussão sobre uma anistia ampla aos réus dos atos de 8 de Janeiro entrou na reta decisiva e pode definir o rumo econômico e institucional do país nos próximos cinco anos. A avaliação parte do economista e ex-ministro Adolfo Sachsida, que traça dois cenários diametralmente opostos para setembro de 2030: um Brasil próspero, livre e politicamente renovado ou, em contraste, uma nação empobrecida, com repressão a opositores e eleições controladas.
Anistia ampla: caminho para estabilidade e crescimento
Segundo Sachsida, a concessão de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” abriria espaço para pacificação nacional, eliminando a tensão que tem dividido o país desde os protestos de 2023. Esse gesto político permitiria a plena participação de líderes com alto capital eleitoral — especialmente os identificados com a direita — nas eleições de 2026. A projeção do economista indica que, em caso de vitória desse grupo, o novo governo adotaria um “mandato de transição” de quatro anos, voltado a reequilibrar as contas públicas e restaurar a confiança institucional.
No campo econômico, o plano passaria por um teto rígido para a dívida pública e por reformas microeconômicas destinadas a elevar a produtividade. Entre as prioridades listadas estão segurança jurídica para contratos, redução de entraves burocráticos e alocação mais eficiente de recursos. Com essas medidas, estima-se a atração de fortes fluxos de investimento privado, formando a base para um ciclo sustentado de crescimento.
Esse cenário também prevê instituições fortalecidas, dispostas a respeitar divergências ideológicas e garantir a liberdade de expressão. Em setembro de 2030, o país poderia estar às vésperas de eleger uma nova safra de políticos, tanto de direita como de esquerda, num ambiente de competição real e transparente.
Sem anistia: risco de radicalização e colapso econômico
O economista alerta que a alternativa à anistia tem custos elevados. Caso o Congresso opte apenas pela redução de penas, a mensagem enviada à sociedade seria de que a vontade popular “deixou de importar”. Nessas condições, vozes conservadoras poderiam permanecer silenciadas, rotuladas como radicais ou fascistas em grande parte da mídia.
Sachsida apresenta dois desdobramentos possíveis para as eleições de 2026 nesse contexto. Se o ex-presidente Lula voltar a vencer, o governo dependeria de uma narrativa de divisão para se manter, ampliando gastos e impostos. O resultado, projeta, seria mais quatro anos de instabilidade política, economia em retração e desconfiança generalizada de investidores.
A segunda hipótese envolve a vitória de um outsider. Embora exista a chance de surgir um estadista capaz de unificar o país, a experiência histórica com nomes de fora do sistema indica risco elevado de agravamento das crises. O economista lembra que nenhum candidato receberá apoio consistente da direita se for percebido como parte do establishment ou como representante de uma “direita permitida”.
Sem reformas estruturais e com o impulso liberal de 2016 a 2022 já esgotado, a economia chegaria a 2030 em situação crítica. O discurso oficial, segundo Sachsida, recuperaria termos como “inimigos da pátria” e “traidores”, intensificando a polarização e minando qualquer via de consenso. A consequência seria uma sociedade fragmentada e um Estado mais intrusivo, com censura crescente e restrições aos direitos individuais.


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Imagem: Joéds Alves
Próximos seis meses serão decisivos
Para o ex-ministro, o calendário legislativo até março de 2026 é a janela decisiva. A aprovação de uma anistia ampla significaria, na prática, a reintegração política de milhões de eleitores que hoje se sentem excluídos. A recusa ou a adoção de medidas parciais consolidaria, na avaliação de Sachsida, a percepção de que parte relevante da população permanecerá privada de representação.
Manifestantes já demonstraram apoio à anistia durante o 7 de Setembro de 2025, exibindo faixas que pediam a libertação dos réus do 8/1. A mobilização reforça a pressão sobre o Congresso, que terá de pesar entre a pacificação e o endurecimento institucional.
Nos dois cenários, o horizonte temporal é o mesmo: setembro de 2030. A diferença reside nos indicadores econômicos, no respeito às liberdades civis e na qualidade da representação política. Prosperidade ou crise, portanto, dependem da escolha em curso no Parlamento.
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Em síntese, a decisão sobre a anistia não se restringe a um tema jurídico. Trata-se do eixo que pode conduzir o Brasil à estabilidade institucional e ao crescimento sólido ou, na direção oposta, a um ciclo de radicalização, recessão e perda de liberdades. A sociedade acompanha, e o relógio corre.
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