A morte da ucraniana Iryna Zarutska, esfaqueada no pescoço dentro de um vagão de metrô em 22 de agosto de 2025, recolocou em evidência um tema que costuma permanecer à margem dos grandes noticiários norte-americanos: os ataques motivados por ódio racial quando o agressor é negro e a vítima, branca ou asiática. O autor do crime, Decarlos Brown Jr., já possuía diversas passagens pela polícia e, segundos depois de golpear a jovem, declarou “eu peguei a garota branca”, frase registrada por testemunhas e câmeras de segurança.
Crime expõe lacuna na cobertura jornalística
Apesar do contexto racial explícito, veículos de comunicação de alcance nacional evitaram enquadrar o assassinato como crime de ódio. A conduta repete o padrão apontado pelo escritor Colin Flaherty no livro White Girl Bleed a Lot, obra que reuniu centenas de episódios semelhantes desde o início da década passada. Em sua pesquisa, Flaherty cruzou vídeos publicados por vítimas, laudos policiais e relatos de moradores com matérias da imprensa tradicional. A conclusão foi de que, sempre que o agressor é negro, a motivação racial tende a ser omitida ou minimizada, ao contrário do tratamento conferido quando o suspeito é branco.
O silêncio não se resume aos meios de comunicação. Organizações políticas alinhadas à pauta identitária, como movimentos surgidos após a morte de George Floyd, também se calam ou defendem abertamente a violência sob o argumento de “justiça histórica”. Horas depois da morte de Iryna, o perfil oficial de um grupo ligado ao Black Lives Matter publicou: “Pessoas oprimidas têm direito à violência”, declaração que se propagou nas redes sociais antes de ser apagada.
Escalada pós-George Floyd e sensação de impunidade
Estatísticas reunidas por Flaherty indicam crescimento dos ataques em turba — os chamados flash mobs — logo após 2020. A ampliação dessa prática encontra eco no testemunho do economista Walter Williams, que, em artigo publicado pouco antes de sua morte em 2020, relatou mudança drástica nas agressões de caráter racial desde a década de 1940. Williams lembrou ter fugido de bairros irlandeses na Filadélfia por ser negro, mas observou que, atualmente, “a maioria dos ataques raciais é cometida por negros”, situação que classificou como traição ao legado do movimento pelos direitos civis.
No caso de Iryna, a trajetória de Brown Jr. mostra sucessivos contatos com o sistema penal sem consequências proporcionais. O histórico inclui delitos contra o patrimônio, porte de arma e agressões anteriores. Ainda assim, o agressor circulava em liberdade plena. Especialistas em segurança pública apontam que políticas de soltura rápida e redução de fianças em alguns estados norte-americanos criam ambiente de impunidade, especialmente quando o crime é enquadrado como delito menor e não recebe atenção federal.
Refugiada escapa da guerra, mas não da violência urbana
Iryna Zarutska deixou a Ucrânia para fugir do conflito no Leste Europeu. Nos Estados Unidos, buscava recomeço enquanto trabalhava em pequenos serviços em Nova York. Às 22h15 do dia do crime, ela embarcou em um trem da linha L em direção ao Brooklyn. Minutos depois, Brown Jr. iniciou a agressão. A socorrista que atendeu a ocorrência relatou que a vítima ainda apresentava sinais vitais, porém sucumbiu à perda de sangue antes de chegar ao hospital. O corpo foi identificado no dia seguinte pelo serviço de imigração.
Documentos judiciais mostram que o Ministério Público local avaliou inicialmente a hipótese de homicídio simples. Somente após pressão de grupos comunitários de imigrantes o promotor incluiu o agravante de motivação racial. A defesa de Brown Jr. alega surto psicótico, argumento contestado por laudo preliminar que atesta lucidez durante o ataque.


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Imagem: Reprodução
Tabu sobre racismo reverso mantém ciclo de violência
Pesquisadores como Thomas Sowell alertam que o receio de apontar crimes de ódio praticados por negros cria sensação de permissão tácita a comportamentos violentos. Para Sowell, negar a natureza racial das agressões impede políticas eficazes de prevenção e compromete a credibilidade de instituições jornalísticas, acadêmicas e governamentais. Enquanto a pauta identitária domina debates, incidentes como o assassinato de Iryna recebem pouco destaque, reforçando a percepção de abandono entre vítimas não enquadradas no “perfil protegido”.
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O caso da refugiada ucraniana revela o custo humano de narrativas seletivas e da omissão sobre crimes de ódio contra brancos. Monitorar, denunciar e exigir aplicação igual da lei são passos essenciais para conter a escalada de violência amparada por discursos ideológicos.
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