Brasília, 25 set. 2025 – A última sessão plenária sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) foi marcada por discursos emocionados, autoelogios e incertezas sobre o futuro imediato da Corte. A reunião encerrou o mandato de dois anos de Barroso à frente do tribunal. Edson Fachin assumirá a presidência em 29 de setembro, tendo Alexandre de Moraes como vice.
Sessão de despedida reúne homenagens e comoção
Barroso conduziu a pauta final na tarde desta quinta-feira e recebeu aplausos de colegas que o descreveram como “defensor da democracia”. O ministro Gilmar Mendes elogiou publicamente Alexandre de Moraes, atribuindo-lhe “papel singular, quase heroico” na proteção das instituições. O clima de exaltação provocou lágrimas em vários ministros, inclusive nos mais tradicionalmente reservados.
Em avaliação feita durante um debate acadêmico, o professor da Fundação Getulio Vargas Daniel Vargas considerou o choro coletivo um sinal de apreensão: “Ministros que sempre foram rochas permitiram que a emoção transbordasse. Vejo isso como receio e indicativo de um ambiente triste”, declarou.
O escritor Francisco Escorsim também comentou a cerimônia. Para ele, a emoção demonstra “desespero pelo que está se perdendo” e ausência de resultados concretos apesar das decisões adotadas com o argumento de proteger a ordem institucional. Escorsim afirmou que “só no mundo de faz de conta algo mudou”.
Mudança no comando do STF começa na próxima semana
Com a saída de Barroso, Edson Fachin assume a presidência da Corte na próxima segunda-feira. O cargo de vice-presidente ficará com Alexandre de Moraes, atualmente responsável por inquéritos que mobilizam atores políticos, empresariais e civis. A nova gestão será instalada em sessão solene já confirmada para o dia 29.
Nos bastidores, magistrados manifestam expectativa quanto à condução de pautas sensíveis, entre elas ações relativas à liberdade de expressão, políticas ambientalistas e limites de atuação de comissões parlamentares. A transição ocorre em meio a críticas recorrentes de setores conservadores que cobram maior autocontenção do STF.
Lei Magnitsky atinge escritório de esposa de Moraes
Enquanto o tribunal vive a troca de comando, Viviane Barci de Moraes, esposa do futuro vice-presidente, é alvo de repercussão internacional. O escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados retirou seu site do ar após denúncia que invocou a Global Magnitsky Act, legislação norte-americana que pune pessoas ligadas a supostas violações de direitos humanos.
O ex-juiz Adriano Soares da Costa explica que a sanção funciona como isolamento financeiro: “A pessoa torna-se radioativa. Fornecedores, clientes e bancos se afastam para evitar consequências.” A medida ainda não foi contestada publicamente pelo casal.
CPI do INSS termina em confusão
Em outra frente política, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga fraudes no INSS registrou tumulto no depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”. O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) afirmou que, caso existisse previsão legal, o investigado seria “sério candidato” à pena de morte ou prisão perpétua.


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Imagem: Gustavo Moreno
Analistas conservadores consideram o episódio mais um exemplo de uso midiático das CPIs. Escorsim classificou o colegiado como “grande circo” e acusou parlamentares de transformarem o Congresso em palco para performances direcionadas ao público.
O que esperar dos próximos passos
A entrada de Fachin e Moraes na liderança do STF coincide com críticas sobre ativismo judicial, aplicação seletiva da lei e tensões com outros Poderes. Observadores lembram que, apesar da retórica de estabilidade, o Supremo enfrentará cobranças por decisões que ultrapassam a letra da Constituição, especialmente em temas eleitorais e de liberdade de expressão.
Do lado oposto, defensores da Corte sustentam que a atuação firme dos ministros impediu retrocessos democráticos. O embate entre proteção institucional e alegado excesso de competências seguirá no centro do debate nacional.
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Em resumo, a despedida de Barroso reforçou tanto o espírito de corpo dentro do STF quanto as críticas de que a Corte se distancia das preocupações reais da sociedade. A partir da próxima semana, caberá a Fachin e Moraes provar, na prática, se a emoção exibida no plenário refletirá mudanças concretas ou prolongará a atual atmosfera de controvérsia. Acompanhe nossas atualizações e compartilhe este conteúdo para manter mais leitores informados.
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