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Barroso rejeita impeachment de ministros e defende gastos do Judiciário

Política

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou que o impeachment não deve ser usado como atalho para afastar autoridades de quem se discorda politicamente. A afirmação foi feita na noite de segunda-feira (22), durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Questionado sobre a estratégia de parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro para, a partir de 2027, eleger senadores em quantidade suficiente para aprovar o afastamento de ministros da Corte, Barroso classificou a ideia como “uma forma feia de fazer política”.

Impeachment só em casos extremos, diz ministro

Segundo Barroso, o impedimento é medida grave, restrita a situações em que se comprove crime de responsabilidade. “Impeachment não é produto de prateleira para você tirar da vida pública quem você não gosta”, afirmou. Para o ministro, a ferramenta existe exclusivamente para circunstâncias “raras, excepcionais, fora de padrão”. Ele considerou “muito errado” o discurso que apresenta o impeachment como solução automática para divergências institucionais.

Apesar da crítica, o presidente do STF reconheceu que a eleição de senadores próximos a Bolsonaro faz parte do jogo democrático. “Se o ex-presidente tem apoiadores e conseguir elegê-los, isso integra a vida política normal”, comentou. Ele reforçou, contudo, que a mera mudança de composição no Congresso não legitima iniciativas de afastar ministros sem fundamento jurídico.

Defesa de salários altos e da capilaridade do Judiciário

Barroso também abordou o custo do Judiciário, estimado em 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O magistrado admitiu que o valor é elevado, mas ressaltou a extensa capilaridade da Justiça brasileira. “O Judiciário é a instituição de maior presença territorial no País, e essa presença faz diferença na vida das pessoas”, disse.

Sobre remuneração, o ministro argumentou que salários competitivos são essenciais para atrair profissionais qualificados para a magistratura. “Se você não paga bem os juízes, você não recruta os melhores nomes; fica com o que sobrou. Eu não quero o que sobrou”, declarou. Ele ponderou que a remuneração deve ocorrer “dentro da legislação”.

Barroso frisou que eventuais abusos salariais ou administrativos precisam ser combatidos com rigor, mas manteve a posição de que a valorização financeira da carreira é indispensável para garantir independência e qualidade técnica.

Repercussão no Congresso e cenário futuro

A declaração do presidente do STF acontece em meio à mobilização de setores conservadores que defendem a responsabilização de ministros por supostos excessos no exercício do cargo. A Constituição atribui ao Senado a palavra final sobre pedidos de impeachment contra membros da Suprema Corte, exigindo maioria absoluta para instauração do processo.

Parlamentares ligados ao bolsonarismo planejam ampliar suas bancadas em 2026, quando 54 cadeiras do Senado estarão em disputa. O objetivo é atingir 41 votos, número mínimo para abrir procedimento contra um ministro. Barroso, porém, reforçou que “fazer impeachment de ministro do Supremo não faz nenhum sentido” sem materialidade de crime.

Enquanto a tensão entre Poderes persiste, o debate sobre o tamanho e o custo da Justiça também ganha força. Organizações da sociedade civil apontam necessidade de racionalização de despesas, ao passo que integrantes do Judiciário sustentam que a estrutura atual garante acesso amplo e rápido às decisões.

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Em síntese, Barroso reafirmou a postura do STF contra o uso político do impeachment e justificou os altos gastos da Justiça como preço pela presença estatal em todo o território. Continue conosco para se manter informado e receber atualizações em tempo real.

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