Brasília, 14 abr. — O ex-presidente Jair Bolsonaro saiu de sua residência pela primeira vez desde que foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. A saída, ocorrida na manhã deste domingo, teve como destino o hospital DF Star, na capital federal, onde ele passou por uma cirurgia de pele autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Escolta, horário e exigências do STF
Bolsonaro deixou o endereço em que cumpre prisão domiciliar sob escolta da Polícia Penal, medida determinada por Moraes. Todos os veículos que saíram da casa foram vistoriados, conforme orientação expressa do magistrado. O ex-presidente ingressou no hospital por volta das 8h30, acompanhado dos filhos Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, e Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú. Cerca de 50 apoiadores aguardavam na porta do DF Star.
A autorização judicial permitiu a cirurgia após a apresentação de laudo médico que indicou a necessidade de exérese e sutura de hemangioma, linfangioma ou nevus. O documento descreveu a presença de um nevo melanocítico no tronco e de uma neoplasia de comportamento incerto — lesão que pode ser benigna ou maligna. O procedimento, considerado de rotina, foi classificado como indispensável para prevenção de complicações.
Conforme decisão do STF, Bolsonaro deverá enviar ao tribunal, em até 48 horas após a alta, o atestado de comparecimento ao hospital contendo data e horário da intervenção. O cumprimento desse prazo é condição para manutenção da autorização especial.
Contexto: condenação e regime domiciliar
A permanência do ex-presidente em prisão domiciliar teve início em 4 de agosto, quando Alexandre de Moraes apontou descumprimento de restrições impostas no âmbito do inquérito que investiga tentativa de ruptura institucional. Entre as violações citadas estão uso de redes sociais e contatos considerados indevidos durante o período de investigação.
Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por participação na trama que buscava reverter o resultado das eleições de 2022. A decisão, respaldada por maioria dos ministros, fixou ainda perda de direitos políticos pelo mesmo período da pena. A defesa classificou a sentença como “desproporcional” e indicou que recorrerá.
Até então, a única saída de Bolsonaro do regime domiciliar havia ocorrido em 16 de agosto, quando foi conduzido para audiências relacionadas ao mesmo processo. Desde essa data, quaisquer deslocamentos dependem de permissão judicial específica, sob pena de agravar o regime de cumprimento da pena.
Apoio popular e próximos passos
A breve presença do ex-presidente em via pública voltou a mobilizar simpatizantes. Com bandeiras do Brasil e cartazes de incentivo, os cerca de 50 apoiadores saudaram Bolsonaro na entrada do hospital e entoaram hinos patrióticos. Não houve registro de incidentes ou protestos contrários no local.
Concluída a cirurgia, a equipe médica deve monitorar a evolução do quadro cutâneo para afastar risco de malignidade. O prazo de 48 horas para envio do atestado ao STF passa a contar a partir da alta hospitalar, prevista para ainda hoje, segundo informações preliminares da equipe de plantão. Caso o documento não seja apresentado, Moraes poderá rever a condição de prisão domiciliar e impor sanções adicionais.


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Imagem: Internet
Do ponto de vista legal, a defesa de Bolsonaro trabalha em duas frentes: garantir o cumprimento estrito das exigências médicas e judiciais relativas à cirurgia e preparar recursos contra a condenação recente. Os advogados sustentam que o ex-presidente cooperou com todas as determinações, argumento que pretendem reforçar para obter revisão penal em instâncias superiores.
Impactos políticos imediatos
A movimentação deste domingo ocorre em meio a novo ambiente de tensão institucional. Aliados de Bolsonaro veem no episódio uma oportunidade para destacar, junto à própria base, o que consideram rigor excessivo do STF no caso. Já opositores argumentam que o procedimento comprova respeito às garantias de saúde do réu, desde que dentro dos limites definidos pela Corte.
Embora a operação seja simples, o desenrolar jurídico permanece central. O atestado médico servirá como teste de disciplina quanto às condições impostas por Moraes. Qualquer descumprimento pode levar à revogação de benefícios, incluindo monitoração eletrônica rígida ou transferência para unidade prisional fechada.
Em relação à agenda política, líderes de partidos de direita evitam por ora comentar a condenação, aguardando evolução dos recursos. Nos bastidores, porém, corre a avaliação de que a sentença de 27 anos e 3 meses terá impacto significativo sobre o calendário eleitoral de 2026, pois impede Bolsonaro de disputar cargos eletivos caso seja mantida em instância superior.
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Este resumo apresenta os principais pontos da autorização judicial, da cirurgia e das implicações jurídicas para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Fique ligado em nossas próximas matérias e receba em primeira mão análises objetivas sobre o cenário político; ative as notificações e não perca nenhuma atualização.
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