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Bolsonaro em julgamento impede avanço comercial com EUA e empresários cobram ação de Lula

Política

O impasse político em torno do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e as críticas recorrentes do presidente Lula ao ex-presidente norte-americano Donald Trump travaram as negociações mais relevantes entre Brasil e Estados Unidos desde o anúncio do tarifaço de 50% sobre diversos produtos brasileiros. A paralisia foi exposta na missão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que reuniu cerca de 130 empresários em Washington no início de setembro.

Comitiva empresarial sai de Washington sem respostas

Na capital norte-americana, a delegação participou de audiência pública no Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), responsável pela investigação da Seção 301 que acusa o Brasil de adotar práticas comerciais discriminatórias. Apesar da apresentação de dados técnicos e defesas formais, os representantes do USTR não se comprometeram em ampliar exceções setoriais nem descartaram novas sobretaxas. Segundo fontes ouvidas, integrantes do órgão foram claros: “qualquer avanço depende do desfecho político no Brasil”.

Empresários relataram perplexidade com o “vácuo total de expectativas”. Um dirigente que pediu anonimato resumiu o cenário: “O debate está bloqueado; Lula continua provocando e o STF ainda não concluiu o julgamento de Bolsonaro.” A avaliação é que, se confirmada a condenação do ex-presidente, o acordo comercial fica comprometido.

Discurso ideológico pesa mais que argumentos técnicos

Durante a presidência temporária do Brics, Lula voltou a atacar o que chamou de “chantagem tarifária” de nações desenvolvidas, citando indiretamente Washington. Na visão de parte do setor privado, o Palácio do Planalto privilegia pautas eleitorais e de soberania, deixando empresas à margem. Um representante setorial afirmou que “os governos precisam conversar; presidentes têm de sentar à mesa”. Outro executivo, presente nas agendas com os departamentos de Comércio, Tesouro, Estado, USTR e Capitólio, foi categórico: “Não adianta Lula vir negociar. O que pesa é o julgamento de Bolsonaro. Se ele for condenado, não tem acordo”.

Nos bastidores, há percepção de que a Suprema Corte já teria posição definida e que o ponto de inflexão caberia ao Congresso, com eventual anistia. Enquanto isso, o setor privado segue “sequestrado pela pauta política”.

Setores investigados tentam manter otimismo

Mesmo com o ambiente contaminado, algumas associações se dizem confiantes. A Indústria Brasileira do Mobiliário (Abimóvel) apresentou ao USTR dados sobre rastreabilidade de madeira, ausência de trabalho escravo e participação de mercado inferior a 1% nos EUA. “Tecnicamente não há razão para novas sanções”, afirmou a diretora-executiva Cândida Cervieri.

Na audiência, a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) também destacou conformidade de normas e sustentabilidade. O ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral, que representou diferentes ramos, declarou que os argumentos “foram bem recebidos”. Mesmo assim, ele admite que a decisão final depende do “governo Trump”, e não do Judiciário americano.

Efeito do tarifaço atinge exportações e empregos

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram recuo de 18,5% nas exportações brasileiras para os EUA em agosto, primeiro mês de vigência das novas tarifas. No segmento de máquinas e equipamentos, o impacto pode alcançar R$ 23 bilhões caso as vendas à maior economia do mundo cessem, provocando perda potencial de 20 mil empregos diretos e 80 mil indiretos.

Para mitigar riscos, empresas investem em planejamento tributário, revisão logística e diversificação de mercados. Enquanto organiza uma feira setorial na Arábia Saudita, Cervieri afirma que “não dá para ficar parado”. Já o diretor executivo da Abimaq, José Velloso, lembra que “máquina não é commodity” e exige longo ciclo de confiança e assistência técnica para conquistar novos compradores.

Próximos passos dependem do cenário político interno

Sem sinais de flexibilização em Washington, resta ao empresariado aguardar a conclusão do julgamento de Bolsonaro e eventual mudança de postura do Planalto. Confira outras atualizações sobre o cenário político nacional e acompanhe como as decisões em Brasília seguem influenciando a agenda comercial externa.

Em resumo, a paralisação das negociações com os Estados Unidos reflete a interdependência entre política interna e comércio exterior. Empresários cobram diálogo institucional, enquanto calculam prejuízos e buscam novos mercados. Siga acompanhando nosso portal e compartilhe este conteúdo para que mais leitores entendam o impacto real dessa disputa.

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