O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu os filhos Jair Renan e Carlos Bolsonaro nesta quarta-feira (3), segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal que analisa acusações de tentativa de ruptura institucional. A visita ocorreu na residência em Brasília, onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. O encontro familiar foi permitido sem cadastro prévio, conforme prevê a decisão judicial que regula as condições da custódia.
Visitas autorizadas e punições previstas
A decisão do ministro Alexandre de Moraes determina que parentes diretos podem entrar no imóvel sem agendamento, mas impõe obrigações rígidas: ausência de telefones celulares, proibição de gravações em áudio ou vídeo e revista de todos os veículos que deixam o local. O objetivo, segundo o despacho, é assegurar o cumprimento integral das medidas restritivas durante todo o processo.
O único filho impedido de contato é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Investigado por suposta tentativa de coação, ele está proibido de manter qualquer tipo de diálogo com o pai. O parlamentar, atualmente nos Estados Unidos, tem criticado publicamente a condução do julgamento.
Manifestação dos filhos nas redes sociais
Mesmo sem acesso ao interior da casa, Eduardo usou as redes para classificar o processo como “teatro histórico” e chamá-lo de “inquisitorial”, acusando o relator de “concentrar em si as funções de acusador e julgador”. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) também recorreu ao X (antigo Twitter) para elogiar a defesa técnica do pai e afirmou que a acusação “não passa de um estoque de vento”. Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú, definiu o julgamento como “inquisição moderna” e acrescentou que não se trata “de prender um homem, e sim de calar milhões que acreditaram em sua voz”.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reforçou a narrativa familiar, dizendo que a denúncia se baseia em “invenções e mentiras” e que o ex-chefe do Executivo “merece a liberdade”.
Julgamento em curso na 1ª Turma
Bolsonaro optou por acompanhar o julgamento de forma remota. A análise do inquérito ocorre na 1ª Turma do STF, que deve concluir a etapa atual até 12 de setembro. A pauta examina indícios de que o ex-presidente teria participado de uma organização para contestar o resultado das urnas e planejar ações contra o Estado democrático de direito.
A defesa questiona a competência do Supremo, argumentando que a matéria deveria tramitar na instância apropriada somente após eventual sentença penal condenatória. Os advogados também sustentam que não há elementos objetivos que vinculem Bolsonaro a qualquer ato concreto visando ruptura institucional.
Quadro de saúde e visitas de aliados
O estado de saúde do ex-presidente voltou a chamar atenção de apoiadores na segunda-feira (1º). A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que esteve na residência oficial, relatou que Bolsonaro ainda sofre soluços frequentes em razão de cirurgias abdominais recentes. Segundo a parlamentar, ele se manteve “sereno” às vésperas do julgamento, recebendo orações dela e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


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Imagem: Marcelo Camargo
Aliados próximos afirmam que o ex-mandatário tem seguido recomendação médica de repouso, restringindo declarações públicas, sobretudo após a imposição de limites ao uso de celulares.
Calendário processual e possíveis desdobramentos
A expectativa é de que os ministros apresentem votos escritos, com possibilidade de pedido de vista ou destaque que prorrogue a análise. Caso a maioria da Turma rejeite as teses da defesa, o processo avançará para instrução complementar, podendo incluir novas oitivas e quebra de sigilos. Se, por outro lado, prevalecer a tese da incompetência, o inquérito poderá ser remetido à primeira instância.
Especialistas lembram que, mesmo sob prisão domiciliar, Bolsonaro tem direito de recorrer a todas as instâncias judiciais, incluindo recursos extraordinários e habeas corpus. Até lá, permanecerá submetido às medidas cautelares, entre elas a proibição de contato com outros investigados, salvo exceção expressa do relator.
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Em síntese, o segundo dia de julgamento foi marcado pela presença dos filhos de Bolsonaro, manifestações virtuais de apoio e reforço das restrições impostas pelo STF. Continue acompanhando nossos canais e receba alertas em tempo real sobre os próximos passos do processo.
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