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Brasil gera sobra de energia de dia, mas paga caro e segue vulnerável a apagões

Política

O setor elétrico brasileiro vive uma contradição: durante o dia há produção excedente de eletricidade, mas à noite o país recorre às usinas termelétricas, de custo elevado, para evitar blecautes. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) chega a desligar parte das usinas solares e eólicas para não sobrecarregar a rede, enquanto consumidores arcam com tarifas extras para financiar a operação das térmicas.

Excesso diurno pressiona o sistema

Nos últimos anos, subsídios e avanço tecnológico estimularam a expansão maciça de fontes renováveis. A capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN) alcança 214 gigawatts (GW), somada a outros 40 GW provenientes da micro e minigeração distribuída, principalmente painéis fotovoltaicos em telhados.

Durante as manhãs e tardes, essa oferta supera a demanda, hoje em torno de 80 GW nesta época do ano, podendo atingir 100 GW nos dias mais quentes do verão. Sem espaço para absorver toda a produção, o ONS determina cortes – o chamado curtailment. Em agosto, 26 % da geração solar e eólica centralizada foi desligada, segundo levantamento do Itaú BBA, com perdas estimadas em R$ 6 bilhões desde 2021 para os geradores.

A medida protege a frequência da rede, que sobe quando há energia sobrando, mas os produtores questionam a interrupção na Justiça e cobram ressarcimento. Caso haja indenização, o custo tende a ser incorporado às faturas dos consumidores, repetindo precedentes já vistos no setor.

Dependência de térmicas encarece a conta

Quando anoitece, a produção solar despenca e a força dos ventos costuma oscilar. Sem reservatórios hidrelétricos suficientes para regular o suprimento, o país aciona usinas termelétricas movidas a gás, óleo ou carvão. O acionamento dessas plantas, mais caro e poluente, gera as conhecidas “bandeiras tarifárias”, acréscimos cobrados mensalmente para cobrir o custo extra do combustível.

A combinação de excesso diurno e escassez noturna expõe fragilidades acumuladas. A infraestrutura de transmissão não foi ampliada no mesmo ritmo da construção de parques renováveis, sobretudo no Nordeste, que produz mais do que consome. Linhões necessários para levar a energia ao Sudeste enfrentam entraves ambientais e burocráticos, limitando o escoamento do excedente.

Risco de apagão permanece

A falta de expansão na rede e a variabilidade das fontes renováveis tornam o sistema mais vulnerável. Em agosto de 2023, falhas em uma linha de transmissão no Ceará, somadas a problemas em equipamentos de controle de tensão de usinas eólicas e solares, deixaram mais de 30 % do território nacional sem luz.

Além disso, o ONS não consegue reduzir a geração proveniente de micro e minigeradores distribuídos, porque eles são tratados como consumidores que produzem energia para autoconsumo. Assim, quando precisa cortar produção, o Operador mira usinas maiores, o que reforça o desgaste financeiro de investidores em projetos centralizados.

Quem paga a conta

A sobrecontratação de energia resultou de políticas de incentivo que não caminharam lado a lado com a expansão da transmissão e a modernização dos mecanismos de mercado. A conta chega em duas frentes: tarifa adicional para manter térmicas disponíveis e possível repasse de indenizações a geradores que tiveram produção reduzida.

Em Brasília, diferentes segmentos do setor elétrico buscam soluções. Enquanto isso, o consumidor arca com valores mais altos na fatura, mesmo com sobra de energia em boa parte do dia.

Para acompanhar os bastidores das discussões no Congresso sobre mudanças no setor elétrico, visite a seção de Política do Geral de Notícias.

Em síntese, o Brasil produz mais energia do que consome durante o dia, mas continua pagando caro e sujeito a apagões quando o sol se põe. Reformas na transmissão, revisão de subsídios e adoção de tecnologias de armazenamento são passos essenciais para equilibrar oferta, custo e segurança. Continue acompanhando nossas publicações e compartilhe este conteúdo para que mais pessoas entendam os desafios do sistema elétrico nacional.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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