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Brasileiros adotam dólar para blindar patrimônio e reduzir exposição ao real

Política

O avanço da incerteza econômica no país empurra cada vez mais investidores a buscar proteção fora das fronteiras. Dolarizar o patrimônio, prática que converte parte dos recursos para moedas fortes e ativos no exterior, ganha espaço como escudo contra a desvalorização do real e contra eventuais mudanças de política interna.

Por que a dolarização voltou ao centro do debate

Nas últimas décadas, movimentos bruscos no câmbio e pressões inflacionárias recorrentes expuseram a fragilidade do poder de compra em moeda nacional. Em 2025, a combinação de juros em queda, gastos públicos elevados e indefinições sobre reformas fiscais cria terreno fértil para a procura por refúgio em economias mais sólidas, especialmente a norte-americana.

Especialistas em câmbio, como Reginaldo Galhardo, apontam a dolarização como uma resposta prática para preservar capital. A lógica é simples: enquanto o real sofre oscilações internas, o dólar mantém relativa estabilidade global e serve de unidade de conta para a maior parte do comércio internacional.

A estratégia não se limita a contas bancárias em dólar. Há investidores que constituem holdings familiares, adquirem imóveis fora do país ou compram títulos soberanos de baixo risco — como os do Tesouro dos Estados Unidos — para diversificar.

Procedimentos práticos e cuidados essenciais

O processo tem início com a abertura de conta em instituição estrangeira de reputação sólida. Bancos nos Estados Unidos e na Europa são os destinos prediletos, mas há quem opte por jurisdições com benefícios fiscais específicos, desde que atendam às normas de transparência internacional.

Para enviar recursos, o investidor realiza um fechamento de câmbio em instituição autorizada pelo Banco Central do Brasil. O dinheiro segue para conta de mesma titularidade, requisito que atende às regras de combate à lavagem de dinheiro em vigor aqui e lá fora.

Entre as vantagens da operação, destacam-se:

  • Preservação do poder de compra: o capital convertido em dólar fica imune à perda de valor do real.
  • Liquidez internacional: ativos em mercados maduros podem ser vendidos com rapidez.
  • Diversificação: amplia o leque de aplicações e reduz a dependência de políticas econômicas locais.

Por outro lado, três pontos merecem atenção:

  • Custos de remessa: além das tarifas bancárias, incide IOF de 1,1% na operação de câmbio.
  • Volatilidade cambial: eventual apreciação do real pode impactar o valor em reais quando os fundos retornarem.
  • Riscos de mercado externo: desempenho fraco de ações ou crises políticas no país de destino podem corroer parte dos ganhos.

Para reduzir incertezas, consultores recomendam alocação majoritária em renda fixa externa de alta qualidade e uso de contratos de proteção cambial quando adequado.

Tributação e declaração ao Fisco brasileiro

Dolarizar o patrimônio não desobriga contribuintes de prestar contas à Receita Federal. Ganhos líquidos auferidos no exterior pagam Imposto de Renda com alíquota de 15%. Todos os bens e direitos fora do país, independentemente do valor, devem constar na ficha “Bens e Direitos” da declaração anual.

Rendimentos como juros ou dividendos são informados em “Rendimentos Tributáveis Recebidos do Exterior”. Além disso, valores a partir de US$ 1 milhão impõem o envio da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) ao Banco Central. Multas pesadas recaem sobre omissão ou dados incorretos.

A carga fiscal, embora relevante, costuma ser compensada pela preservação de valor e pela liberdade de movimentar recursos em jurisdições mais previsíveis. Ainda assim, o planejamento deve incluir suporte contábil e jurídico para evitar surpresas.

Para quem avalia diversificar, a seção de Política do nosso portal reúne análises que ajudam a entender como decisões em Brasília podem afetar estratégias de investimento.

Em síntese, dolarizar é caminho viável para quem busca blindagem patrimonial diante das incertezas macroeconômicas internas. O sucesso da operação depende de critérios rigorosos de compliance, seleção criteriosa de ativos e atenção às obrigações fiscais. Quem pretende avançar deve comparar custos, avaliar perfil de risco e, sobretudo, manter disciplina na declaração de ganhos.

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Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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