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Câmara aprova novo Sistema Nacional de Educação e mantém autonomia estadual

Política

A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (3), o projeto que institui o Sistema Nacional de Educação (SNE), apelidado de “SUS da Educação”. O texto segue agora para o Senado, onde há possibilidade de retomada de dispositivos que, segundo parlamentares, colocariam em risco a autonomia de estados e municípios.

Principais pontos do texto aprovado

O relator na Câmara, deputado Rafael Brito (MDB-AL), converteu diversas obrigações previstas na versão original em diretrizes orientativas. A mudança afasta a imposição de um modelo único de gestão educacional e protege a competência local para definir políticas específicas. Ao todo, foram incorporadas três alterações centrais:

  • Autonomia federativa preservada – Estados e municípios ficam livres para adotar ou não as recomendações das novas comissões criadas.
  • Comissões tripartite e bipartite – A Comissão Intergestores Tripartite da Educação (Cite) reunirá 15 representantes da União, estados e municípios. Já as Comissões Intergestores Bipartites da Educação (Cibes) funcionarão em âmbito estadual.
  • Pactuação sem caráter vinculante – O termo “pactuação federativa”, que dava poder coercitivo às decisões da Cite, foi substituído por “pactuação”, definida como acordo não obrigatório.

Esses ajustes foram comemorados por entidades ligadas a pais de alunos, como a Confenapais. A vice-presidente, Adriana Marra, destacou que a proposta inicial concentrava decisões em um colegiado de 18 pessoas, com possibilidade de punição a gestores locais que não obedecessem às determinações.

Banco nacional de dados e custo aluno-qualidade

O SNE estabelece a Infraestrutura Nacional de Dados Educacionais (Inde). O sistema reunirá informações de todas as redes de ensino para facilitar o compartilhamento de dados e acompanhar desempenho e frequência dos estudantes. O relator comparou a ferramenta à Rede Nacional de Dados em Saúde, que integra prontuários e registros de vacinação.

Outro ponto do projeto é a metodologia do Custo Aluno-Qualidade (CAQ), prevista no Plano Nacional de Educação e reforçada pelo novo Fundeb. A Cite terá a responsabilidade de aprovar os parâmetros de investimento mínimo por aluno, levando em conta:

  • jornada escolar mínima e expansão para tempo integral;
  • relação professor-aluno adequada;
  • formação docente específica;
  • plano de carreira e piso salarial nacional do magistério.

Parlamentares questionaram a inclusão do rendimento escolar na definição dos padrões de qualidade, alegando possível conflito com a Constituição. Mesmo assim, o dispositivo foi mantido.

O que pode mudar no Senado

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) alertou que o Senado pode restabelecer o texto original, que dava caráter obrigatório às diretrizes do SNE e ampliava a influência de sindicatos e ONGs alinhadas à esquerda. Caso isso ocorra, ela vê risco de judicialização por suposta afronta à autonomia federativa prevista na Carta de 1988.

Entre os dispositivos que podem retornar estão:

  • obrigatoriedade de escola em tempo integral sem considerar realidades regionais;
  • poder de intervenção da Cite sobre programas locais;
  • utilização do termo “pactuação federativa” com força impositiva.

Se o Senado aprovar uma versão divergente, o projeto volta à Câmara para análise final. Há, portanto, chance de impasse que prolongue a tramitação.

Reação de pais e especialistas

Pais de alunos enxergam a atual redação como avanço porque:

  • preserva a liberdade de escolha das famílias;
  • afasta risco de padronização de conteúdos;
  • mantém sigilo de dados pessoais, pois a Inde divulgará apenas indicadores agregados.

Mesmo assim, a Confenapais avalia que o debate sobre o próximo Plano Nacional de Educação exigirá vigilância, já que propostas ideológicas podem reaparecer.

Próximos passos

O presidente do Senado deve pautar o projeto nas próximas semanas. Senadores favoráveis à centralização defendem que o SNE garanta “equidade” na oferta de ensino; já defensores da versão aprovada na Câmara sustentam que a cooperação federativa deve ocorrer sem imposição.

Enquanto a votação não ocorre, secretarias estaduais e municipais acompanham o texto para avaliar possíveis impactos orçamentários e operacionais, sobretudo em relação ao CAQ e à integração de dados.

A discussão sobre o SNE se insere no contexto mais amplo de financiamento e resultados da educação básica. Para entender como outras medidas em análise no Congresso podem influenciar o setor, confira também a cobertura em Política.

Em resumo, a Câmara aprovou um modelo que orienta, mas não obriga, e protege a autonomia local. O Senado terá agora a palavra final sobre manter ou descartar essas salvaguardas. Acompanhe a tramitação e compartilhe este conteúdo para que mais pessoas conheçam o impacto do novo Sistema Nacional de Educação.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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