geraldenoticias 1758800800

Câmara retira R$1,5 bi em saúde e educação do teto e pressiona arcabouço fiscal

Política

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira, 24, por 296 votos a 145, o texto-base do projeto de lei complementar que retira do limite global de despesas públicas cerca de R$ 1,5 bilhão destinado anualmente a programas de saúde e educação. A mudança afasta esses valores da meta fiscal prevista no novo arcabouço, abrindo espaço no Orçamento para outras rubricas de custeio.

O que muda com a proposta

A matéria exclui do teto de gastos duas frentes de desembolso:

1. Recursos do Fundo Social (FS) – Atualmente 5% das receitas do FS, formado por royalties do pré-sal, são vinculados a políticas de saúde e educação. Com a nova redação, esse montante deixa de contar para o cálculo da meta primária, reduzindo a pressão sobre o limite global de gastos.

2. Empréstimos internacionais e contrapartidas – As despesas pagas com financiamentos externos e a parcela nacional exigida como contrapartida também ficam fora do teto. Técnicos de Orçamento ouvidos pelo Congresso estimam que essas operações somem aproximadamente R$ 2,5 bilhões em 2024, além de R$ 37,9 milhões referentes a contrapartidas.

O relator em Plenário, deputado José Priante (MDB-PA), afirmou que, sem a alteração, haveria risco de bloqueio de outras despesas discricionárias, inclusive dentro das próprias áreas beneficiadas. Segundo ele, manter o valor do Fundo Social dentro do arcabouço significaria “compressão equivalente” em outras políticas federais.

Argumentos a favor e contra

Autor do projeto, o líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões (AL), classificou a medida como “simples e necessária”, sustentando que não faria sentido ampliar o repasse do Fundo Social para saúde e educação se esse acréscimo ficasse sujeito ao teto. Bulhões defendeu que a flexibilização não gera impacto negativo relevante nas contas públicas e resgata trechos do texto original do arcabouço, retirados durante a tramitação no Congresso.

Para ele, incluir recursos captados no exterior no limite de despesas impede que financiamentos internacionais sejam convertidos em obras de infraestrutura, como estradas e portos. O parlamentar argumentou que a exclusão desses valores libera espaço para investimentos sem ferir o equilíbrio fiscal.

Do outro lado, o relator do arcabouço fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), advertiu em Plenário que a proposta fragiliza o mecanismo criado para controlar o avanço dos gastos federais. Segundo Cajado, toda vez que o Executivo busca alterar a lei, é “para aumentar despesa ou excepcionalizar gasto”, o que, em sua avaliação, “fulmina o princípio do arcabouço”.

Tramitação e próximos passos

Com a aprovação do texto-base, os deputados passaram a votar destaques que podem alterar pontos específicos. Concluída essa etapa, a matéria seguirá para o Senado, onde precisará de maioria simples em dois turnos para ser confirmada.

No mesmo dia, a Casa Alta aprovou projeto que garante a tramitação de medida provisória destinada a empresas afetadas pelo recente aumento de tarifas dos Estados Unidos. Uma emenda do Senado já incorpora parte do dispositivo relatado por Bulhões, indicando sinal verde dos senadores para a desindexação de determinadas rubricas do teto.

Impacto fiscal estimado

A retirada dos R$ 1,5 bilhão do Fundo Social e dos R$ 2,5 bilhões correspondentes a empréstimos internacionais totaliza cerca de R$ 4 bilhões fora do limite de despesas em 2024. Embora o valor represente fração do Orçamento federal, parlamentares de perfil fiscalista alertam que cada excepcionalização cria precedente para novos pedidos, comprometendo a credibilidade da âncora fiscal.

Repercussão

Líderes governistas comemoraram a aprovação sob o argumento de garantir “mais recursos reais” para serviços essenciais sem corte em outras áreas. Já congressistas alinhados à pauta de responsabilidade fiscal enxergam na decisão um recuo das regras aprovadas há menos de um ano, sinalizando dificuldade do governo em cumprir a meta de resultado primário.

Analistas projetam que o impacto imediato sobre o déficit pode ser limitado, mas reforçam que a confiança de investidores depende da capacidade de respeitar o arcabouço tal como concebido. O Ministério da Fazenda ainda não divulgou avaliação oficial sobre a mudança.

O debate sobre a solidez do novo regime fiscal continua a avançar no Parlamento, e alterações adicionais podem surgir durante a votação dos destaques ou no exame pelo Senado.

Para acompanhar outras atualizações sobre o andamento desta proposta no Congresso, acesse nossa seção de política.

Este texto apresentou os pontos centrais do projeto que retira despesas de saúde e educação do teto de gastos. Continue ligado no Geral de Notícias para receber análises diárias e alertas sobre as principais pautas econômicas e políticas que impactam o país.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

R$52,36 R$99,00 -47%
Ver na Amazon
Caneca Brasil Bolsonaro

Caneca Brasil Bolsonaro

R$29,90 R$59,00 -49%
Ver na Amazon
Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

R$49,99 R$109,99 -55%
Ver na Amazon
Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

R$17,90 R$49,99 -64%
Ver na Amazon
Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

R$21,30 R$49,99 -57%
Ver na Amazon

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no Geral de Notícias, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!