Brasília – O senador Ciro Nogueira (PP) afirma que a oposição de direita chegará a janeiro com o nome já definido para disputar a Presidência em 2026. Segundo ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro comunicará a decisão no fim de dezembro, e apenas dois governadores reúnem condições de competir com chances reais: Tarcísio de Freitas, de São Paulo, ou Ratinho Júnior, do Paraná.
Bolsonaro decide, grupo segue
Ciro Nogueira sustenta que a escolha depende exclusivamente do ex-chefe do Executivo. “Quem vai ser, só ele sabe”, disse, ressaltando que o anúncio público ocorrerá no início do próximo ano. O parlamentar relata conversas frequentes com o governador paulista e avalia que Tarcísio não terá como recusar se for convocado. O histórico é usado como argumento: em 2022, Bolsonaro indicou o ex-ministro da Infraestrutura para disputar o Palácio dos Bandeirantes apesar da preferência inicial de Tarcísio por uma vaga no Senado por Goiás. O resultado foi a vitória em primeiro turno sobre Fernando Haddad (PT).
Sobre rejeição eleitoral, Nogueira destaca que Tarcísio e Ratinho mantêm índices próximos a metade dos números atribuídos a Bolsonaro, enquanto permanecem desconhecidos por cerca de 40 % do eleitorado nacional, fator visto como margem de crescimento. “Só têm viabilidade com o apoio do presidente Bolsonaro”, insiste.
Estratégia de unificação
O senador relata que Tarcísio trabalha nos bastidores para pacificar divergências internas, sobretudo as críticas de integrantes mais radicais do campo bolsonarista. Questionado sobre a pré-candidatura anunciada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nogueira minimiza. Para ele, o filho do ex-presidente tem legitimidade para se apresentar, mas não cumpre pré-requisitos práticos: “Precisamos de um candidato que percorra o país, elabore plano de governo e faça campanha em solo brasileiro.” O deputado vive nos Estados Unidos desde o início do ano.
Nogueira também rejeita a ideia de que buscaria a vice-presidência. Segundo o dirigente do Progressistas, a composição de chapa será definida após a escolha do cabeça, tendo como critério principal evitar riscos eleitorais adicionais. Ele cita nomes como a senadora Tereza Cristina (PP-MS) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, apontada pelo marido para disputar o Senado, como alternativas “que só somam”.
Anistia e agenda econômica
O senador defende anistia ampla aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, ou, ao menos, a revisão de dosimetrias que classificou como “absurdas”. Para ele, há consenso no Congresso de que as penas ultrapassaram a razoabilidade, e o tema precisa ser resolvido “nos próximos dias”.
No campo fiscal, Nogueira apoia a aprovação no Senado, sem alterações, do projeto que eleva para dois salários mínimos a faixa de isenção do Imposto de Renda. A proposta passou na Câmara por unanimidade e, segundo o parlamentar, une governo e oposição por cumprir promessa de campanhas tanto de Bolsonaro quanto de Lula.
Relação com o Planalto
Sobre eventual diálogo com o presidente Lula, o ex-ministro da Casa Civil é categórico: não haverá conversa antes de 2026. Ele confirma a orientação para que deputados e senadores da federação PP-União Brasil deixem postos no Executivo. Os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) receberam prazo “até a próxima semana” para escolher entre o governo e o bloco partidário.
Ciro Nogueira também rebate críticas do pastor Silas Malafaia por não apoiar impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Na avaliação do senador, movimentos sem viabilidade servem apenas de palanque e desviam energia da construção de um projeto vitorioso para 2026.


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Imagem: Internet
Direita avalia erros, não acertos de Lula
Para o parlamentar, a recente melhora nos índices de popularidade do presidente petista decorre mais de falhas da oposição do que de acertos do governo. Ele cita a chamada “narrativa do tarifaço” como exemplo de comunicação equivocada que teria favorecido o Planalto, embora considere o programa de Lula “sem perspectiva” e baseado em relançamentos de políticas antigas, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.
Ao tratar de mobilizações contra a PEC da Blindagem no Supremo, Nogueira admite que a oposição falhou na leitura do ambiente social e acabou oferecendo ao governo uma oportunidade de se associar a manifestações de ruas.
Em meio às articulações, o recado do senador é que a direita precisa evitar fragmentação. Na prática, isso significa aguardar a palavra final de Bolsonaro e alinhar-se ao escolhido entre Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior, considerados, hoje, as únicas opções viáveis para enfrentar Lula ou qualquer nome que o PT lance em 2026.
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Em resumo, Ciro Nogueira aposta na força de Jair Bolsonaro para unificar a direita, prevê anúncio oficial em janeiro e confia na obediência de Tarcísio ou Ratinho à convocação. A definição promete redesenhar o tabuleiro eleitoral já no início de 2024. Fique atento e acompanhe as próximas atualizações aqui em nosso portal.
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