Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e atual secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, foi morto a tiros na tarde de segunda-feira (15) em Praia Grande (SP). A execução, considerada de alta complexidade pelas autoridades paulistas, envolveu pelo menos três criminosos armados com fuzis que dispararam mais de 20 vezes contra o veículo da vítima.
Ataque meticuloso em via pública
Imagens de câmeras de segurança mostram o automóvel de Fontes sendo perseguido em alta velocidade por uma SUV. De acordo com o secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, o ex-delegado já estava em fuga quando o carro recebeu os primeiros disparos e acabou colidindo com um ônibus.
Logo após o choque, três agressores desceram do veículo utilizado na perseguição. Um deles permaneceu em posição de “contenção” — técnica de vigilância para impedir possíveis reações ou aproximação de terceiros — enquanto os outros dois se aproximaram do carro capotado e efetuaram os disparos fatais. As autoridades destacam que o uso de armamento pesado, o conhecimento tático e o posterior incêndio do automóvel dos criminosos evidenciam planejamento detalhado e profissionalismo.
Segundo Nico, “ele estava sendo procurado, caçado”, expressão que reforça a hipótese de que a ação não foi aleatória. O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, declarou que o crime foi “planejado e de alta complexidade”, indicando que o ex-chefe da corporação pode ter sido seguido por vários dias.
Histórico de ameaças e emboscadas
Aos 63 anos, Fontes tinha trajetória marcada pelo enfrentamento direto ao Primeiro Comando da Capital (PCC), principal facção criminosa do país. Ele ocupou o cargo de delegado-geral entre 2019 e 2021 e, desde janeiro de 2023, atuava como secretário municipal. Em dezembro de 2023, após sofrer um assalto, afirmou que “os bandidos sabem onde moro”, demonstrando receio com a exposição de seu endereço.
Registros apontam outras tentativas de agressão contra o ex-delegado: em 2022, 2020 e 2012 ele foi alvo de assaltos e emboscadas, algumas terminando em troca de tiros e feridos. A reincidência dos ataques reforça a tese de motivação ligada ao combate que travou contra o crime organizado durante a carreira.
Força-tarefa mobilizada
Mais de 100 policiais civis e militares integram a força-tarefa criada para identificar executores e mandantes. Todos os indícios estão em análise, mas as autoridades admitem que a principal linha de investigação mira facções criminosas, especialmente o PCC, devido ao histórico de rivalidade com o ex-delegado-geral.
A perícia trabalha com imagens de segurança, análise balística dos projéteis de fuzil e rastreamento do veículo incendiado. A equipe também avalia eventuais monitoramentos realizados antes da execução, já que há indícios de que Fontes foi seguido por dias.


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Imagem: Internet
Repercussão e segurança pública
A morte de Ruy Ferraz Fontes provocou reação imediata do governo paulista. A Secretaria de Segurança Pública reforçou o efetivo nas cidades da Baixada Santista e reiterou que “todas as hipóteses permanecem abertas”. Autoridades municipais e estaduais destacam que o episódio expõe o grau de organização de grupos criminosos capazes de planejar execuções em plena luz do dia.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande lamentou a morte do secretário e declarou luto oficial. A administração municipal aguarda os desdobramentos da investigação para adotar novas medidas de proteção a agentes públicos.
A escalada de violência contra servidores envolvidos no combate ao crime organizado reacende o debate sobre protocolos de segurança pessoal. Fontes, mesmo fora da ativa, seguia alvo preferencial de facções e reforçava sua preocupação desde o assalto sofrido em dezembro do ano passado.
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O assassinato de Ruy Ferraz Fontes, executado com grande poder de fogo e evidente coordenação, expõe a capacidade ofensiva de facções criminosas e desafia as forças de segurança paulistas. A força-tarefa montada pelo governo busca identificar executores e mandantes, enquanto a sociedade aguarda respostas firmes das autoridades. Continue acompanhando nossos boletins para atualizações e análises sobre os próximos passos da investigação.
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