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Cúpula do Brics no Rio expõe ausência de líderes e gastos públicos

Política

RIO DE JANEIRO — A reunião de cúpula do Brics realizada na capital fluminense ganhou o rótulo de “esvaziada” até mesmo na mídia simpática ao governo. A expressão resume um fato simples: os chefes de Estado que justificariam o encontro não compareceram, mas a máquina pública entrou em campo como se todos estivessem presentes. O resultado foi um evento oficial sem quórum político, porém completo em termos de protocolo, segurança e custos.

Encontro marcado, líderes ausentes

O Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, convocou uma cúpula no Rio de Janeiro para alinhar pautas econômicas e diplomáticas. Mesmo assim, nomes centrais como o presidente chinês, Xi Jinping, não desembarcaram no país. Somaram-se a ele outros chefes de governo que preferiram enviar representantes de escalão inferior. Com isso, o encontro ocorreu com delegações, mas sem a presença das principais autoridades do grupo, situação que levou veículos tradicionais a classificá-lo como “esvaziado”.

Na prática, a ausência dos mandatários transformou a agenda em um fórum de discursos protocolares e troca de documentos, sem a legitimidade que apenas os líderes poderiam conferir. A lacuna abriu espaço para questionamentos sobre a relevância de se manter uma estrutura diplomática complexa quando os protagonistas não se sentam à mesa.

Estrutura de primeira linha, custo alto

A despeito da baixa adesão, a organização mobilizou infraestrutura terrestre, marítima e aérea em larga escala. Ruas foram bloqueadas, voos sofreram restrições e repartições públicas operaram em esquema de ponto facultativo. O aparato de segurança tomou pontos estratégicos da cidade, e servidores foram realocados para funções temporárias de recepção e apoio logístico.

Esse cenário implicou gastos expressivos de recursos federais e estaduais. Hotéis, refeições, transporte oficial e salas de reunião seguiram os padrões protocolares para chefes de Estado, ainda que eles não estivessem presentes. Para o contribuinte, restou a conta de um evento de alto custo e baixo retorno político imediato.

Questionamentos sobre convocação e eficiência

A ausência de líderes alimentou dúvidas sobre a coordenação prévia da chancelaria brasileira. Se havia sinalização de que as principais autoridades não viriam, por que manter a reunião presencial? Hoje, plataformas como Google Meet permitem videoconferências seguras entre governos, evitando deslocamentos desnecessários. O mesmo valeria para trocas de documentos via canais diplomáticos ou, em último caso, por simples correio eletrônico oficial.

Especialistas ouvidos por diferentes veículos insistem que encontros presenciais seguem importantes para a diplomacia, mas reconhecem que, sem interlocutores do mais alto nível, a utilidade cai drasticamente. No episódio do Rio, o contraste entre a estrutura montada e o peso político entregado gerou críticas sobre desperdício e falta de planejamento.

Impacto na imagem do governo

Analistas apontam que o resultado enfraquece a posição internacional do Palácio do Planalto. Ao apostar em um evento grandioso e entregar um salão com cadeiras vazias, a gestão federal passa o recado de que não consegue atrair parceiros estratégicos nem garantir a presença dos principais líderes do bloco que ajudou a fundar. Internamente, a percepção de gasto público elevado em meio a restrições orçamentárias agrava a insatisfação da sociedade, que não participou dos banquetes diplomáticos, mas permaneceu sujeita a transtornos no trânsito e no serviço público.

Embora o Itamaraty classifique o encontro como “passo preparatório” para agendas futuras, a avaliação majoritária é de que a cúpula perde força quando se transforma em reunião burocrática. Sem decisões de alto impacto nem anúncios concretos, o evento acaba lembrado mais pela mobilização de recursos do que por resultados tangíveis.

A experiência de 2024 sinaliza a necessidade de revisão nos critérios de convocação de encontros internacionais. Transparência sobre custos, confirmação prévia de presenças e análise de alternativas virtuais são pontos defendidos por especialistas em gestão pública. Assim, seria possível evitar novas edições de reuniões formais com baixa representatividade e alto ônus para o erário.

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Em síntese, a cúpula do Brics no Rio de Janeiro escancarou a distância entre a pompa do cerimonial estatal e o efetivo peso político de um encontro vazio de líderes. Resta agora verificar se o governo adotará medidas de contenção de despesas e garantirá a presença dos mandatários nas próximas rodadas. Continue ligado no Geral de Notícias para atualizações e análises objetivas sobre o cenário político e econômico.

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