São Paulo, 25 de setembro de 2025 — O escritor e jornalista Diogo Mainardi acaba de apresentar ao público “Meus Mortos: um autorretrato”, graphic novel que mistura memórias pessoais, referências à obra do pintor renascentista Ticiano e uma forte crítica ao declínio cultural contemporâneo. Com ênfase em temas como morte, decadência e a perda de valores tradicionais, a publicação termina com uma imagem em que o autor exibe as próprias nádegas, recurso que já suscita debate entre leitores e críticos.
Obra reúne memória familiar e referências a Ticiano
De acordo com informações divulgadas pelo colunista Paulo Polzonoff Jr. em artigo publicado nesta quinta-feira (25), “Meus Mortos” nasceu como tentativa de Mainardi de lidar com a morte recente de seu pai, mãe e irmão. Para retratar o luto, o autor recorre à pintura de Ticiano, recorrente no livro como contraponto estético e espiritual. O texto combina ilustrações, fotografias de obras clássicas e passagens autobiográficas, formato que o próprio Mainardi descreve como “autorretrato literário”.
Ao longo das páginas, o autor afirma enxergar a sociedade ocidental como “cadáver insepulto”, expressão que utiliza para qualificar a perda de referências morais, a corrosão da aristocracia cultural e o avanço da barbárie. Ainda segundo Polzonoff, Mainardi relaciona esse diagnóstico à proliferação do ativismo político raso nas redes sociais e à redução do debate público a ataques pessoais.
Nudez final gera repercussão imediata
O elemento mais comentado até o momento é a ilustração que encerra o livro: uma fotografia em preto-e-branco na qual Diogo Mainardi aparece de costas, nu. A provocação, segundo o próprio autor, simboliza o vazio existencial de uma época “sem pudor e sem transcendência”. Embora o gesto remeta à tradição artística de utilizar o nu como forma de expressar vulnerabilidade, críticos apontam também um componente de sátira dirigido aos excessos do politicamente correto.
Mainardi, que ganhou notoriedade pelas crônicas fortemente críticas ao Partido dos Trabalhadores na revista Veja, manteve posição igualmente aberta contra o governo Jair Bolsonaro nos últimos anos. Essa postura, associada à exposição do corpo, reforça a imagem de autor disposto a desagradar diferentes espectros ideológicos em nome da liberdade de expressão.
Reações iniciais e posicionamento do autor
Em nota enviada à imprensa, Mainardi afirmou que “Meus Mortos” não busca consenso, e sim despertar reflexão sobre a finitude humana e a urgência de valores sólidos. O livro, segundo ele, “propõe um diálogo entre arte clássica e realidade presente, demonstrando que a beleza ainda é possível mesmo em cenários de degradação moral”.
No mesmo artigo, Polzonoff observa que o autor evita demonstrar sentimento de esperança ou amor ao longo da obra, escolha que o colunista interpreta como sinal de niilismo. Já leitores identificados com a visão conservadora destacam o tom de denúncia contra a banalização da cultura e a sobreposição de interesses políticos a qualquer ideal elevado.
Edição, formato e disponibilidade
A publicação chega ao mercado em edição de capa dura com 160 páginas, impressão em papel couché e tiragem inicial de 10 mil exemplares. O projeto gráfico foi desenvolvido por Nico Mainardi, filho do autor, responsável pelas fotografias que permeiam o livro. “Meus Mortos” pode ser adquirido em livrarias físicas e plataformas on-line a partir desta sexta-feira (26), com preço sugerido de R$ 79,90.


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Imagem: Reprodução
O lançamento será acompanhado de sessão de autógrafos em São Paulo, marcada para 30 de setembro, na Livraria da Vila dos Jardins. Eventos similares estão previstos em Curitiba, Porto Alegre e Recife até o fim do ano.
Contexto de carreira e próximos projetos
Radicado em Veneza, Diogo Mainardi construiu trajetória reconhecida pela defesa de valores liberais clássicos, crítica ao aparelhamento estatal e oposição firme aos governos petistas. Além de colaborações em veículos impressos, o autor fundou o site “O Antagonista”, hoje um dos portais mais influentes do país na cobertura político-econômica.
Sobre projetos futuros, Mainardi declarou que pretende retomar a escrita de crônicas, mas indicou que mais obras em formato gráfico não estão descartadas. “É um veículo que permite conciliar texto enxuto, imagem de impacto e referência histórica”, resumiu.
Para leitores interessados em desdobramentos políticos relacionados à cultura, vale conferir também a cobertura recente em nossa editoria de Política, onde temas ligados à liberdade artística e embates ideológicos são atualizados diariamente.
Em síntese, “Meus Mortos” reforça a marca autoral de Diogo Mainardi: crítica contundente ao desgaste cultural do Ocidente, linguagem direta e disposição para provocar. Se a obra agradará a todos é outra questão; o fato é que o escritor novamente ocupa espaço central no debate público. Deixe sua opinião nos comentários e acompanhe nossas próximas atualizações.
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