Brasília, 7 de outubro — Lideranças conservadoras mobilizam apoiadores para a “Caminhada pela Anistia”, ato marcado para este sábado, às 16 horas, com concentração em frente à Catedral Metropolitana da capital federal. O objetivo declarado é pressionar a Câmara dos Deputados a aprovar, sem alterações, o projeto de lei que concede anistia ampla aos investigados e condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023.
Quem organiza e quem participa
A convocação parte de nomes de destaque da direita nacional. Estão confirmados:
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, que usou suas redes sociais para convidar simpatizantes;
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG);
Pastor Silas Malafaia, líder religioso e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Familiares de presos e condenados pela invasão aos prédios dos Três Poderes também prometem estar presentes, ao lado de parlamentares que defendem a anistia irrestrita. A caminhada seguirá da catedral até a Esplanada dos Ministérios, onde haverá pronunciamentos.
Pontos centrais do projeto
O texto em debate ficou conhecido inicialmente como PL da Anistia e, mais recentemente, recebeu o apelido de PL da Dosimetria. A proposta visa extinguir ou reduzir as penas de quem foi responsabilizado por depredações e invasões no 8 de janeiro. A corrente ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro defende a anistia total, sem exceções.
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator da matéria, já sinalizou que não apoiará uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Ele afirma buscar um texto que leve em conta o grau de envolvimento de cada réu. Essa posição enfrenta resistência de aliados de Bolsonaro, que veem qualquer recuo como inadmissível.
Clima na Câmara dos Deputados
O andamento do projeto depende da pauta definida pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo o parlamentar, será preciso “mais tempo” para medir o sentimento das bancadas antes de levar o tema ao plenário. Motta declarou não ter, até o momento, o levantamento completo das posições partidárias sobre o relatório de Paulinho da Força.
Enquanto isso, líderes governistas avaliam que o texto, na forma ampla desejada pela oposição, teria dificuldades para obter maioria. A mobilização de 7 de outubro busca justamente alterar esse cenário, pressionando congressistas a aderirem à anistia total.
Declarações dos organizadores
Em vídeo publicado nas redes sociais, o pastor Silas Malafaia afirmou que “os artistas são as famílias das pessoas injustiçadas”, reforçando o argumento de que muitos réus teriam sido punidos de forma desproporcional. Já o deputado Nikolas Ferreira disse que a caminhada pretende “mostrar a dor de perto” a quem, segundo ele, ainda não se sensibilizou.


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Imagem: Reprodução
Michelle Bolsonaro, principal rosto da convocação, concentrou sua mensagem em convidar mulheres e famílias a participarem, destacando o caráter pacífico da manifestação.
Estrategistas contam com adesão popular
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que uma grande presença nas ruas pode influenciar parlamentares indecisos. Além da base evangélica, organizadores contam com a participação de movimentos conservadores espalhados pelo país, que buscam repetir a mobilização vista em atos anteriores na Avenida Paulista e na Esplanada.
Próximos passos
Após a manifestação, a expectativa é que o relator finalize seu parecer e o apresente à Mesa Diretora. Caso Hugo Motta inclua a proposta na pauta, caberá ao plenário decidir se acata ou rejeita as mudanças sugeridas. Bolsonaro e seus aliados já adiantaram que não aceitarão negociar pontos que limitem o alcance da anistia.
Para continuar acompanhando as discussões sobre o PL da Anistia e outras pautas no Congresso, acesse a seção de Política do Geral de Notícias.
Em síntese, a “Caminhada pela Anistia” coloca pressão direta sobre a Câmara em um momento decisivo. A participação popular e o posicionamento dos líderes partidários nas próximas semanas indicarão se a proposta de anistia total ganhará força ou se prevalecerá um texto mais restrito. Acompanhe nossas atualizações e compartilhe este artigo para manter o debate informado.
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