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Esquerda convoca artistas veteranos para tentar inflar atos contra anistia

Política

A esquerda brasileira organiza para este domingo, 21 de setembro, uma nova rodada de manifestações contra o projeto de lei da anistia e contra a chamada PEC da Imunidade. Diante da baixa adesão registrada em mobilizações recentes, partidos e movimentos progressistas recorreram a nomes históricos da música nacional, especialmente figuras que despontaram durante a ditadura militar, na tentativa de atrair público e garantir visibilidade às pautas que defendem.

Palco principal em Copacabana reúne Gil, Caetano e Chico

O ponto alto dos protestos deve ocorrer na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque prometem dividir o palco. O trio, símbolo de engajamento político nos anos 1960 e 1970, foi escalado para reavivar o apelo popular que a esquerda perdeu nos últimos anos. Além deles, Djavan, Paulinho da Viola, Ivan Lins, Lenine e Maria Gadú também confirmaram presença, gravando vídeos nas redes sociais para convocar militantes e simpatizantes.

Organizadores estimam concentração às 15h, mas não divulgaram expectativa oficial de público. A narrativa dos movimentos é pressionar o Congresso a barrar o PL da Anistia, que pode beneficiar condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e alcançar o ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como impedir o avanço da PEC da Imunidade, que submete processos contra parlamentares à autorização de suas respectivas Casas.

Brasília, Salvador e BH apostam em shows para atrair manifestantes

Na capital federal, as apresentações ocorrerão no Museu da República durante a manhã de domingo. Chico César e MC Pepita lideram a programação, reforçada por discursos de lideranças de esquerda. Em Salvador, Daniela Mercury assume o palco principal ao lado do ator Wagner Moura, conhecido por críticas abertas ao ex-chefe do Executivo. Em Belo Horizonte, Renegado, Rafael Ventura, Júlia Rocha e Fernanda Takai, ex-vocalista do Pato Fu, compõem a lista de atrações. Durante um ensaio, Takai lançou palavras de ordem contra o que chamou de “vagabundos”, encerrando a fala com o grito “sem anistia”.

Em São Paulo, o ato “Congresso inimigo do povo” será realizado no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, organizado pela Frente Povo sem Medo — grupo ligado ao deputado Guilherme Boulos (Psol). Para reforçar o evento, Marina Lima, Leoni e Otto se apresentarão no mesmo horário do show carioca.

Foco nos projetos que preocupam PT e Psol

A principal inquietação da esquerda é o avanço do projeto de lei da anistia, que teve urgência aprovada na Câmara com relatoria de Paulinho da Força (Solidariedade). Caso o texto prospere, pode abranger manifestantes detidos em 8 de janeiro e figuras da antiga cúpula do Planalto. Já a PEC da Imunidade, apelidada de “PEC da Blindagem”, condiciona a abertura de ações penais contra deputados e senadores à autorização da maioria absoluta da respectiva Casa, o que dificultaria investidas do Supremo Tribunal Federal contra parlamentares.

PT, Psol e legendas satélites enxergam risco de enfraquecimento das ações judiciais movidas contra adversários políticos, motivo pelo qual intensificaram a pressão nas ruas. A estratégia de trazer de volta ídolos da velha guarda, porém, ocorre num cenário de desgaste público dos protestos, que têm reunido números modestos em comparação com as mobilizações de 2013 ou mesmo com atos bolsonaristas recentes.

Desafio de público e discurso

Analistas observam que a insistência em artistas consagrados dos anos 1970 evidencia falhas de renovação geracional na militância progressista. Embora os shows ofereçam forte apelo nostálgico, a mensagem contra a anistia não tem ressonância unânime fora da bolha ideológica. Enquanto organizadores buscam reaquecer as ruas, críticos apontam contradição: personalidades que clamavam por anistia durante o regime militar agora rechaçam a extensão do benefício a opositores do atual governo.

A recepção nas redes sociais confirma o desafio. Perfis de centro e de direita ironizam o line-up, chamando a iniciativa de “turnê da beira-marx” e questionando a coerência de artistas que, no passado, foram anistiados. A despeito das críticas, os shows devem ocorrer normalmente, cercados de forte aparato de segurança.

Para acompanhar mais análises sobre o cenário político, visite a seção dedicada em nosso portal em Política.

Os atos deste domingo revelarão se o apelo cultural ainda é suficiente para mobilizar massas em torno da pauta contra anistia e PEC da Imunidade. Continue acompanhando a cobertura completa e compartilhe este conteúdo com quem se interessa pelos bastidores da política nacional.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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