Milhares de pessoas ligadas a movimentos sociais e a grupos artísticos de esquerda tomaram ruas de ao menos sete capitais brasileiras neste domingo (21) para se manifestar contra a Proposta de Emenda à Constituição apelidada de “PEC da Blindagem”. O texto, aprovado durante a semana no Congresso, transfere à Casa Legislativa a prerrogativa de autorizar ou não aberturas de processos contra deputados e senadores.
Além da PEC, os organizadores incluíram na pauta de protestos o pedido de rejeição ao regime de urgência do projeto que concede anistia a condenados por tentativa de golpe, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses de prisão.
Concentrações em Brasília, Salvador e Belo Horizonte
Na capital federal, a mobilização ocorreu em frente ao Museu Nacional da República. Os participantes caminharam até as proximidades do Congresso Nacional entoando palavras de ordem contra a proposta e pedindo a “cassação imediata” de parlamentares que apoiaram o texto.
Em Salvador, nomes conhecidos da cena cultural baiana, como a cantora Daniela Mercury e o ator Wagner Moura, aderiram ao ato. A concentração aconteceu no centro histórico e reuniu faixas com críticas à emenda constitucional e à anistia.
Belo Horizonte também registrou grande presença de manifestantes. O percurso começou na Praça Raul Soares e terminou na Praça Sete, no coração da capital mineira. A cantora Fernanda Takai acompanhou o cortejo, que exibiu cartazes sobre temas paralelos, como “escala 61” e isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.
Artistas programam shows no Rio; atos avançam pelo Norte e Nordeste
No Rio de Janeiro, o protesto está marcado para as 14h, em Copacabana. Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Djavan anunciaram participações musicais, mantendo a tradição de engajamento político de artistas historicamente alinhados à esquerda.
Na região Norte, manifestações ocorreram em Manaus e Belém logo pela manhã. Na capital amazonense, o trajeto passou pela Avenida Getúlio Vargas, onde faixas contrárias à PEC foram exibidas. Já em Belém, grupos se reuniram na Avenida Presidente Vargas, seguindo em direção à Basílica de Nazaré.
Capitais nordestinas também registraram mobilizações. Em Natal, caravanas de municípios vizinhos reforçaram o contingente na praia de Ponta Negra. Organizadores anunciaram atos para o fim da tarde em João Pessoa e São Luís.
Reação parlamentar e próximos passos
A “PEC da Blindagem” passou nas duas Casas com margem confortável. Seus defensores alegam que a medida garante equilíbrio entre Poderes e evita investigações movidas unicamente por motivações políticas. Críticos, por outro lado, afirmam que o dispositivo dificulta a responsabilização de congressistas perante a Justiça.


Camiseta Camisa Bolsonaro Presidente 2026 Pátria Brasil 6 X 10,00 S/JUROS


Imagem: Internet
O texto ainda precisa ser promulgado em sessão do Congresso para entrar em vigor. Já o projeto de anistia aguarda a definição de data para votação no plenário da Câmara, após aprovação do regime de urgência.
Parlamentares que apoiam a PEC minimizam o impacto das manifestações, lembrando que protestos são parte do processo democrático. Líderes de oposição prometem pressionar pela revogação da proposta e por alterações no projeto de anistia.
Capilaridade dos atos e expectativa de novas mobilizações
Segundo organizadores, as concentrações somaram “milhares de participantes” em cada capital, mas números oficiais de órgãos de segurança não foram divulgados até o momento. Nas redes sociais, hashtags contra a PEC e contra a anistia lideraram tópicos de política durante todo o dia.
Movimentos alinhados à esquerda anunciam agenda de novos protestos para a próxima semana, caso a promulgação da emenda avance sem modificações. Já entidades favoráveis à proposta preparam campanhas de esclarecimento para defender o texto aprovado.
Para acompanhar a evolução desses debates no Congresso, confira a cobertura completa em nossa seção de Política.
Em resumo, sete capitais registraram atos organizados pela esquerda contra a PEC que transfere ao Parlamento a autorização para processos judiciais envolvendo deputados e senadores, bem como contra a urgência dada ao projeto de anistia a condenados pelos eventos de 8 de janeiro. A discussão continua no Congresso, e novas mobilizações estão previstas. Acompanhe nossas atualizações e compartilhe este conteúdo para que mais pessoas entendam o que está em jogo.
Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada



