Militantes ligados a partidos de esquerda e movimentos sociais realizaram protestos em diversas capitais brasileiras neste 7 de Setembro, feriado da Independência. As manifestações atenderam ao apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foram organizadas por siglas e entidades próximas ao Palácio do Planalto.
Concentração em São Paulo destaca soberania nacional
A principal mobilização ocorreu na Praça da República, centro de São Paulo. Desde as primeiras horas da manhã, grupos vinculados ao PT, PSOL, CUT e UNE espalharam faixas e alto-falantes no local. O foco dos cartazes concentrou-se em críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, e ao pastor Silas Malafaia.
Com o mote “defesa da soberania nacional”, participantes exibiram bandeiras da Palestina em sinal de solidariedade à Faixa de Gaza no conflito contra Israel. Também houve menções às tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre produtos brasileiros no passado, citadas como exemplo de pressão externa sobre a economia nacional.
Capitais registram atos simultâneos
Além de São Paulo, cidades como Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Natal, Recife, Rio de Janeiro e Vitória confirmaram protestos. Em todas elas, organizadores seguiram orientação de partidos e centrais sindicais para ocupar praças centrais e vias de maior visibilidade.
No Eixo Monumental de Brasília, manifestantes espalharam cartazes que pediam punição aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram depredados. Já em Recife, o ato se concentrou no Marco Zero, com discursos contra suposta tentativa de anistia para manifestantes de direita presos naquela data.
Principais reivindicações dos organizadores
A pauta divulgada pelo comando dos atos lista sete pontos principais:
1. Rejeição a qualquer proposta de anistia para participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023;
2. Manutenção e reforço das investigações sobre suposto financiamento dos protestos em Brasília;
3. Fim da escala de trabalho 6×1, adotada por diferentes setores da economia;
4. Redução da jornada de trabalho semanal;
5. Aumento da taxação sobre os mais ricos e sobre grandes fortunas;
6. Regulamentação de redes sociais para conter disseminação de fake news;
7. Defesa da soberania nacional frente a pressões comerciais externas.
Lula reforça apelo por mobilização popular
Em pronunciamento feito na quinta-feira (4), o presidente Lula afirmou que, caso a questão da anistia avance no Congresso, “corre-se o risco” de absolvição dos envolvidos nos atos de janeiro. Segundo o petista, é necessário “o povo nas ruas” para pressionar parlamentares. Nas palavras do chefe do Executivo, “o Congresso não é um Congresso eleito pela periferia” e, portanto, a mobilização popular se faz necessária para conter o avanço da “extrema direita”.
O discurso presidencial impulsionou publicações de convocação nas páginas oficiais do PT Brasil, PT São Paulo, CUT, UNE e parlamentares aliados. Nas redes sociais, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) reforçou o chamado para que simpatizantes comparecessem aos atos de 7 de Setembro.


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Imagem: Paulo Pinto
Repercussão e críticas
Aliados de direita reagiram e destacaram que o feriado da Independência, tradicionalmente marcado por desfiles militares, foi transformado em evento partidário. Parlamentares do PL acusaram o governo de “instrumentalizar a data” para mobilização política. Já movimentos de esquerda afirmam que a presença nas ruas busca “defender a democracia” e impedir tentativas de perdão judicial a envolvidos nos atos de 2023.
Operação de segurança e trânsito
Secretarias estaduais de segurança pública mobilizaram esquemas especiais para acompanhar as manifestações. Na capital paulista, a Polícia Militar montou barreira no entorno da Praça da República para revista de mochilas e bloqueou o tráfego em ruas adjacentes. Em Brasília, a Polícia Legislativa reforçou a proteção ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, enquanto a Polícia Militar do Distrito Federal monitorou os protestos por câmeras e drones.
Até o fim da manhã, não houve registro de confrontos graves. Em Belo Horizonte, um pequeno grupo tentou furar bloqueio na Praça Sete de Setembro, mas foi contido pela tropa de choque, sem feridos. As autoridades seguiram protocolos de contenção preventiva, alegando evitar situações semelhantes às ocorridas em janeiro de 2023.
Expectativas para o restante do dia
Organizadores estimam manter atos até o início da noite, com a leitura de carta contra a anistia em São Paulo e Brasília. Caso as manifestações ocorram sem incidentes, lideranças pretendem entregar documento consolidado ao presidente da Câmara dos Deputados ainda nesta semana, reforçando pedidos de endurecimento da legislação antiterrorismo.
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Em resumo, o 7 de Setembro de 2025 foi marcado por mobilizações de esquerda em capitais de todo o país. Os manifestantes centraram críticas na direita, defenderam punições aos atos de janeiro de 2023 e listaram reivindicações trabalhistas e fiscais. Continue acompanhando nossas atualizações e compartilhe este conteúdo para manter o debate público informado.
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