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EUA avaliam limitar vistos da comitiva de Lula na ONU e expõem isolamento diplomático

Política

Washington estuda impor restrições de visto a integrantes da delegação brasileira que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à próxima Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A informação, confirmada por interlocutores do Departamento de Estado, sinaliza desconforto crescente com a política externa conduzida pelo Palácio do Planalto e pelo assessor especial Celso Amorim.

Possível sanção americana

De acordo com fontes ligadas ao governo norte-americano, o mecanismo em debate prevê análises mais rígidas de antecedentes e pode resultar na negativa de entrada de alguns nomes indicados por Brasília. A Casa Branca avalia que a medida teria caráter político, ao mesmo tempo em que preservaria o fluxo normal de vistos para cidadãos comuns e empresários brasileiros.

A discussão ocorre após declarações recentes de Lula sobre o conflito em Gaza, nas quais o presidente classificou os bombardeios israelenses como “genocídio” e comparou a ação militar de Israel ao extermínio promovido por Adolf Hitler. O posicionamento provocou reação imediata de Jerusalém, que declarou Lula persona non grata até que se retrate — fato sem precedentes na relação bilateral.

Além do episódio envolvendo Israel, outros pontos pesam na avaliação de Washington. Entre eles estão o tradicional apoio brasileiro ao regime cubano, o silêncio sobre violações de direitos humanos na Venezuela e a aproximação com governos alinhados a Teerã, Moscou e Pequim. Na leitura americana, o conjunto reforça a imagem de um Itamaraty distante dos valores democráticos ocidentais.

Antecedentes da tensão

Desde o início do terceiro mandato, Lula tem defendido o que chama de “multipolaridade” e “autodeterminação dos povos”. Na prática, a abordagem se traduz em críticas às sanções impostas pelos Estados Unidos a regimes autoritários e na defesa de fóruns alternativos, como o Brics. O posicionamento é articulado por Celso Amorim, que reassumiu papel central na política externa após comandar o Ministério das Relações Exteriores nos governos petistas anteriores.

No entanto, a retórica de neutralidade não convenceu a administração norte-americana. Em março, autoridades do Capitólio já haviam demonstrado preocupação com a recepção oficial, em Brasília, a representantes do Hamas — organização considerada terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. O encontro ocorreu poucas semanas depois de ataques do grupo a civis israelenses.

Internamente, setores do Congresso brasileiro também cobram explicações de Amorim sobre os encontros e sobre a posição do Brasil em votações na ONU que evitaram condenar explicitamente violações cometidas por regimes autoritários. Parlamentares da oposição afirmam que a postura compromete alianças históricas e coloca em risco acordos comerciais relevantes.

Impacto para a Assembleia-Geral

A eventual restrição de vistos criaria constrangimento inédito para um chefe de Estado brasileiro. Tradicionalmente, o Brasil abre a série de discursos de chefes de governo na ONU desde 1947. Caso parte da comitiva seja impedida de entrar nos Estados Unidos, a cerimônia manterá o pronunciamento presidencial, mas reuniões paralelas e encontros bilaterais podem ser comprometidos.

Diplomatas que acompanham as negociações lembram que Washington possui autonomia para negar a entrada de estrangeiros por motivos de “segurança nacional e política externa”, prerrogativa prevista na Lei de Imigração e Nacionalidade americana. Em episódios anteriores, o dispositivo foi utilizado contra autoridades de regimes sancionados, como Irã e Venezuela.

Até o momento, o Itamaraty não fez comentários públicos sobre a iniciativa. Em bastidores, assessores alegam que qualquer restrição configuraria “interferência indevida” e que o Brasil continuará defendendo diálogo com todas as partes envolvidas em conflitos internacionais. O Planalto também não sinalizou intenção de revisar declarações que motivaram o impasse.

Cenário de isolamento

Observadores de política externa apontam que o mal-estar com Washington se soma ao atrito já instalado com Israel e à preocupação de chancelerias europeias sobre direitos humanos na Venezuela. O possível isolamento contrasta com a tentativa do governo Lula de liderar debates globais sobre clima, inclusão social e reforma da governança internacional.

Empresários e investidores acompanham o desenrolar dos fatos com cautela. A eventual perda de capital diplomático poderia dificultar negociações comerciais, atrasar a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e afetar a confiança de parceiros estratégicos.

A decisão final dos Estados Unidos deve ser anunciada nas próximas semanas, antes da abertura da Assembleia-Geral, marcada para setembro, em Nova Iorque.

Para entender como outras tensões recentes impactaram a política externa do país, confira nossa cobertura em Política.

Em resumo, a possibilidade de restrição de vistos expõe o desgaste internacional do governo Lula e reforça a necessidade de ajustes na diplomacia brasileira. Acompanhe nossas atualizações e saiba como o tema pode influenciar acordos, investimentos e a imagem do país no exterior.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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