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EUA enviam oficiais e avançam diálogo com Belarus no exercício Zapad-2025

Política

Oficiais das Forças Armadas dos Estados Unidos acompanharam nesta segunda-feira (15) as manobras militares conjuntas “Zapad-2025”, conduzidas por Rússia e Belarus. A presença norte-americana foi anunciada pelo Ministério da Defesa bielorrusso como um “elemento surpresa” e sinaliza um degelo nas relações entre Washington e o governo de Alexander Lukashenko, aliado histórico de Moscou.

Observadores americanos em solo bielorrusso

Os exercícios Zapad-2025 tiveram início na sexta-feira (12) em campos de treinamento situados tanto em território russo quanto bielorrusso. Em meio a crescentes tensões com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os dois países colocam tropas e equipamentos à prova poucos dias depois de a Polônia ter abatido drones russos que cruzaram seu espaço aéreo.

Nesse contexto, dois oficiais norte-americanos, identificados apenas pelo posto, foram recebidos no campo de treinamento de Belarus pelo ministro da Defesa, Viktor Khrenin. O chefe da pasta bielorrussa afirmou que o grupo estrangeiro poderia “ver o que quisesse”, conversar com militares locais e registrar imagens sem restrições. Representantes de outras 21 nações, entre elas Turquia e Hungria – parceiras da Otan –, também foram convidados como observadores.

Imagens divulgadas pelo governo de Minsk mostram os militares dos EUA apertando a mão de Khrenin e agradecendo a abertura. Embora tenham recusado entrevistas, a simples permanência de oficiais norte-americanos em solo bielorrusso durante um exercício patrocinado por Moscou representa mudança notável no tabuleiro geopolítico do Leste Europeu.

Diplomacia acelerada e alívio de sanções

A aproximação ganhou corpo na semana passada com a visita do emissário John Coale, representante do ex-presidente Donald Trump, a Minsk. Durante o encontro com Lukashenko, o dirigente bielorrusso se comprometeu a libertar 52 detentos, entre jornalistas e opositores políticos. Em contrapartida, Washington suspendeu parte das sanções impostas à companhia aérea estatal Belavia, permitindo a compra de componentes para aeronaves Boeing e a retomada de determinados voos internacionais.

Segundo Coale, a meta da administração Trump é reabrir a embaixada dos Estados Unidos em Belarus “em breve”, normalizar o comércio bilateral e impulsionar investimentos. O ex-mandatário busca ainda mediação direta para encerrar a guerra na Ucrânia, apostando na interlocução frequente de Lukashenko com Vladimir Putin.

Na mesma visita, Coale entregou ao líder bielorrusso uma carta escrita de próprio punho por Trump, descrita como “amigável” e centrada na retomada de laços econômicos. A iniciativa reforça a estratégia conservadora de resolver impasses por meio de negociações bilaterais, em vez de depender exclusivamente de organismos multilaterais que, muitas vezes, impõem condições desfavoráveis aos interesses americanos.

Tensões regionais permanecem

Apesar do degelo com Washington, Minsk continua alinhada a Moscou no campo militar. O exercício Zapad-2025 serve de vitrine para projeção de força russa diante da Otan, que, por sua vez, reforça defesa aérea em Estados membros da Europa Oriental. A queda de drones sobre território polonês, dois dias antes do início das manobras, evidencia que o risco de incidentes permanece elevado.

Autoridades polonesas alegam que a violação aérea foi deliberada, enquanto o Kremlin fala em erro de navegação. Em Minsk, a presença de observadores dos Estados Unidos e de parceiros da Otan é divulgada pelo regime como sinal de transparência, mas também como recado de que Belarus procura diversificar interlocutores sem abrir mão da aliança estratégica com a Rússia.

Ao permitir que militares americanos acompanhem o Zapad-2025, Lukashenko mostra disposição para dialogar com a futura administração Trump. O gesto pode facilitar acordos comerciais e atrair capital ocidental em um momento em que sanções europeias e norte-americanas dificultam o acesso bielorrusso a mercados e tecnologia.

Para seguir acompanhando os desdobramentos diplomáticos e militares no Leste Europeu, acesse também nossa seção de Política, onde publicamos atualizações constantes sobre o tema.

Em síntese, a inédita cooperação entre Belarus e Estados Unidos, evidenciada pela presença de oficiais americanos no exercício Zapad-2025, marca avanço significativo nas tratativas lideradas por Donald Trump. Resta saber como essa aproximação influenciará o equilíbrio de poder na região e as negociações em torno do conflito ucraniano. Continue conosco e receba em primeira mão as próximas análises e notas de bastidores sobre política internacional.

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