O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, instituiu nesta quarta-feira, 1º, o Observatório Nacional da Integridade e Transparência do Poder Judiciário. A iniciativa, oficializada por portaria, cria um colegiado responsável por acompanhar de forma permanente a governança dos tribunais, produzir indicadores e apontar riscos de corrupção ou conflitos de interesse em toda a estrutura judiciária.
Composição sem remuneração e vínculo direto ao CNJ
De acordo com o texto publicado, os integrantes atuarão em caráter honorífico, sem qualquer tipo de pagamento ou gratificação. A portaria determina que o observatório ficará diretamente vinculado à Presidência do CNJ, reforçando o papel do conselho como órgão central de fiscalização administrativa do Judiciário nacional.
O comitê diretor será formado por nove membros. A lista inclui:
- Representantes da magistratura estadual, federal e trabalhista;
- Um indicado pela Corregedoria Nacional de Justiça;
- Conselheiros do próprio CNJ;
- Integrantes da Secretaria-Geral e da Secretaria de Estratégia e Projetos;
- Representantes da sociedade civil.
Segundo o CNJ, a inclusão de cidadãos busca aproximar o Judiciário da população, permitindo maior acompanhamento externo das decisões administrativas e financeiras dos tribunais.
Funções: indicadores, prevenção e possível afastamento de juízes
Entre as atribuições previstas, o observatório deverá desenvolver e publicar indicadores periódicos sobre integridade, transparência e eficiência em cada ramo do Judiciário. Esses dados servirão para identificar pontos vulneráveis, orientar políticas internas e medir resultados de ações anticorrupção.
O grupo também poderá recomendar providências imediatas quando detectar riscos relevantes. A portaria prevê, por exemplo, que o colegiado solicite cumprimento rigoroso da Lei de Acesso à Informação (LAI) nos tribunais e até indique o afastamento de magistrados em situações que configurem conflito de interesse — como proximidade pessoal com partes de um processo ou atuação em causas envolvendo familiares.
Além disso, o observatório deverá promover campanhas de conscientização, eventos e programas de formação focados em valores éticos, cultura de integridade e independência judicial. As ações educacionais serão direcionadas a juízes, servidores e colaboradores terceirizados.
Cooperação com universidades e organismos internacionais
Para ampliar o alcance das medidas, o CNJ informou que o novo órgão fomentará parcerias com universidades, entidades internacionais e outros componentes do sistema de Justiça. A meta é trocar metodologias, boas práticas e instrumentos de aferição, garantindo atualização constante das ferramentas de controle e prevenção.
O ministro Fachin adiantou essa prioridade ainda na cerimônia de posse, ocorrida na segunda-feira, 29. Na ocasião, ele defendeu agilidade e legitimidade institucional, ressaltando a necessidade de um mecanismo capaz de “reunir, analisar e agir com presteza em favor da legitimidade do Poder Judiciário brasileiro”.
Próximos passos e expectativa de resultados
A portaria não fixa prazo para a divulgação do primeiro relatório de indicadores, mas determina que o observatório apresente metas e cronograma detalhado ao CNJ nas próximas reuniões. A expectativa é que os dados iniciais incluam:


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Imagem: Internet
- Nível de transparência ativa (publicação de decisões, contratos e despesas);
- Tempo médio de resposta a pedidos via LAI;
- Quantidade de processos disciplinares e perfil das infrações apuradas;
- Mapeamento de eventuais interferências externas sobre magistrados.
Com essas informações, o CNJ pretende adotar medidas corretivas de curto e médio prazo, reforçando a confiança do cidadão no aparato judicial e reduzindo margem para atos lesivos ao erário.
Contexto institucional e alinhamento com legislações vigentes
O lançamento do observatório ocorre em linha com preceitos da Constituição Federal, da Lei de Responsabilidade Fiscal e da própria Lei de Acesso à Informação. Ao concentrar as iniciativas num único colegiado, o CNJ busca racionalizar esforços, evitar sobreposição de órgãos e oferecer métricas padronizadas — atributos considerados essenciais para comparações objetivas entre tribunais de diferentes ramos e regiões do país.
O modelo segue tendências adotadas em organismos de controle de democracias consolidadas, nos quais a transparência é vista como ferramenta crucial para proteção de recursos públicos e fortalecimento da independência judicial.
Para acompanhar outras medidas adotadas pelo CNJ e pelo STF, o leitor pode visitar a seção de política em Geral de Notícias, onde novidades sobre reformas institucionais são atualizadas continuamente.
Em síntese, o Observatório Nacional da Integridade e Transparência do Poder Judiciário nasce com missão clara de monitorar, prevenir e corrigir desvios que comprometam a lisura na prestação jurisdicional. Acompanhe nossa cobertura e mantenha-se informado sobre novos relatórios e eventuais recomendações que impactem a condução dos tribunais em todo o país.
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