Nesta sexta-feira (5), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), anunciou que o Palácio do Planalto vai se mobilizar para derrubar o pedido de urgência que busca acelerar a votação da anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. Durante entrevista à GloboNews, a petista também direcionou críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmando que ele “não tem condições” de disputar a Presidência da República.
Governo aciona base para barrar urgência da anistia
Segundo Gleisi, a posição do Executivo é de rejeição total à proposta que perdoa tanto os organizadores quanto os participantes da depredação aos prédios dos Três Poderes. A ministra declarou que “o perdão aos golpistas” representaria, nas palavras dela, “afronta ao Supremo Tribunal Federal e à soberania”.
O projeto foi protocolado com regime de urgência, o que obrigaria a Câmara a analisá-lo em até 45 dias. O governo, no entanto, pretende articular votos para derrotar esse mecanismo e, na prática, travar a tramitação. “Sequer estamos cogitando que esse texto seja votado”, afirmou Gleisi. A petista disse ter recebido do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a informação de que nada foi definido sobre a pauta. No Senado, Gleisi mencionou declarações do presidente Davi Alcolumbre (União-AP) sinalizando que o tema não entrará na ordem do dia.
Embora ataques e depredações tenham sido amplamente condenados, parlamentares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem que a anistia seja apreciada como passo para “pacificação nacional”. Para o governo Lula, contudo, qualquer flexibilização no tratamento dos réus abriria precedente perigoso em matéria de segurança institucional.
Foco em Tarcísio de Freitas e impacto político
Na mesma entrevista, Gleisi declarou que o governador paulista comanda a “extrema direita” ao pressionar o Congresso pela anistia. Ela citou a viagem recente de Tarcísio a Brasília, onde ele conversou com líderes partidários favoráveis ao projeto, e lembrou que o governador participará de ato público em defesa do perdão no próximo domingo (7), na Avenida Paulista.
“É lamentável ver o governador de São Paulo se prestar a esse serviço. Veste boné do Trump, defende tarifaço e agora força a anistia para obter apoio de Jair Bolsonaro”, declarou Gleisi, concluindo que Tarcísio seria “muito fraco” para ocupar o Palácio do Planalto. Nas redes sociais, o governador rebateu lembrando que “anistia e perdão são os melhores remédios para pacificar o País”.
A fala de Gleisi também mira na consolidação de uma eventual candidatura de Tarcísio em 2026, vista por aliados bolsonaristas como opção competitiva. Ao classificá-lo como “sem condições de presidir o País”, a ministra busca enfraquecer antecipadamente a principal alternativa conservadora ao governo petista.
Arthur Lira segue como aliado estratégico
Questionada sobre a posição do deputado Arthur Lira (PP-AL), Gleisi afirmou que o ex-presidente da Câmara “integra a base do governo” e, portanto, não atuaria contra o Planalto no tema da anistia. Ela elogiou o relatório de Lira que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil e disse não ter tratado da anistia diretamente com o parlamentar.
A sinalização de Lira é vital para o Executivo, já que o progressista ainda exerce influência considerável na formação de maiorias. Se o apoio do PP ao governo se mantiver, a chance de aprovação da urgência diminui, enfraquecendo o movimento liderado por Tarcísio e parte da oposição.


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Imagem: Internet
Cenário no Congresso e próximos passos
Para que o regime de urgência avance, são necessários 257 votos na Câmara. Sem esse atalho, o projeto enfrentaria as comissões temáticas, cenário que favorece o governo e amplia o tempo de discussão. No Senado, o texto precisaria de 41 votos para ser aprovado em plenário, mas dependeria primeiro de inclusão na agenda por Alcolumbre.
O Planalto aposta na resistência das lideranças centristas para bloquear o tema. Gleisi reforçou que o governo dedicará as próximas semanas ao convencimento de deputados e senadores, argumentando que uma anistia ampla minaria o esforço do STF para punir organizadores de atos violentos.
Do outro lado, defensores do projeto preparam mobilizações de rua e tratativas com bancadas estaduais. O ato de domingo, em São Paulo, servirá de termômetro para medir a capacidade de rua da oposição. Caso demonstre força, a pressão sobre líderes do Congresso tende a aumentar.
Até lá, o governo Lula segue firme na estratégia de bloquear qualquer avanço da proposta, posicionando-se como guardião da institucionalidade — ao passo que a oposição insiste no discurso de pacificação e justiça para centenas de réus acusados de vandalismo.
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Em resumo, o Planalto mobiliza sua base para sufocar a urgência da anistia, enquanto Tarcísio de Freitas lidera a ala que pretende garantir perdão aos condenados de 8 de Janeiro. Fique atento e participe: compartilhe este conteúdo e continue informado sobre os próximos movimentos no Congresso.
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